Ontem e Hoje

WILLIAM SHAKESPEARE

William Shakespeare baptizado a 26 de Abril de 1564 morreu a 23 de Abril de 1616. Das suas obras restaram até os dias de hoje 38 peças, 154 sonetos, dois longos poemas narrativos, e diversos outros poemas. As suas peças foram traduzidas para os principais idiomas do globo, e são encenadas mais do que as de qualquer outro dramaturgo. Muitos dos seus textos e temas,
 especialmente os do teatro, permaneceram vivos até aos nossos dias, sendo revisitados com freqüência pelo teatro, televisão, cinema e literatura. Entre as suas obras mais conhecidas estão Romeu e Julieta, que se tornou a história de amor por excelência, e Hamlet, que possui uma das frases mais conhecidas da língua inglesa: To be or not to be: that's the question (Ser ou não ser, eis a questão).

Shakespeare nasceu e foi criado em Stratford-upon-Avon. Aos 18 anos, segundo alguns estudiosos, casou-se com Anne Hathaway, que lhe concedeu três filhos: Susanna, e os gêmeos Hamnet e Judith. Entre 1585 e 1592 William começou uma carreira bem-sucedida em Londres como actor e escritor. Restaram poucos registros da vida privada de Shakespeare, e existem muitas especulações sobre assuntos como a sua aparência física, sexualidade, crenças religiosas, e se algumas das obras que lhe são atribuídas teriam sido escritas por outros autores.

Shakespeare produziu a maior parte da sua obra entre 1590 e 1613. As suas primeiras peças eram principalmente comédias e obras baseadas em eventos e personagens históricos, gêneros que ele levou ao ápice da sofisticação e do talento artístico, mais tarde escreve apenas tragédias até por volta de 1608, incluindo Hamlet, Rei Lear e Macbeth, consideradas algumas das obras mais importantes da língua inglesa. Na sua última fase, escreveu um conjuntos de peças classificadas como tragicomédias ou romances, e colaborou com outros dramaturgos. 
Embora o mundo o conheça como William Shakespeare, na época de Elizabeth I de Inglaterra a ortografia não era fixa e absoluta, então encontraram-se documentos com os nomes Shakspere, Shaksper e Shake-speare. 

Casa de Stratford-upon-Avon

Acredita-se que William Shakespeare era filho de John Shakespeare, um bem-sucedido luveiro e sub-prefeito de Straford e de Mary Arden filha de um rico proprietário de terras. Embora a sua data de nascimento seja desconhecida, admite-se a de 23 de Abril de 1564 com base no registro do seu baptizado a 26 do mesmo mês, devido ao costume, à época, de se baptizarem as crianças três dias após o nascimento. Shakespeare foi o terceiro filho de uma prole de oito. Segundo certos biógrafos, Shakespeare precisou de trabalhar cedo para ajudar a família, aprendendo, inclusive, a tarefa de esquartejar bois e até abater carneiros.

Em 1582, aos 18 anos de idade, casou com Anne Hathaway, uma mulher de 26 anos, que estava grávida. O casal teve uma filha, Susanna, e dois anos depois, os gêmeos Hamnet e Judith. Após o nascimento dos gêmeos, há pouquíssimos vestígios históricos a respeito de Shakespeare, até que é mencionado na cena teatral de Londres em 1592. Devido a isso, estudiosos referem-se aos anos de 1585 a 1592 como os Anos perdidos de Shakespeare. 

William Shakespeare morreu a 23 de Abril de 1616. 
 Em Stratford, a tumba de Shakespeare
A morte de Shakespeare está até aos dias de hoje envolta em mistério.  Acredita-se que Shakespeare temia o costume da sua época, em que provavelmente havia a necessidade de se esvaziar as mais antigas sepulturas para abrir espaços a novas e, por isso, há um epitáfio na sua lápide, que anuncia a maldição de quem mover os seus ossos.
Bom amigo, por Jesus, abstém-te
de profanar o corpo aqui enterrado.
Bendito seja o homem que respeite estas pedras,
e maldito o que remover os meus ossos.
Epitáfio na tumba de Shakespeare

Os restos mortais de Shakespeare foram sepultados na igreja da Santíssima Trindade (Holy Trinity Church) em Stratford-upon-Avon. O seu túmulo mostra uma estátua vibrante, em pose de literário, mais vivo do que nunca. A cada ano, na comemoração do seu nascimento, é colocada uma nova pena de ave na mão direita da estátua. 

Os eruditos costumam anotar quatro períodos na carreira dramaturgica de Shakespeare. Até meados de 1590, escreveu principalmente comédias, o segundo período iniciou-se aproximadamente em 1595, com a tragédia Romeu e Julieta e terminou com A Tragédia de Júlio César, em 1599. Durante esse tempo, escreveu o que são consideradas as suas grandes comédias e histórias. De 1600 a 1608, o que chamam de "período sombrio", Shakespeare escreveu as mais prestigiadas tragédias: Hamlet, Rei Lear e Macbeth. E de aproximadamente 1608 a 1613, escrevera principalmente tragicomédias e romances.
Muitos ainda hoje ao ouvirem falar de Shakespeare, acham "enfadonho", "que seca", talvez desconheçam verdadeiramente a sua obra, deixo aqui alguns dos seus poemas e pensamentos.
Os seus sonetos são uma profunda meditação sobre a natureza do amor, da paixão sexual, da procriação, da morte e do tempo.
Principais obrasSonho de uma Noite de Verão, O Mercador de Veneza, A Tempestade, Romeu e Julieta, Júlio César, Macbeth, Rei Lear, Hamlet, apenas para citar algumas.
Shakespeare no cinema
Hamlet (Kenneth Branagh) - Trailer 
Outros filmes de Shakespeare no cinema

BIN LADEN

Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden, mais conhecido como Osama bin Laden ou simplesmente bin Laden nasceu em Riade a 10 de março de 1957 e morreu em Abbottabad a 1 de maio de 2011.
 Bin Laden foi um dos membros sauditas da próspera família bin Laden, além de líder e fundador da al-Qaeda, organização terrorista famosa pelos ataques do 11 de setembro nos Estados Unidos e numerosos outros contra alvos civis e militares.

Filho de Muhammed bin Laden, imigrante iemenita pobre que se tornou o homem mais rico e poderoso da Arábia Saudita, depois do próprio rei, Osama bin Laden era o filho único da sua décima esposa, Hamida al-Attas; os seus pais divorciaram-se logo depois que ele nasceu (a mãe de Osama casou com Muhammad al-Attas e o novo casal teve quatro filhos). 

Desde 2001, bin Laden e a sua organização eram os maiores alvos da Guerra ao Terrorismo e esteve entre os dez foragidos mais procurados pelo FBI, encabeçando a lista. Acreditou-se que Bin Laden e os companheiros da al-Qaeda estavam escondidos próximos à costa do Afeganistão e das áreas tribais do Paquistão. A 1 de maio de 2011, dez anos desde os atentados do 11 de setembro, o Presidente Barack Obama anunciou pela televisão que Osama bin Laden tinha sido morto durante uma operação militar em Abbottabad. O seu corpo ficou sob a custódia dos Estados Unidos e sepultado no mar após passar por rituais tradicionalmente islâmicos.
Em 1973, ainda jovem e inexperiente, entrou em contato com grupos islamitas. Após a invasão soviética do Afeganistão em 1979, viajou para este país para participar do esforço jihadista no Afeganistão, financiando e organizando grupos de árabes e acampamentos de milícias armadas no combate aos invasores soviéticos. Existem controvérsias quanto à ligação dos Estados Unidos. Posteriormente estabeleceu-se como importante investidor no Sudão, onde iniciou, em paralelo às suas actividades empresariais, a organização que mais tarde viria a se denominar Al Qaeda ("A Base"), originalmente destinada a combater a família real saudita. 

No Sudão, em contacto com outros grupos islâmicos, nomeadamente os de origem egípcia, foi gradualmente influenciado a ampliar o leque dos seus inimigos, passando a considerar também o combate ao xiitas, judeus e ocidentais de uma forma em geral. Nesta mesma época passou igualmente a considerar o terrorismo como alternativa de ação válida, financiando, de forma inicialmente discreta, algumas acções na Argélia e no Egipto. Em 1995, após um atentado mal sucedido contra a vida do então presidente do Egipto, Hosni Mubarak, o governo do Sudão, sob pressão dos países árabes, expulsou-o do país, e apropriou-se do seu património, delapidando as suas empresas e fazendas. Bin Laden foi então para o Afeganistão com as esposas e um grupo reduzido de seguidores fiéis. Nesta ocasião foi renegado pela família e perdeu a cidadania saudita.

No Afeganistão, sem as condições financeiras de outrora, passou a dedicar-se integralmente à causa islâmica, reconstruindo gradualmente a organização, unindo esforços com outros grupos islâmicos refugiados no país (destaque para o grupo egípcio "Al Jihad", liderado por Ayman al-Zawahri, que viria a tornar-se o braço-direito de Bin Laden). Na caça cada vez mais delirante aos "infiéis", elegeu então os Estados Unidos como o grande inimigo a ser combatido - "a força maior dos cruzados". Aproximou-se dos Talibãs, grupo ironicamente financiado pelos Estados Unidos da América e Arábia Saudita. Tornou-se amigo e confidente do seu chefe, o Mulá Omar.
Do Afeganistão planejou e coordenou ataques de grande repercussão às embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, em 1998, e ao navio de guerra USS Cole, em 2000. Em 2001, foi acusado pelos governo dos Estados Unidos de cometer os atentados do 11 de Setembro.
Em 1998 a Al-Qaeda utilizou carros-bomba para fazer explodir duas embaixadas dos Estados Unidos, uma no Quênia e outra na Tanzânia, matando 256 pessoas e ferindo 5100. Até esta data, era desconhecido no mundo. No ano 2000 a Al-Qaeda voltou á cena, perpetrando outro ataque de grande repercussão contra o navio da marinha dos Estados Unidos USS Cole, que se encontrava atracado para reabastecimento no porto de Aden, no Iêmen. O ataque provocou a morte de 17 militares, além dos dois terroristas suicidas. A 11 de setembro de 2001 a Al-Qaeda realizou um ataque terrorista, lançando aviões sequestrados contra as torres gêmeas em Nova York e contra o Pentágono, na capital capita dos Estados Unidos, provocando a morte imediata de pelo menos 2754 pessoas. Em 2004 surge um vídeo em que aparece, Bin Laden a comemorar os ataques. O governo dos Estados Unidos em resposta lançou-se numa guerra contra o terrorismo.

Logo após os ataques, o governo do Afeganistão solicitou provas ao governo dos Estados Unidos sobre a autoria dos ataques por Bin Laden, caso fossem apresentadas estas provas estes iriam detê-lo e entregá-lo às autoridades Americanas. O governo dos Estados Unidos nunca apresentaram publicamente tais provas.

Após os ataques de 11 de setembro de 2001, o Afeganistão foi escolhido como primeiro alvo da "cruzada contra o terror", conduzida pelo governo de George W. Bush (filho). O suposto objetivo da operação era desmantelar a organização terrorista Al-Qaeda, liderada pelo saudita Osama Bin Laden.
Acreditava-se que Bin Laden estaria escondido algures na fronteira montanhosa entre o Afeganistão e o Paquistão. O governo dos Estados Unidos oferecia a recompensa de 25 milhões de dólares a quem desse informações relevantes da localização do terrorista. Em 2007, a recompensa foi dobrada para US$ 50 milhões. A 1 de maio de 2011 foi anunciado que Bin Laden tinha sido capturado e morto num esconderijo nos arredores de Abbottabad durante uma operação secreta das forças da "Joint Special Operations Command"em conjunto com a CIA e o governo paquistanês, que colaborou para a localização do paradeiro do terrorista. O DNA do corpo, comparado com amostras da sua falecida irmã, confirmaram a identidade. O cadáver foi mantido sob custódia militar.

Embora exames de DNA tenham demonstrado a possibilidade de Osama Bin Laden estar morto, juridicamente tais provas não são suficientes, e a falta do corpo ou de fotos podem tirar a credibilidade da operação que supostamente o teria eliminado.


LEONARDO DA VINCI

Leonardo di Ser Piero da Vinci, ou simplesmente Leonardo da Vinci, nasceu em Anchiano a 15 de abril de 1452 e morreu em Amboise a 2 de maio de 1519. A sua curiosidade insaciável era igualada apenas pela sua capacidade de invenção. 

Nascido como filho ilegítimo de um notário e de uma camponesa, na região da Florença e passou os seus últimos dias em França, numa casa que lhe foi presenteada pelo rei Francisco I. Leonardo era conhecido principalmente como pintor. Duas das suas obras, "Mona Lisa" e "A Última Ceia", estão entre as pinturas mais famosas. 
  "Mona Lisa"
  "A Última Ceia"

Cerca de quinze das suas pinturas sobreviveram até aos dias de hoje; estas poucas obras, juntamente com os seus cadernos de anotações - que contêm desenhos, diagramas científicos, e pensamentos - formam uma contribuição às futuras gerações.

Leonardo concebeu ideias muito à frente do seu tempo, como um protótipo de helicóptero, um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, o casco duplo nas embarcações, e uma teoria rudimentar das placas tectônicas. Como cientista, foi responsável por um grande avanço do conhecimento nos campos da anatomia, da engenharia civil, da óptica e da hidrodinâmica.

Leonardo da Vinci é considerado por vários o maior gênio da história, devido á sua multiplicidade de talentos.

Estátua de Leonardo da Vinci na Galleria degli Uffizi


Possível casa de infância de Leonardo, em Anchiano

Leonardo nasceu a 15 de abril de 1452, no vilarejo de Anchiano, Toscana, situada no vale do rio Arno, território dominado à época por Florença. Era filho ilegítimo de Messer Piero Fruosino di Antonio da Vinci, um notário florentino, e Caterina, uma camponesa que pode ter sido uma escrava oriunda do Médio Oriente. Pouco se sabe da sua infância, segundo consta depois do casamento da sua mãe com um lavrador, mudou-se para a casa da família do seu pai então casado com uma jovem de dezesseis anos. 

"O Batismo de Cristo"   

Em 1469, com dezessete anos, Leonardo passou a ser aprendiz de um dos mais bem-sucedidos artistas de seu tempo, Andrea di Cione, conhecido como Verrocchio (Olho verdadeiro). Em 1472, com vinte anos de idade, Leonardo qualificou-se para o cargo de mestre na "Guilda de São Lucas", uma guilda de artistas e doutores em medicina. Aos poucos, as pessoas da corte passam a fazer encomendas diretamente a Leonardo. 

Em 1476, Leonardo da Vinci, juntamente com mais três alunos do ateliê de Verrocchio, foram acusados de sodomia; segundo a acusação Leonardo, teria tido relações homossexuais com um jovem de 17 anos, um prostituto. Diante, no entanto, da falta de provas concretas que confirmassem semelhante acusação, Leonardo foi absolvido. A partir desta data até 1478 não existem registros nem de obras suas nem do seu paradeiro. Entretanto foi-lhe encomendada a pintura de um retábulo para a Capela de São Bernardo, e a "Adoração dos Magos", em 1481, para os monges de San Donato a Scopeto. Leonardo continuou a trabalhar em Milão, entre 1482 e 1499. Recebeu a encomenda para pintar a "Virgem dos Rochedos" para a Confraria da Imaculada Conceição, e "A Última Ceia" para o mosteiro de Santa Maria delle Grazie. Enquanto vivia em Milão, entre 1493 e 1495, Leonardo listou uma mulher, chamada Caterina, entre os seus dependentes, nas suas declarações de imposto de renda. Quando ela morreu, em 1495, a lista dos gastos com o funeral sugere que pode ter sido a sua mãe.
No início da Segunda Guerra Italiana, em 1499, as tropas francesas de Luís XII sucessor de Carlos VIII, invadiram o país, Leonardo abandonou Milão e fugiu para Veneza, passando por Mântua. Em Florença, foi recebido pelos monges servitas do mosteiro de Santissima Annunziata, onde tinha à sua disposição um ateliê. Foi ali que criou o desenho da "Virgem, o Menino, Sant'Ana e São João Batista", uma obra que conquistou tanta admiração que homens e mulheres, jovens e velhos vinham vê-la. Em 1502 Leonardo passou a trabalhar para César Bórgia, filho do Papa Alexandre VI, atuando como arquiteto e engenheiro militar, e viajando por toda a Itália; é nessa viagem que conhece Nicolau Maquiavel. Retornou a Florença em 1503, onde recebeu a encomenda de um retrato: a "Mona Lisa". Em 1506 retornou a Milão. 
 O seu pai morreu em 1504, e como resultado Leonardo teve de voltar a Florença para resolver com os seus irmãos os problemas decorrentes da herança e das propriedades paternas. No regresso a Milão passou a viver na sua própria casa. Após mercenários suíços expulsarem os franceses em 1512, Massimiliano Sforza, ascende ao poder. 
"Clos Lucé", em França, onde Leonardo viveu os seus últimos anos de vida, até morrer em 1519

De 1513 a 1516 Leonardo passou a maior parte do seu tempo a viver no Belvedere, no Vaticano, em Roma. Em 1515, Francisco I de França reconquistou Milão; Foi de Francisco que Leonardo recebeu a encomenda de construir um leão mecânico, que pudesse caminhar para a frente, e abrir o peito, revelando um ramalhete de lírios. Em 1516 passou a trabalhar ao serviço de Francisco, e foi-lhe concedido o solar de "Clos Lucé", próximo à residência do rei, no Castelo de Amboise. Foi aqui que ele passou os três últimos anos da sua vida, acompanhado pelo seu amigo e aprendiz, o conde Francesco Melzi, e sustentado por uma pensão. Leonardo morreu em "Clos Lucé" a 2 de maio de 1519. 

A Morte de Leonardo da Vinci por Ingres (1818)

Leonardo foi enterrado na Capela de Saint-Hubert, no Castelo de Amboise. No seu testamento Leonardo deixou a Melzi além de todo o dinheiro, todos os seus cadernos, ferramentas, a sua biblioteca e os seus objetos pessoais, mas também se lembrou do seu antigo pupilo e companheiro, Salai, e do seu criado, cada um recebeu uma metade das vinhas de Leonardo, os seus irmãos também receberam terras, e a sua criada recebeu um manto negro com bordas de pele.
Pequena Madona e o Menino de Verrocchio, 1470


Peça central de O Retábulo de Portinari, de Hugo van der Goes, feito para uma família florentina
Embora costumem ser agrupados como os três gigantes do Alto Renascimento, Leonardo, Michelangelo e Rafael não pertenceram à mesma geração. Leonardo tinha vinte e três anos quando Michelangelo nasceu, e trinta e um no nascimento de Rafael, este último teve uma vida curta, morrendo em 1520, um ano após a morte de Leonardo; já Michelangelo continuou a criar por mais 45 anos.
Além das suas amizades, Leonardo mantinha a sua vida privada em segredo. A sua sexualidade foi alvo frequente de estudos, análises e especulações. A "Mona Lisa",também conhecida como "La Gioconda", exposta no museu do Louvre, em Paris, é provávelmente o quadro mais conhecido do mundo.


A Anunciação de Fra Angelico 1437-1446 
 A Anunciação de Leonardo da Vinci 1472-1475

 A Virgem dos Rochedos Versão do Louvre (Primeira Versão) 1483-1486 
A Virgem dos Rochedos Versão de Londres (Segunda Versão) 1495-1508


Monumento dedicado a Leonardo da Vinci e seus pupilos na Piazza della Scala em Milão, 
obra de Pietro Magni

Esta é uma página de memórias, destacando os grandes nomes da história do Mundo.

Figuras que de uma forma ou outra ficarão para sempre registados na memória  dos tempos.

NAPOLEÃO

Napoleão Bonaparte nasceu em Ajaccio a 15 de agosto de 1769 e morreu em Santa Helena a 5 de maio de 1821, foi líder político e militar durante os últimos estágios da Revolução Francesa. Adotando o nome de Napoleão I, foi imperador de França de 1804 a 1814, posição que voltou a ocupar por poucos meses em 1815. 
Napoleão nasceu na Córsega, filho de pais com ascendência da nobreza italiana. Em 1799, liderou um golpe de Estado e instalou-se como Primeiro Cônsul. Cinco anos depois, o senado francês proclamou-o imperador. Na primeira década do século 19, o império francês sob comando de Napoleão envolveu-se numa série de conflitos com todas as grandes potências europeias, as Guerras Napoleônicas. Após uma sequência de vitórias, a França garantiu uma posição dominante na Europa.

A Campanha da Rússia em 1812 marcou uma viragem na sorte de Napoleão. As suas forças foram derrotadas em Leipzig e em 1814, França foi invadida e Napoleão foi forçado a abdicar e exilar-sa na ilha de Elba. Menos de um ano depois, fugiu de Elba e voltou ao poder, mas foi derrotado na Batalha de Waterloo, em 1815. Napoleão passou os últimos seis anos da sua vida confinado á ilha de Santa Helena. Uma autópsia concluiu que morreu com um cancro no estômago, embora haja suspeitas de envenenamento por arsênico.
Carlo Maria Bonaparte, o pai de Napoleão, foi representante da Córsega 
na corte de Luís XVI de França
Napoleão Bonaparte nasceu em Ajaccio, Córsega era o segundo de oito filhos do advogado Carlo Maria Bonaparte e de Maria Letícia Ramolino, uma família descendente da pequena nobreza Italiana, que chegou à Córsega vinda da Ligúria no século XVI. Os seus irmãos eram José, Lucien, Elisa, Louis, Pauline, Carolina e Jerônimo. Napoleão estudou numa escola religiosa e mais tarde entra para a academia militar. Formou-se em 1785, e tornou-se segundo tenente do regimento de artilharia de "La Fère", serviu em Valença e Auxonne, até a eclosão da Revolução Francesa em 1789. Napoleão passou os primeiros anos da Revolução na Córsega, foi promovido a tenente-coronel e comandou um batalhão de voluntários. 
Em 1792 é promovido a capitão, pouco tempo depois foi nomeado comandante de artilharia das forças republicanas no cerco de Toulon. A cidade tinha-se sublevado contra o governo republicano e foi ocupada por tropas britânicas. Napoleão elaborou um plano para capturar um monte que permitiria que dominassem o porto da cidade e forçassem os navios ingleses a evacuar. Durante esta ofensiva foi ferido na coxa, conseguiu no entanto a vitória e é promovido a general de brigada. As suas acções chamaram a atenção do Comitê de Salvação Pública, e ele foi encarregado da artilharia do exército francês em Itália. 
Bonaparte ficou noivo de Désirée Clary, irmã de Júlia Clary, esposa de José, o irmão mais velho de Napoleão; os Clarys eram uma família de comerciantes ricos de Marselha. Em 1795, escreveu uma novela romântica, "Clisson et Eugénie" , sobre um soldado e a sua amante, um claro paralelo à própria relação de Bonaparte com Désirée. Entretanto houve uma rebelião em Paris e Bonaparte é convidado para a comandar, consegue com a sua tactica ganhar, e a derrota da insurreição deu a Bonaparte fama repentina e riqueza. Napoleão foi promovido a comandante do exército do interior e recebeu o comando do exército francês em Itália. Em 1796, após romper com Désirée Clary, Bonaparte casou com Joséphine de Beauharnais. Dois dias depois do casamento, Bonaparte deixou Paris para assumir o comando do Exército em Itália. Liderou uma invasão bem-sucedida em tália. Na Batalha de Lodi derrotou as forças austríacas e expulsou-os de Lombardia. Foi derrotado em Caldiero por forças de reforço austríacas e recuperou a iniciativa na Batalha da Ponte de Arcole.
 Napoleão teria recebido ordens para marchar sobre Roma e destronar o papa, o argumento era que isso iria criar um vazio de poder, mas em vez disso Bonaparte levou o seu exército para a Áustria, forçando o país a negociar a paz. Bonaparte marchou para Veneza e forçou a sua rendição, pondo fim a 1100 anos de independência; Bonaparte envia então um General para Paris a fim de provocar um golpe de Estado, o chamado "Coup of 18 Fructidor". Isto levou os seus aliados republicanos ao poder e Napoleão retornou a Paris como um herói.
Bonaparte Diante da Esfinge
Após alguns meses a planear atacar Inglaterra, Bonaparte decidiu que o poder naval da França não era suficientemente forte para enfrentar a Marinha Real no Canal da Mancha e propôs uma expedição militar ao Egipto e, assim, prejudicar o acesso de Inglaterra aos seus interesses comerciais na Índia.

Considerado herói por muitos e vilão por outros (crê-se que é o primeiro anti-cristo dos três previstos por Nostradamus), Napoleão é certamente uma das mais importantes figuras históricas da humanidade, um dos mais famosos generais dos tempos contemporâneos. Na sua expedição ao Egipto foi descoberta a "pedra de Rosetta", uma espécie de monolito de basalto negro, que apresenta um decreto de Ptolomeu V, em caracteres hieroglíficos, demóticos e gregos (196 a. C.), que Champollion usaria para decifrar os hieróglifos egípcios (1822) e está exposta no British Museum, em Londres.

Napoleão como estadista liderou um golpe de Estado (1799), instalou o Consulado e fez-se eleger cônsul-geral, promulgou uma constituição de aparência democrática. Organizou o governo, a administração, a polícia, a magistratura e as finanças. Tomou medidas despóticas e antiliberais, como o restabelecimento da escravidão nas colônias, e outras de grande importância econômica, como a criação do Banco da França (1800). Concluiu com o papa Pio VII a concordata (1801), que restabelecia a igreja em França, embora submetida ao Estado. Criou a Legião de Honra e o novo código civil, depois chamado "Code Napoléon", essa medida tornou-se o maior feito jurídico dos tempos modernos, consubstanciou os princípios defendidos pela Revolução Francesa e influenciou profundamente a legislação de todos os países no século XIX.
Depois de exilado na ilha de Elba, na costa oeste da Itália, tentou restaurar a monarquia, mas foi derrotado na Batalha de Waterloo, na Bélgica (1815). Esse período ficou conhecido como o Governo dos Cem Dias. Preso pelos ingleses, foi deportado para a ilha de Santa Helena, no meio do Oceano Atlântico, onde morreu em 5 de maio.
Em 1804 ocorreu um acto surpreendente quando Napoleão organiza uma festa para formalizar a sua coroação na catedral de Notre-Dame, Bonaparte retirou a coroa das mãos do Papa Pio VII, que viajara especialmente para a cerimônia, e ele mesmo se coroou, deixando claro que não toleraria autoridade alguma superior à dele. Logo depois coroou a esposa, a imperatriz Josefina. Concederam-se títulos nobiliárquicos aos familiares de Napoleão, por ele mesmo. Além disso, colocou-os em altos cargos públicos. Napoleão mandou construir monumentos grandiosos, como o Arco do Triunfo.

Em 1805, os franceses usaram a marinha para atacar Inglaterra, mas não obtiveram êxito, derrotados pela marinha inglesa, comandada pelo almirante Nelson, a batalha  ficou conhecida como Batalha de Trafalgar.
A guerra de Bonaparte com Inglaterra também envolveu o nossso país. Portugal tinha Inglaterra como principal parceiro para os seus negócios. O governo português possuía relações privilegiadas com Inglaterra, depois da assinatura do Tratado de Methuen, em 1703, e ainda graças à velha Aliança que vinha dos tempos da Dinastia de Avis. Pressionados por Napoleão, os portugueses não tiveram escolha: como não podiam abdicar dos negócios com a Inglaterra, não participaram do "Bloqueio Continental" exigido por Napoleão a todos os paises europeus. 
Insatisfeito com a decisão portuguesa, o exército francês começou a dirigir-se a Portugal. Napoleão forçara uma Aliança, sob a forma do Tratado de Fontainebleau com a Casa Real Espanhola (onde veio a forçar a abdicação do trono de Carlos IV para o seu irmão, José Bonaparte) para a Invasão de Portugal, apesar de se saber que havia já planos anteriormente delineados para conquistar tanto Portugal, como Espanha. A ideia era a de dividir Portugal em três reinos distintos:
Lusitânia Setentrional, a ser governado pela filha de Carlos IV, Maria Luísa;
Algarves, a ser governado por Manuel de Godoy com o título de rei;
O resto do país, a ser administrado diretamente pela França Imperial até ao fim da Guerra.

Realizaram-se três expedições militares a Portugal, conhecidas como "Invasões Francesas". Numa jogada de antecipação estratégica, pensada e planeada para evitar que a Família Real portuguesa fosse aprisionada e obrigada a abdicar, toda a corte portuguesa, incluindo o príncipe-regente D. João VI, fugiram para o Brasil, instalando o governo português no Rio de Janeiro em 1808, tornando-a capital do que vem a ser um sonhado Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1816-1826), que o rei acalentou e para o qual institui um nova bandeira com a esfera armilar. A saída foi precipitada, com as tropas francesas já em solo português, além de pessoas do governo e alguns populares, saíram muitos nobres, comerciantes ricos, juízes de tribunais superiores, entre outros.

Este episódio da saída da família real portuguesa para o Brasil, assim como as dificuldades encontrada por Napoleão em, por um lado, invadir Portugal e por outro, dominar Espanha, pode ser visto como uma das maiores falhas estratégicas de Napoleão. A saída da família real para o Brasil marcou também o início do processo de Independência do Brasil. Na sequência da Revolução de 1820 em Portugal, a Corte voltou a Portugal, restabelecendo-se em Lisboa a capital, voltando o Rio de Janeiro a ser de novo simbólica e praticamente uma cidade colonial.
Tumulo de Napoleão no Hôtel des Invalides em Paris
Napoleão casou-se duas vezes, em 1796 com Josefina de Beauharnais e em 1810 com Maria Luísa da Áustria, tiveram um filho,Napoleão II de França.

VICTOR HUGO

Victor-Marie Hugo nasceu em Besançon a 26 de fevereiro de 1802 e morreu em Paris a 22 de maio de 1885, foi um escritor e poeta francês. É o autor de "Les Misérables" e de "Notre-Dame de Paris", entre outras diversas obras.
 
Victor Hugo foi o terceiro filho de Sophie Trébuchet e Joseph Hugo, um major que, mais tarde se tornaria general do exército napoleônico. A infância de Victor Hugo foi marcada por grandes acontecimentos. Napoleão foi proclamado imperador dois anos depois do seu nascimento, e a monarquia dos Bourbons foi restaurada antes do seu décimo oitavo aniversário. Victor tinha pontos de vista políticos e religiosos opostos ao dos pais, o seu pai era um ateu republicano que considerava Napoleão um herói, enquanto que a sua mãe era uma radical católica defensora da casa real, sendo que se acredita tenha sido amante do general Victor Lahorie, que foi executado em 1812 por tramar contra Napoleão. 
Devido á profissão do pai, a familia mudava constantemente de lugar, cansada com essas mudanças exigidas pela vida militar do marido, Sophie separou-se de Joseph em 1803 e estabeleceu-se em Paris. A partir de então foi ela que dominou a educação e a formação de Victor Hugo, a sua infância passou em grande parte entre Paris, onde foi educado por muitos tutores e também em escolas privadas, Nápoles e Madrid. Considerado um menino precoce, ainda jovem tornou-se escritor, tendo em 1817, aos 15 anos, sido premiado pela Academia Francesa por um dos seus poemas. Em 1819 fundou uma revista, o "Conservador Literário". Em 1821, Hugo publicou o livro de poesias, "Odes e Poesias Diversas", com o qual ganhou uma pensão, concedida por Luís XVIII. 
Um ano depois publica o primeiro romance, "Hans da Islândia".
Victor Hugo casou com uma amiga de infância, Adèle Foucher, em 1822, o casamento gerou o desgosto do seu irmão, Eugène, que era apaixonado por Adèle. Em decorrência disso, Eugène enloquece e é internado num hospício. No ano seguinte, a morte do primeiro filho. Em 1824 nasce a filha, Leopoldine e um ano depois, aos 23 anos, recebe o título de Cavaleiro da Legião de Honra. Nesta época, torna-se líder de um grupo de escritores criando o Cenáculo. A publicação da terceira coletânea de poemas de Victor Hugo, intitulada "Odes e Baladas", em 1826, marcou o início de um período de intensa criatividade.

Aos 26 anos de idade, o escritor desfrutava de uma situação material confortável e prestígio não apenas entre a juventude rebelde francesa, mas também entre a corte de Carlos X. Em 1830 estréia "Hernani" a sua primeira obra teatral, a peça exalta o herói romântico em luta contra a sociedade, divide opiniões, agradando aos jovens e desagradando aos mais velhos.

Após o nascimento de mais uma filha, tem 1830, que recebeu o nome da mãe, a sua esposa recusa-se a ter mais filhos e concede ao marido liberdade para transitar por Paris, desde que não a aborrecesse. Tal fato, faz com que Hugo se entregue à libertinagem, ligando-se indistintamente à atrizes, aristocratas e humildes costureiras, mas não se separara de Adèle. 
Neste período, Adèle inicia um relacionamento amoroso com um amigo da família.
O romance, "Notre-Dame de Paris", é lançado em 1831, considerado o maior romance histórico de Victor Hugo. O livro narra a história do amor altruísta do deformado sineiro da catedral de Notre Dame, Quasímodo, pela bailarina cigana Esmeralda. O livro foi um sucesso instantâneo e fez de Hugo o mais famoso escritor que vivia na Europa. No ano de 1832 Hugo mudou-se para um apartamento instalado na Praça de Vosges, no bairro Le Marais, onde morou até 1848, tendo sido visitado por escritores como Honoré de Balzac, Alexandre Dumas e o compositor Franz Liszt. Entretanto Hugo passa a ter um relacionamento amoroso com a atriz Juliette Drouet.

Em 1837 morre o seu irmão Eugène, acometido por uma doença psicológica desde o casamento de Hugo, Eugène não voltou mais à razão, a doença enfranqueceu-o e por fim levou-o à morte. Este também foi ano em que o rei Luís Filipe I conferiu a Victor Hugo o grau de oficial da Legião de Honra. Hugo, alugava apartamentos nos arredores de Paris com nomes falsos, onde se encontrava com as suas amantes. Numa dessas ocasiões foi apanhado em flagrante com Léonie Briard, o marido dela chamou a polícia, a mulher foi presa a Victor Hugo nada lhe aconteceu. Tendo-se tornado favorável a uma democracia liberal e humanitária, é eleito deputado da Segunda República em 1848, e apoia a candidatura do príncipe Louis-Napoléon. Exila-se após o golpe de Estado de 1851, entretanto morre a sua filha Leopoldina. Victor Hugo morre a 22 de maio de 1885. De acordo com o seu último desejo, o corpo é depositado num caixão humilde que é enterrado no Panthéon, tendo ficado vários dias exposto sob o Arco do Triunfo. Quando morreu, as prostitutas de Paris ficaram de luto.
 O enterro de Victor Hugo
A eloquência e a paixão das primeiras obras de Victor Hugo trouxeram-lhe sucesso e fama quando ainda jovem. A sua primeira coletânea de poesia (Odes e Poemas Diverso) foi publicada em 1822, quando Hugo tinha apenas vinte anos de idade, rendeu uma pensão real de Luís XVIII, mas foi a sua segunda coletânea (Odes e Baladas), publicada em 1826, que revelaram Hugo como grande poeta. A primeira obra madura de ficção do autor francês apareceu em 1829, "O último dia de um condenado", uma estória documental sobre a execução de um assassino francês, esta obra pode ter sido a precursora da sua maior obra sobre a injustiça social "Os Miseráveis". O seu primeiro romance a ser enormemente reconhecido foi ''O Corcunda de Notre-Dame'', publicado em 1831.
O romance "Os Trabalhadores do Mar" foi publicado em 1866, "O homem que ri" foi publicado em 1869, o seu último romance, "Noventa e três", foi publicado em 1874, abordava um tema até então evitado por Victor Hugo: o reinado do terror, durante a Revolução Francesa. A partir de 1849, Victor Hugo dedica um quarto da sua obra à política, um quarto à religião e outro à Filosofia humana e social. O seu principal romance, "os Miseráveis", narra a história de um self made-man, Jean Valjean, um sujeito que foge da prisão e reconstrói a sua vida através do trabalho. Valjean monta uma empresa e, através dela, traz prosperidade para a sua região; além disso, usa a fortuna em obras de caridade para ajudar os pobres. 
   
Les Miserables Movie Trailer
Victor hugo têm uma extensa obra vale a pena conhecer.

FRANZ KAFKA

Franz Kafka nasceu em Praga a 3 de julho de 1883 e morreu a 3 de junho de 1924, foi um dos maiores escritores de ficção da língua alemã do século XX. Kafka nasceu numa família de classe média judia em Praga, o seu pai era Hermann Kafka empresário, a mãe chamava-se Julie. O seu estilo literário está presente em obras como "A Metamorfose" (1915), "O Processo (1925) e "O Castelo" (1926). Franz era o mais velho de seis filhos. Ele tinha dois irmãos mais novos, Georg e Heinrich, que morreram cedo e três irmãs mais novas: Gabriele, Valerie e Ottilie.
A mãe de Franz ajudava a administrar os negócios do marido e as foram criadas em grande parte por uma série de governantas e funcionários. Durante a Segunda Guerra Mundial, as irmãs de Kafka foram enviadas para o Gueto de Lodz e morreram ali em campos de extermínio. Ottla foi enviada para o campo de concentração de Theresienstadt e em seguida para o campo de extermínio de Auschwitz , onde 1.267 crianças e 51 encarregados de educação, incluindo Ottla, foram asfixiados com gás até a morte.
Kafka cresce sob as influências de três culturas: a judaica, a tcheca e a alemã. Em 1903, Kafka tem a sua primeira relação sexual, o que lhe trará alguma insegurança por toda a vida. Nesse ano também, ele faz a sua primeira visita a um sanatório. Teve vários casos amorosos mal resolvidos, uns por intervenção dos pais das raparigas, outros por desinteresse próprio. Entre 1914 e 1924, Kafka esteve três vezes perto do casamento. Desistiu sempre. Tentou primeiro por duas ocasiões com Felice Bauer, uma alemã com quem se correspondeu até 1917. A última vez foi com Julie Wohryzek, mais nova do que ele.
Kafka queria estudar Filosofia, no entanto é impedido pelo pai, tendo de decidir entre Química e Direito, Franz opta pela faculdade de Química. Permanece 15 dias no curso e desiste, entrando para a faculdade de Direito, formou-se em 1906. Solitário, com a vida afetiva marcada por irresoluções e frustrações, Kafka atingiu pouca fama com os seus livros, na maioria editados postumamente. Mesmo assim era respeitado nos círculos de literatura que frequentava. 
Epitáfios em hebraico no túmulo da família Kafka
O seu livro "A Metamorfose" (1915) narra o caso de um homem que acorda transformado num enorme inseto; 
"O Processo" (1925) conta a história de um homem julgado e condenado por um crime que ele mesmo ignora; 
O livro "A Colônia Penal" (1914) fala sobre uma máquina que tem o poder de executar sentenças. Trata-se de uma história absurda sobre uma Colônia que usa esta máquina para torturar e matar pessoas, sem que estas sequer saibam o porquê da sua morte. Autor de várias colectâneas de contos, Kafka escreveu também a avassaladora "Carta ao Pai" (1919) e centenas de páginas de diários. Deixou inacabado o romance "Amerika" e mesmo alguns capítulos de "O Processo". Kafka morreu num sanatório perto de Viena, onde se internou com tuberculose, faleceu no dia 3 de junho de 1924 a causa oficial da sua morte foi insuficiência cardíaca.

MAQUIAVEL

Nicolau Maquiavel nasceu em Florença a 3 de maio de 1469 e morreu a 21 de junho de 1527. Foi historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna. 
Maquiavel viveu a juventude durante o  governo de Lourenço de Médici e entrou para a política aos 29 anos de idade no cargo de Secretário da Segunda Chancelaria. Depois de servir em Florença durante catorze anos foi afastado e escreveu as suas principais obras. 
Pouco se conhece de Maquiavel antes de entrar para a vida pública. Ele era o terceiro de quatro filhos de Bernardo e Bartolomea de' Nelli. A sua família era toscana, iniciou os estudos de latim com sete anos e, posteriormente, estudou também o ábaco, bem como os fundamentos da língua grega antiga. Maquiavel casou com Marietta Corsini, com quem teria quatro filhos e duas filhas. O "Príncipe" é provavelmente o livro mais conhecido de Maquiavel foi escrito em 1513, apesar de publicado postumamente, em 1532. 
 Estátua de Maquiavel
FRASES DE MAQUIAVEL 
  - "Muitos vêem o que pareces, poucos sentem o que és. "

  - "Homens ofendem por medo ou por ódio"

O túmulo de Maquiavel na Basílica da Santa Cruz
 - "Tornamo-nos odiados tanto fazendo o bem 
como fazendo o  mal"

- "São tão simples os homens e obedecem tanto às necessidades presentes, que quem engana encontrará sempre alguém que se deixa enganar." 

                                      O TEMPO NÃO CONTA PARA AS GRANDES MEMÓRIAS

ALEXANDRE, O SENHOR DA GUERRA

Alexandre III da Macedônia, dito o Grande ou Magno nasceu a 20 de julho de 356 a.C. em Pela e morreu a 10 de junho de 323 a.C., na Babilônia foi príncipe e rei da Macedônia, e um dos três filhos do rei Filipe II e de Olímpia do Épiro. 
Alexandre foi o mais célebre conquistador do mundo antigo. Na sua juventude, teve como preceptor o filósofo Aristóteles. Tornou-se rei aos vinte anos, na sequência do assassinato do seu pai. A sua carreira é sobejamente conhecida: conquistou um império que ia dos Balcãs à Índia, incluindo o Egito e a Báctria (o atual Afeganistão). Este império era o maior e mais rico que já tinha existido. Existem várias razões para esses grandes êxitos militares, um deles é que Alexandre era um general de extraordinária habilidade e sagacidade, talvez o melhor de todos os tempos, nunca perdeu uma batalha.
Em 334 a.C., empreendeu a sua primeira campanha contra os persas na Batalha de Granico que lhe deu o controle da Ásia Menor (atual Turquia). No ano seguinte, derrotou o rei Dario III da Pérsia na Batalha de Issus e um ano depois, conquistou o Egipto e Tiro, em 331 a.C.. Completou a conquista da Pérsia na Batalha de Gaugamela, onde derrotou definitivamente Dario III, o que lhe conferiu o estatuto de Imperador Persa. Mas Alexandre não ficaria por aqui, durante cerca de dois anos Alexandre manteve-se ocupado em várias campanhas para a consolidação do seu império. Mas, em 327 a.C., conduziu as suas tropas por cima das montanhas Hindu Kush para o vale do rio Indo, a fim de conquistar a Índia, país mítico para os gregos, foi forçado a regressar à Babilónia devido ao cansaço das suas tropas, e instalaria aí a capital do seu império. Deixou atrás de si novas colónias, como Niceia e Bucéfala, esta erigida em memória do seu cavalo, às margens do rio Hidaspes.
Alexandre tinha a intenção de fazer ainda mais conquistas, morreu depois de doze anos de constantes campanhas militares, sem completar trinta e três anos. 
Casamento de Alexandre e Roxana
Alexandre casou com pelo menos duas mulheres, Roxana, filha de um nobre, e a princesa persa Statira II, filha de Dario III da Pérsia. O filho que teve de Roxana, Alexandre IV da Macedónia, morreu antes de chegar à idade adulta. A sua vida foi retratada no cinema. Dois filmes de grande sucesso tiveram como assunto Alexandre o Grande: Alexander the Great (1956), onde o papel de Alexandre coube ao ator Richard Burton e Alexander (2004), onde o papel de Alexandre coube ao ator Colin Farrell. 
Alexandre Magno, conduzio o seu poderoso exército até á Índia, numa demonstração de desafio, força e fé inquebravél, 
e  executa uma das ações militares mais memoráveis da história: a travessia de um rio a meio de uma furiosa tempestade. Tal manobra, não só conseguiu fazer desmoronar a confiança do general hindu Porus, como também permitiu que o exército de Alexandre tomasse as suas tropas de assalto, oculto pelo manto escuro da noite.
Alexandre Magno, é implacável, determinado e fatal. Um dos maiores combatentes militares que o mundo já viu, estrategista brilhante comanda homens que matam com prazer para ele e morrem por ele. Tudo pela glória da Grécia, 
ele é Alexandre - o Grande. 

MIGUEL TORGA

Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, nasceu em São Martinho de Anta, a 12 de Agosto de 1907 em Coimbra, e faleceu a 17 de Janeiro de 1995, foi um dos mais importantes escritores portugueses do século XX. Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu também romances, peças de teatro e ensaios. Oriundo de uma família humilde de Sabrosa, era filho de Francisco Correia Rocha e Maria da Conceição Barros. Em 1917, aos dez anos, foi para uma casa apalaçada do Porto, habitada por parentes. Fardado de branco, servia de porteiro, moço de recados, regava o jardim, limpava o pó, polia os metais da escadaria nobre e atendia campainhas. Foi despedido um ano depois, devido à constante insubmissão. 
Em 1918, foi mandado para o seminário de Lamego, onde viveu um dos anos cruciais da sua vida. Estudou Português, Geografia e História, aprendeu latim e ganhou familiaridade com os textos sagrados. Pouco depois comunicou ao pai que não seria padre.
Emigrou para o Brasil em 1920, ainda com doze anos, para trabalhar na fazenda do tio, proprietário de uma fazenda de café. Ao fim de quatro anos, o tio apercebe-se da sua inteligência e patrocina-lhe os estudos liceais, em Leopoldina. Distingue-se como um aluno dotado. Em 1925, convicto de que ele viria a ser doutor em Coimbra, o tio propôs-se pagar-lhe os estudos como recompensa dos cinco anos de serviço, o que o levou a regressar a Portugal e concluir os estudos liceais.
Em 1928, entra para a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e publica o seu primeiro livro de poemas, Ansiedade. Em 1929, com vinte e dois anos, deu início à colaboração na revista Presença, folha de arte e crítica, com o poema Altitudes. A revista, fundada em 1927 pelo grupo literário avançado de José Régio, Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca era bandeira literária do grupo modernista e bandeira libertária da revolução modernista. Em 1930, rompe definitivamente com a revista Presença, assumindo uma posição independente.
A obra de Torga traduz a sua rebeldia contra as injustiças e seu inconformismo diante dos abusos de poder. Reflete a sua origem aldeã, a experiência médica em contato com a gente pobre e ainda os cinco anos que passou no Brasil (dos 13 aos 18 anos de idade),as críticas que fez aí ao franquismo resultaram em sua prisão (1940). Após a revolução dos cravos, Torga surge na política para apoiar a candidatura de Ramalho Eanes à presidência da República (1979). Era, porém, avesso à agitação e à publicidade e  manteve-se distante de movimentos políticos e literários. Crítico da praxe e das restantes tradições académicas, chama depreciativamente «farda» à capa e batina. 
Ama a cidade de Coimbra, onde exerceu a sua profissão de médico a partir de 1939 e onde escreveu a maioria dos seus livros. Em 1933 concluiu a licenciatura em Medicina pela Universidade de Coimbra. Começou a exercer a profissão nas terras agrestes transmontanas, pano de fundo de grande parte da sua obra. Dividiu seu tempo entre a clínica de otorrinolaringologia e a literatura. Autor prolífico publicou mais de cinquenta livros e foi indicado para o Prêmio Nobel por várias vezes.Casou-se com Andrée Crabbé em 1940, uma estudante belga, enquanto aluna de Estudos Portugueses. O casal teve uma filha, Clara Rocha, nascida a 3 de Outubro de 1955, e divorciada de Vasco Graça Moura.
Em 1934, aos 27 anos, Adolfo Correia Rocha cria o pseudónimo "Miguel" e "Torga". Miguel, em homenagem a dois grandes vultos da cultura ibérica: Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno. Já Torga é uma planta brava da montanha, que deita raízes fortes sob a aridez da rocha, de flor branca, arroxeada ou cor de vinho, com um caule incrivelmente rectilíneo.
Torga sofria de cancro e não escrevia desde 1994. A sua campa rasa em São Martinho de Anta tem uma torga plantada a seu lado, em honra ao poeta..
A obra de Torga tem um carácter humanista: criado nas serras trasmontanas, entre os trabalhadores rurais, assistindo aos ciclos de perpetuação da natureza, Torga aprendeu o valor de cada homem, como criador e propagador da vida e da natureza: sem o homem, não haveria searas, não haveria vinhas, não haveria toda a paisagem duriense, feita de socalcos nas rochas, obra magnífica de muitas gerações de trabalho humano. Ora, estes homens e as suas obras levam Torga a revoltar-se contra a Divindade Transcendente a favor da imanência: para ele, só a humanidade seria digna de louvores, de cânticos, de admiração:


 "hinos aos deuses, não
 os homens é que merecem; que se lhes cante a virtude
 bichos que cavam no chão
 actuam como parecem;sem um disfarce que os mude."
Para Miguel Torga, nenhum deus é digno de louvor: na sua condição omnisciente é-lhe muito fácil ser virtuoso, e enquanto ser sobrenatural não se lhe opõe qualquer dificuldade para fazer a natureza - mas o homem, limitado, finito, condicionado, exposto à doença, à miséria, à desgraça e à morte é também capaz de criar, e é sobretudo capaz de se impor à natureza, como os trabalhadores rurais trasmontanos impuseram a sua vontade de semear a terra aos penedos bravios das serras. E é essa capacidade de moldar o meio, de verdadeiramente fazer a natureza, malgrado todas as limitações de bicho, de ser humano mortal que, ao ver de Torga, fazem do homem único ser digno de adoração.
Considerado por muitos como um avarento de trato difícil e carácter duro, foge dos meios das elites pedantes, mas dá consultas médicas gratuitas a gente pobre e é referido pelo povo como um homem de bom coração e de boa conversa.
Torga era conhecido popularmente nos meios intelectuais de Coimbra como o rei dos chatos.

MOLIÉRE

 Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière nasceu  em Paris a 15 de janeiro de 1622 e faleceu a 17 de Fevereiro de 1673, foi um dramaturgo francês, além de actor e encenador, considerado um dos mestres da comédia satírica. Teve um papel de destaque na dramaturgia francesa, até então muito dependente da temática da mitologia grega. Molière usou as suas obras para criticar os costumes da época. 
 Filho de um artesão parisiense, ficou órfão da mãe (Marie Cressé) quando ainda era criança. Entrou em 1633 na prestigiada escola de Jesuítas do Collège de Clermont, onde completou a sua formação académica em 1639. Quando chegou aos 18 anos, o seu pai passou-lhe o título de Tapeceiro ordinário do rei, e o cargo associado de criado de quarto, pelo que teve desde cedo contacto com o rei. Há quem afirme que terá tido formação em direito em Orleães em 1642, mas subsistem algumas dúvidas quanto a isso.

Desde cedo se interessou pelo teatro que estava muito na moda na altura, principalmente depois de Luís XIII, a pedido de Richelieu. Em Junho de 1643, juntamente com a sua amante Madeleine Béjart, um irmão e uma irmã dela, fundou a companhia (troupe) de teatro L'Illustre Théâtre. Fazem algumas actuações na província e, em 1644, apresentam-se em Paris, nesta altura passa a dirigir a companhia, que, entretanto, entra na bancarrota em 1645. A daí assume o pseudónimo de Molière, inspirado no nome de uma pequena aldeia do sul de França. A falência da companhia valeu-lhe algumas semanas de prisão por causa das dívidas. A vida errante durou cerca de 14 anos, durante estas viagens conheceu o Príncipe de Conti, governador do Languedoc, que se tornou seu mecenas de 1653 a 1657.
 Apesar da sua preferência pelo género trágico, Molière tornou-se famoso pelas suas farsas, geralmente de um só acto e apresentadas depois de uma tragédia. Em 1662, Molière casou com Armande, e encenou "Escola de Mulheres", que é, sem dúvida, uma das suas obras-primas.  O rei, Luís XIV concedeu-lhe uma pensão (privilégio pela primeira vez efectuado por um rei a um comediante). Em 1664, encenou "Tartufo", tornando-se no maior escândalo da carreira artística de Molière. Em 1666, apresenta "O Misantropo",considerada, hoje em dia, uma das obras mais refinadas e com um conteúdo moral mais elevado das peças de Molière.
 Moliére entretanto adoece. Um dos mais famosos momentos da biografia de Molière é a sua morte, que se tornou numa referência no meio teatral. É dito que morreu no palco, representando o papel principal da sua última peça. De facto, apenas desmaiou, tendo morrido horas mais tarde em sua casa, sem tomar os sacramentos já que dois padres se recusaram a dar-lhe a última visita, e o terceiro já chegou tarde. Diz-se que estava vestido de amarelo, o que gerou a superstição de que esta cor é fatídica para os actores. Os comediantes (actores) da época não podiam, por lei, ser sepultados nos cemitérios normais (terreno sagrado), já que o clero considerava tal profissão como a mera "representação do falso". Como Molière persistiu na vida de actor até à morte, estava nessa condição. A sua mulher, Armande, pede, contudo, a Luís XIV que lhe providencie um funeral normal. O máximo que o rei consegue fazer é obter do arcebispo a autorização para que o enterrem no cemitério reservado aos nados-mortos (não baptizados). Ainda assim, o enterro é realizado durante a noite.

Em 17 de janeiro de 1673, enquanto representava no palco o protagonista de sua última obra, O doente imaginário, Molière sofreu um repentino colapso e morreu poucas horas depois, em sua casa de Paris. Em 1792, os seus restos mortais são levados para o Museu dos Monumentos Franceses e, em 1817, transferidos para o cemitério do Père Lachaise, em Paris, ao lado da sepultura de La Fontaine.

AGATHA CRISTIE

 Agatha Mary Clarissa Mallowan nasceu a 15 de Setembro de 1890 e faleceu a 12 de Janeiro de 1976, mundialmente conhecida como Agatha Christie, foi uma romancista policial britânica, autora de mais de oitenta livros. Conhecida como Duquesa da Morte, Rainha do Crime, criou os famosos personagens Hercule Poirot, Miss Marple, Tommy e Tuppence Beresford e Parker Pyne, entre outros. Agatha Christie escreveu também sobre o pseudônimo de Mary Westmacott.
 Autora de oitenta romances policiais e coleções de pequenas histórias, 19 peças e seis romances escritos sob o nome de Mary Westmacott. Agatha Christie foi pioneira ao fazer com que os desfechos de seus livros fossem extremamente impressionantes e inesperados, sendo praticamente impossível ao leitor descobrir quem é o assassino.
 Agatha Christie foi educada em casa até seus 16 anos, quando foi para uma escola de aperfeiçoamento em Paris, onde se destacou como cantora e pianista. Casou-se pela primeira vez em 1914, com o Coronel Archibald Christie, piloto do Corpo Real de Aviadores. O casal teve uma única filha, Rosalind.

Enquanto o marido esteve na Primeira Guerra Mundial, Agatha trabalhou num hospital e numa farmácia, funções que influenciaram seu trabalho: muitos dos assassinatos nos seus livros foram cometidos com o uso de veneno.
 Começou a escrever The Mysterious Affair at Styles em 1916, e o livro foi publicado em 1920 em seguida vieram The Secret Adversary, The Murder on the Links, The Man in the Brown Suit, Poirot Investigates e The Secret of Chimneys. Mas o sucesso veio em 1926 com a publicação de The Murder of Roger Ackroyd.
 A 3 de Dezembro de 1926, o seu marido Archie revela que está apaixonado por por outra mulher, Nancy Neele, quer o divórcio, e deixa a esposa, para passar um fim de semana com a amante e alguns amigos em Godalming, Surrey. Após chegar a casa e não encontrar o marido, Agatha abandonou a casa em Styles por volta das 21h45 daquela noite com uma pequena mala. Na manhã do dia 4 de Dezembro o seu carro foi encontrado perto do lago de Silent Pool em Newlands Corner, com os faróis acesos. Dentro do Morris Cowley verde deixou um casaco de pele e  a sua mala. O desaparecimento da autora tornou-se notícia quando a polícia publicou um relatório de pessoas desaparecidas, e passou-se a oferecer £100 para quem tivesse qualquer informação sobre a autora. Aviões e mergulhadores procuraram Agatha - ao todo a busca teve a ajuda de 15.000 voluntários.
 Várias informações foram acrescentadas à história do desaparecimento da autora, no livro The World of Agatha Christie. 

Agatha Christie estava desaparecida há 11 dias, desde que o seu carro havia sido encontrado no lago Silent Pool, e estava a ser  procurada por aviões(foi a primeira vez que se usou aviões para procurar alguem desaparecido em Inglaterra), quando a polícia soube que ela estava no Hydropathic Hotel , a autora estava hospedada sobre o nome de Teresa Neele (o mesmo sobrenome da amante de seu marido), dizia ser da Cidade do Cabo, e que era uma mãe de luto pela morte de seu filho. No hotel Agatha foi vista a dançar, a jogar bridge, a fazer palavras cruzadas e ler jornais. Curiosamente, a autora deixou um anúncio no The Times dizendo que Teresa Neele procura parentes e amigos da África do Sul. A autora foi reconhecida no hotel pelo músico Bob Sanders Tappin que reivindicou a recompensa de £100. Agatha foi encontrada pela polícia no dia 19 de Dezembro.

Várias teorias foram criadas para explicar o falso desaparecimento da autora, algumas pessoas defendem que o escândalo foi um golpe publicitário para aumentar a venda dos seus livros (The Murder of Roger Ackroyd lançado semanas antes do desaparecimento), outras que a intenção da autora era apenas vingar-se de Archibald, simulando sua morte para que o marido fosse acusado de assassiná-la, e finalmente há os que dizem que a autora realmente sofreu um acidente de carro e perdeu a memória.

Embora nos seus livros autobiográficos não haja quase nenhuma informação sobre o episódio de seu desaparecimento, acredita-se que, em "O Retrato", publicado sob o nome de Mary Westmacott, Agatha conte muito da sua história através da personagem Celia, que pensa em suicídio após ser abandonada pelo marido.

 Em 1927 Agatha voltou a escrever, com a publicação de The Big Four, protagonizado por Hercule Poirot. Mesmo após o escândalo de seu desaparecimento, Agatha só se separou de Archibald em 1928, dois anos após o incidente. No outono do mesmo ano, o arqueólogo britânico Leonard Woolley convidou Agatha para o Oriente Médio, onde conheceu  Max Mollowan (14 anos mais jovem), com quem se casou em 1930. A autora manteve seu nome como Agatha Christie porque assim estava celebrizada entre os seus leitores, mas em sua vida particular era chamada de Mrs. Mallowan. 
 Com o marido, Agatha viajou por todo o mundo, fazendo escavações e escreveu um livro sobre a experiência, Come, Tell Me How You Live. O casamento com Mallowan duraria até a morte da escritora. A sua única filha, Rosalind casou-se no início da Segunda Guerra Mundial, e em 1943 teve um filho, Mathew Prichard, o único neto de Agatha Christie. Agatha faleceu a 12 de Janeiro de 1976, com uma pneumonia. Encontra-se sepultada em St Mary Churchyard, Cholsey, Oxfordshire na Inglaterra.


                ACORDAR DA MEMÓRIA - O SEU BLOG DE GRANDES MEMORIAS

JULIO POMAR

 Júlio Pomar nasceu em Lisboa a 10 de Janeiro de 1926 é um pintor e escultor português.

Da pintura à escultura, passando pelas ilustrações, Júlio Pomar foi consagrado há muito como um dos nomes maiores da arte europeia. Foi um dos principais cultores do Neo-Realismo na pintura portuguesa, de 1945 a 1957, seguindo por outros caminhos, em épocas posteriores. A sua obra mais famosa da fase neo-realista é O Almoço do Trolha (1946-1950).



LUISA TODI

 Luísa Rosa de Aguiar nasceu em Setúbal a 9 de Janeiro de 1753 e faleceu em Lisboa a 1 de Outubro de 1833, Luísa Rosa de Aguiar, Todi pelo casamento, foi uma cantora lírica portuguesa.

Filha de um professor de música e instrumentista, Luísa  começou a sua carreira pelo teatro musical, aos catorze anos, no Teatro do Conde de Soure, no Tartufo, de Molière. Com a sua irmã, Cecília Rosa, cantou em óperas cómicas.
 Casou, a 28 de Julho de 1769, com o violinista napolitano e seu grande admirador, Francesco Saverio Todi que lhe deu o apelido e a fez aprender canto com o compositor David Perez, muito conceituado mestre de capela da corte portuguesa. Ao marido deveu o aperfeiçoamento e a dimensão internacional que a levariam a todas as cortes da Europa, como cantora lírica.
Estreou-se em 1771 na corte portuguesa de D. Maria I e cantou no Porto entre 1772 e 1777.

Em 1777 parte para Londres para actuar no King's Theatre, em 1778 está em Paris e Versalhes. Em 1780 é aclamada em Turim, no Teatro Régio, tendo assinado um contrato como prima-dona, e em 1780 era já considerada pela crítica como uma das melhores vozes de sempre. Brilhou na Áustria, na Alemanha e na Rússia. Veio a Portugal em 1783 para cantar na corte portuguesa. 
 Convidada, parte com o marido e filhos para a corte de Catarina II da Rússia, em São Petersburgo (1784 a 1788), que a presenteou com jóias fabulosas. Em agradecimento o casal Todi escreveu para a imperatriz a ópera Pollinia, Luísa Todi foi convidada por Frederico Guilherme II da Prússia, que lhe deu aposentos no palácio real, carruagem e os seus próprios cozinheiros, sem falar do principesco contrato, tendo ali permanecido de 1787 a 1789.  
 Diversas cidades alemãs a aplaudiram e também Beethoven a terá ouvido. De 1792 a 1796 encantou os madrilenos e em 1793 vem à corte de Lisboa por ocasião do baptizado de mais uma filha do herdeiro do trono, o futuro D. João VI, casado com D. Carlota Joaquina. A cantora precisou de uma autorização especial para cantar em público, o que era então proibido às mulheres, numa corte pouco esclarecida como a de D. Maria I.

Em 1799 terminou a sua carreira internacional em Nápoles.

Viveu na cidade do Porto, onde enviuvou, em 1803. Luisa todi  perdeu as suas famosas jóias no trágico acidente da Ponte das Barcas, por ocasião da fuga das invasões francesas de Portugal pelos exércitos de Napoleão, em 1809.

Viveu em Lisboa, de 1811 até ao final da vida, consta que com dificuldades económicas e cega.

Setúbal não a esqueceu tendo-lhe erigido um monumento com a sua efígie, têm um forum com o seu nome e uma das principais artérias da cidade, chama-se avenida Luísa Todi.

LOUIS BRAILLE

 Louis Braille nasceu em 4 de Janeiro de 1809 em Coupvray, França. O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, a brincar na oficina do pai, feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, a  infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total. Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais  matricularam-no na escola local. 
 Com 10 anos de idade, ganhou uma bolsa do Instituto Real de Jovens Cegos de Paris.
O fundador do instituto, Valentin Haüy, foi um dos primeiros a criar um programa para ensinar os cegos a ler. Louis aprendeu a ler as grandes letras em alto-relevo mas apercebeu-se  que aquele método, além de lento, não era prático. Em 1821, quando Louis Braille tinha 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto onde apresentou um sistema de comunicação chamado de escrita nocturna, também conhecido por Serre e que mais tarde veio a ser chamado de sonografia. 
 Tratava-se de um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo, e que tinha aplicações práticas no campo de batalha, quando era necessário ler mensagens sem usar a luz que poderia revelar posições. Assim, era possível trocar ordens e informações de forma silenciosa. A escrita nocturna baseava-se numa tabela de trinta e seis quadrados, cada quadrado representando um som básico da linguagem humana. Louis Braille dedicou-se de forma entusiástica ao método e passou a efectuar algumas melhorias.
 Assim, nos dois anos seguintes, Braille esforçou-se em simplificar o código. Por fim desenvolveu um método eficiente e elegante, incluindo a notação numérica e musical. Em 1824, com apenas 15 anos, Louis Braille terminou o seu sistema de células com seis pontos. Pouco depois, ele mesmo começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação que hoje tem o seu nome. 
 No instituto, o novo código só foi adotado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille, provocada pela tuberculose em 6 de Janeiro de 1852, com apenas 43 anos.
Em França, a invenção de Louis Braille foi finalmente reconhecida pelo Estado. Em 1952, seu corpo foi transferido para Paris, onde repousa no Panthéon.

O braille é lido da esquerda para a direita.

  13 DE DEZEMBRO - DIA NACIONAL DO CEGO

MOISÉS

Moisés nasceu em 1592 a.C. e morreu em 1472 a.C., foi um profeta da Tribo de Levi. De acordo com a tradição judaico-cristã, Moisés foi o autor dos 5 primeiros livros do Antigo Testamento (Pentateuco). De acordo com a Bíblia e a tradição judaico-cristã, Moisés liderou o povo judeu em fuga da escravidão no Antigo Egipto, tendo instituído a Páscoa Judaica. Depois guiou o seu povo através de um êxodo pelo deserto durante quarenta anos, que se iniciou através da famosa passagem em que Moisés abre o Mar Vermelho, para possibilitar a travessia segura dos judeus. Ainda segunda a Bíblia, recebeu no alto do Monte Sinai as Tabus da Lei de Deus, contendo os Dez Mandamentos.

Segundo o Livro do Êxodo, Moisés foi adoptado pela filha do faraó, que o encontrou enquanto se banhava no rio Nilo e o educou na corte como o príncipe do Egito. Aos 40 anos, após ter matado um feitor egípcio é obrigado a partir para exílio, a fim de escapar à pena de morte. Fixa-se na região montanhosa de Midiã, situada a leste do Golfo de Acaba. Por lá casou com Séfora e com ela teve dois filhos, Gérson e Eliézer. Quarenta anos depois, no Monte de Horebe, depara-se com uma sarça ardente (Planta conhecida por silva) que queimava mas não se consumia, Deus falou a Moisés e indou-lhe o caminho para que fosse ele o "Libertador de Israel".

Moisés conduziu o povo de Israel até ao limiar de Canaã, a Terra Prometida a Abraão. No início da jornada, encurralados pelo Faraó, que se arrependera de te-los deixado partir, ocorre um dos factos mais conhecidos da Bíblia: A divisão das águas do Mar Vermelho, para que o povo, por terra seca, fugisse dos egípcios, estes quando foram em sua perseguição afogaram-se. 
Logo no início da jornada, no Monte de Horebe, na Península do Sinai, Moisés recebeu as Tábuas dos Dez Mandamentos do Deus de Abraão, escritos "pelo dedo de Deus". As tábuas eram guardadas na Arca do Concerto. Depois, o código de leis é ampliado para cerca de 600 leis. É comumente chamado de Lei Mosaica. Os israelitas vaguearam pelo deserto durante 40 anos até chegarem a Canaã.
Durante 40 anos conduz o povo de Israel na peregrinação pelo deserto. Moisés morre aos 120 anos após contemplar a terra de Canaã no alto do Monte Nebo, na Planície de Moabe. Josué, o ajudante, sucede-lhe como líder, chefiando a conquista de territórios na Transjordânia e de Canaã. 
O relato do Êxodo de Israel, sob a liderança de Moisés, prefigura a libertação da escravidão do pecado, passando os cristãos a usufruir a liberdade gloriosa pertencente aos filhos de Deus. Na Igreja Católica e Igreja Ortodoxa, é venerado como santo, sendo a festa celebrada a 4 de setembro.  
A origem do nome Moisés é controversa. As evidências apontam para a origem egípcia. Tradicionalmente o significado atribuído ao seu nome é "salvo das águas", em referência as circunstâncias de sua adoção narradas na Bíblia. 
Més significa "gerado", "nascido" ou "filho". Tome-se como exemplo os nomes dos faraós Ahmés, que significa "filho de (deus) Amon-Rá, Tutmés, significa filho de (deus) Tut, ou ainda Ramsés, com o significado de filho de (deus) Rá. 
  Identidade de Moisés
Nome: Moisés
Significado: Mósis, em egípcio, significa "filho".
Para os judeus, significa "retirado" das àguas.
Avô: Coate, 2.º filho de Levi
 Mãe: Joquebede, tia de Anrão
Pai: Anrão, filho de Coate
Esposa: Seforá
Sogro: Jetro
Irmãos: Miriã / Aarão
Filhos: Gersom /
Eliézer 
Sobrinhos: Nadabe / Abíu / Eleazar / Itamar
 Local de Nascimento: Egipto
Localização Temporal: 1250 a.C.
Tempo de Vida: 120 anos
 Local de Morte: Monte Nebo, Planíce de Moabe

GEORGE VI

Rei George VI do Reino Unido nasceu como Albert Frederick Arthur George a 14 de Dezembro 1895 e morreu a 6 de Fevereiro 1952, foi o terceiro membro da Casa de Windsor a assumir o trono do Reino Unido. Foi rei entre 1936 e 1952, ano em que faleceu, sendo sucedido pela filha Elizabeth. Foi ainda o último Imperador da Índia até 1947. Era filho do rei George V do Reino Unido e da princesa Maria de Teck.
George VI, até então Duque de York, subiu ao trono após o seu irmão  Eduardo VIII  ter abdicado. Casou com Lady Elizabeth Bowes-Lyon em 1923 e teve duas filhas: Elizabeth e Margarida.
George nasceu durante o reinado da sua bisavó, a Rainha Vitória. O seu pai era Duque de York e a mãe era Maria de Teck. George aprendeu a escrever com a mão direita embora fosse naturalmente canhoto, e desenvolveu uma gagueira contínua durante muitos anos, o que foi contado no cinema, através do filme "O Discurso do Rei"
Fotografia de George como Almirante da Marinha Real Inglesa
Com a morte da Rainha Vitória em 1901, o então príncipe de Gales assumiu o trono com o título de Eduardo VII, o Duque de York tornou-se o Príncipe de Gales e George tornou-se o terceiro na linha de sucessão real.
Em 1909 George entrou o Royal Naval College de Osborne como cadete e depois foi transferido para o Britannia Royal Naval College, em Dartmouth. Após a morte de Eduardo VII em 1910, o Duque de York assumiu o trono como George V do Reino Unido e o seu filho mais velho tornou-se o Príncipe de Gales, fazendo com que George se tornasse o segundo na linha de sucessão ao trono.

George foi condecorado aspirante em 1913 e no ano seguinte entra na Primeira Guerra Mundial, sendo apelidado de "Mr. Johnson", lutou a bordo do HMS Collingwood durante a Batalha da Jutlândia em 1916 que resultou na vitória das forças britânicas. Em 1918 foi nomeado Oficial da Royal Navy Air Service e mais tarde foi transferido para a Royal Air Force, permanecendo lá até 1918. Em 1919 entra para o Trinity College em Cambridge para estudar História e Economia, já em 1920 passa a ser Duque de Iorque e Conde de Inverness. Algum tempo mais tarde, passou a exercer deveres reais em nome do seu pai. 

Como de costume na época, os nobres só poderiam casar-se com outros membros da nobreza, porém George não deu muito crédito a esta tradição de família que perdurava já há séculos. Em 1920, o príncipe conheceu a jovem Lady Elizabeth Bowes-Lyon, filha de Sir Claude Bowes-Lyon e da Condessa Cecilia. Imediatamente os dois já estavam determinados em casar.
Embora Lady Elizabeth fosse descendente dos Reis Roberto I da Escócia e do Rei Henrique VII, era considerada plebéia. Ela rejeitou a proposta de casamento por duas vezes e hesitou durante quase dois anos. George e Elizabeth casaram em 1923. Após o casamento, Lady Elizabeth foi intitulada Sua Alteza Real, a Duquesa de York.

O Duque e a Duquesa de York tiveram duas filhas, das quais uma delas seria a futura quarta monarca da Casa de Windsor a governar o Reino Unido: Rainha Elizabeth II do Reino Unido e a Princesa Margaret. Em 1936, o rei George V morreu, e o Príncipe Eduardo ascendeu ao trono como Eduardo VIII. Como Eduardo não tinha filhos, George seria o herdeiro presuntivo do trono até o seu irmão solteiro ter filhos legítimos, ou morrer. Menos de um ano depois, a coroa entrou num período de crise; o Príncipe George relutou em assumir o trono com a abdicação do seu irmão, Eduardo VIII, que abdicou do trono para casar com a sua amante, a americana Wallis Simpson, divorciada por duas vezes. Eduardo tinha sido avisado que não poderia permanecer como Rei e casar com uma mulher divorciada com dois ex-maridos vivos. Eduardo escolheu a abdicar, não querendo assim abandonar os seus planos de casamento. Assim, o Príncipe George tornou-se rei, uma posição que estava relutante em aceitar. 
O stress da II Guerra Mundial tinha afectado a saúde do rei, e o posterior desenvolvimento de cancro de pulmão. Cada vez mais a sua filha, a Princesa Elizabeth, assumia os deveres reais, por a saúde do pai estar debelitada, havendo rumores de que ela deveria assumir o trono como Princesa regente. Em 1949 o rei sofre de um bloqueio arterial na perna direita e foi operado. Em 1951 sofre uma pneumonia e o seu pulmão esquerdo foi removido após a descoberta de um tumor maligno. A 6 de fevereiro, George VI morreu de uma trombose coronária durante o sono em Sandringham House, em Norfolk, com 56 anos.  A sua filha Elizabeth é coroada Rainha Elizabeth II.
O seu funeral aconteceu no dia 15 de fevereiro, foi sepultado na cidade no Castelo de Windsor, na Capela de São Jorge (Castelo de Windsor) em Windsor. Em 2002, os restos mortais da sua viúva, a rainha-mãe Elizabeth Bowes-Lyon, e as cinzas de sua filha, a Princesa Margaret, foram enterradas ao lado dele.


 

                                                   A MEMÓRIA E O PERFUME DA ALMA

RAFAEL BORDALO PINHEIRO

Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro nasceu em Lisboa a 21 de Março de 1846 e morreu a 23 de Janeiro de 1905, foi um artista português, de obra vasta dispersa por largas dezenas de livros e publicações, precursor do cartaz artístico em Portugal, desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista e professor. 
O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma visibilidade nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho, que se veio a tornar num símbolo do povo português. Entre os seus irmãos estava o pintor Columbano Bordalo Pinheiro.
Rafael Bordalo Pinheiro , filho de Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880) e D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes, em família de artistas, cedo ganhou o gosto pelas artes. Em 1860 inscreveu-se no Conservatório e posteriormente matriculou-se na Academia de Belas Artes. Estreou-se no Teatro Garrett embora nunca tenha vindo a fazer carreira como actor.
Em 1863, o pai arranjou-lhe um lugar na Câmara dos Pares, onde acabou por descobrir a sua verdadeira vocação.
Casou com Elvira Ferreira de Almeida em 1866 e no ano seguinte nasceu o seu filho Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro.
Começou por tentar ganhar a vida como artista plástico, paralelamente foi desenvolvendo a sua faceta de ilustrador e decorador.
Em 1875 criou a figura do Zé Povinho, publicada n'A Lanterna Mágica. Nesse mesmo ano, partiu para o Brasil onde colaborou em alguns jornais e enviava a sua colaboração para Lisboa, voltando a Portugal em 1879, tendo lançado O António Maria.
Experimentou trabalhar o barro em 1885 e começou a produção de louça artística na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Faleceu a 23 de Janeiro de 1905 em Lisboa, no nº 28 da rua da Abegoaria (actual Largo Raphael Bordallo-Pinheiro), no Chiado, freguesia do Sacramento, em Lisboa.
Dotado de um grande sentido de humor mas também de uma crítica social bastante apurada e sempre em cima do acontecimento, caricaturou todas as personalidades de relevo da política, da Igreja e da cultura da sociedade portuguesa. Na sua figura mais popular, o Zé Povinho, conseguiu projectar a imagem do povo português de uma forma simples mas simultaneamente fabulosa, atribuindo um rosto ao país. O Zé Povinho continua ainda hoje a ser retratado e utilizado por diversos caricaturistas para revelar de uma forma humorística os podres da sociedade.

JOÃO VILLARET

João Henrique Pereira Villaret nasceu em Lisboa a 10 de Maio de 1913 e faleceu na capital a 21 de Janeiro de 1961, foi  actor, encenador e declamador português.
Depois de frequentar o Conservatório Nacional de Teatro, começou por integrar o elenco da companhia de teatro lisboeta Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro.
Mais tarde, fez parte da companhia teatral Os Comediantes de Lisboa, fundada em 1944 por António Lopes Ribeiro e o seu irmão Francisco, mais conhecido por Ribeirinho.
Teve uma interpretação considerada antológica na peça Esta Noite Choveu Prata, de Pedro Bloch, em 1954, no extinto Teatro Avenida, em Lisboa. No cinema, Villaret surge em:
O Pai Tirano, de António Lopes Ribeiro (1941), numa breve aparição, como pedinte mudo; Inês de Castro, de Leitão de Barros (1945), onde representa Martin, o bobo; Camões, de Leitão de Barros (1946); Três Espelhos, de Ladislao Vadja (1947), onde representa o inspector; Frei Luís de Sousa, de António Lopes Ribeiro (1950), no papel de criado; O Primo Basílio, de António Lopes Ribeiro (1959).
Nos anos 50, com o aparecimento da televisão, transpõe para este meio de comunicação a experiência que adquirira no palco e no cinema, assim como em programas radiofónicos. Aos domingos declamava na RTP, com graça e paixão, poemas dos maiores autores nacionais. Ficaram célebres, entre outras, as suas interpretações de: Procissão, de António Lopes Ribeiro (1955); Cântico negro, de José Régio; O menino de sua mãe, de Fernando Pessoa. Na música é de destacar, a sua originalidade:
Fado falado, de Aníbal Nazaré e Nelson de Barros (1947), na revista 'Tá Bem ou Não 'Tá?, onde se pode ouvir: «Se o fado se canta e chora, também se pode falar»



WINSTON CHURCHILL

Sir Winston Leonard Spencer-Churchill nasceu a 30 de novembro de 1874 e faleceu em Londres a 24 de janeiro de 1965 foi político, estadista, escritor, jornalista, orador e historiador britânico, famoso principalmente pela sua atuação como primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial. Ele foi primeiro-ministro por duas vezes (1940-45 e 1951-55). Ele é o único primeiro-ministro britânico a ter recebido o Prêmio Nobel de Literatura e o primeiro Cidadão Honorário dos Estados Unidos.
Durante a sua carreira no exército Churchill pôde assistir à ação militar na Índia britânica, no Sudão e na Segunda Guerra dos Bôeres. Ganhou fama e notoriedade como correspondente de guerra a através dos livros que escreveu descrevendo as campanhas militares. Ele serviu brevemente no Exército britânico durante a Primeira Guerra Mundial comandando o 6º Batalhão dos Fuzileiros Reais Escoceses.
Filho de Lorde Randolph Spencer-Churchill e da norte-americana Jennie Jerome, neto do sétimo duque de Marlborough e do terceiro marquês de Londonderry, Churchill nasceu no Pálacio de Blenheim a 30 de novembro de 1874.
Foi jornalista e acabou dedicando-se à política. No período entre guerras, dedicou-se fundamentalmente à redação de diversos tratados. Notabilizou-se neste período, na Câmara dos Comuns, por uma violenta crítica ao nazismo alemão, rogando diversas vezes ao governo britânico que fossem investidos recursos na militarização. Churchill foi eleito primeiro-ministro nove meses após a invasão da Polônia por Hitler em setembro de 1939 e consequente declaração de guerra à Alemanha pela Inglaterra em função do tratado de defesa mútua assinado com a Polônia.
A 10 de maio de 1940, Churchill chegou ao cargo de primeiro-ministro britânico tinha 65 anos de idade. Os seus discursos memoráveis, conclamando o povo britânico à resistência e a sua crescente aproximação com o então presidente americano Franklin Delano Roosevelt, visando a que os Estados Unidos da América ingressassem definitivamente na guerra, foram essenciais para o êxito dos aliados. O exemplo de Churchill e a sua incendiária oratória permitiram-lhe manter a coesão espiritual do povo britânico nas horas de prova suprema que significaram os bombardeamentos sistemáticos da Alemanha sobre Londres e outras cidades do Reino Unido. Devido a estes bombardeamentos a 20 de julho de 1944, no dia em que Hitler sofreria um grave atentado contra sua vida, Churchill consideraria a possibilidade de utilizar gás venenoso em civis alemães, contrariando as regras internacionais da guerra moderna.
Apesar da vitória na Segunda Guerra Mundial, em 1945 os conservadores de Churchill perderam as eleições, mas em 1951,  Churchill voltou ao cargo de primeiro-ministro; tinha então 76 anos de idade. Recebeu o Nobel de Literatura de 1953 pelas suas memórias de guerra (cinco volumes) e o seu trabalho literário e jornalístico, anterior aos tempos de primeiro-ministro. Foi o primeiro a cunhar o termo "cortina de ferro" para ilustrar a separação entre a Europa comunista e a ocidental.
Em 1955, Churchill proferiu seu último discurso na Câmara dos Comuns como chefe de governo, intitulado "Jamais desesperar" anunciando a sua renúncia ao mandato de primeiro-ministro, não sem antes alertar o mundo, mais uma vez, para o risco de uma guerra nuclear. Depois, continuou na Câmara dos Comuns até pouco tempo antes de morrer.
21 de junho de 1955 foi inaugurada em Londres a estátua de Churchill com a presença do próprio. Em 1963, aos 89 anos, foi homenageado com o título de cidadão honorário dos Estados Unidos pelo então presidente John Kennedy. Não podendo receber a homenagem em Washington em razão de estado de saúde precário, foi representado pelo seu filho Randolph.
Morreu em Hyde Park Gate em Londres, a 24 de Janeiro de 1965. Está sepultado na St Martin's Church, Bladon.

RAINHA ISABEL II

Elizabeth II do Reino Unido (nome completo: Elizabeth Alexandra Mary, nasceu em Londres a 21 de Abril de 1926, monarca e chefe de Estado do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. A rainha é também chefe da Comunidade Britânica, governante suprema da Igreja Anglicana e comandante-chefe das Forças Armadas do Reino Unido.
Isabel nasceu no número 21 da Rua Bruton, em Mayfair, um bairro de Londres, a 21 de abril de 1926. O seu pai, o príncipe Alberto, Duque de York (mais tarde rei Jorge VI), era o segundo filho mais velho do rei Jorge V e da Rainha Maria, sua mãe era a Duquesa de York, depois rainha-consorte Isabel, mais tardiamente Rainha mãe, filha do Lorde Claude George Bowes-Lyon, Conde de Strathmore e Kinghorne e sua esposa, a Condessa de Strathmore. Ela recebeu o nome de sua mãe, enquanto que os seus dois nomes do meio são da sua bisavó paterna Rainha Alexandra e avó Rainha Maria, respectivamente.

Isabel II com a irmã Margarida (á frente) e a sua avó Maria de Teck (ao lado)

Como neta do soberano, adquiriu a condição de Princesa da Grã-Bretanha, recebendo o tratamento de Sua Alteza Real. Era a Princesa Isabel de York, quando nasceu, terceira na linha sucessória, atrás do seu pai e seu tio, o Príncipe de Gales, mais tarde Rei Eduardo VIII.

1933, retratando Isabel com sete anos

A jovem princesa Isabel foi educada em casa sob a supervisão da sua mãe, a então Duquesa de York. Estudou história e línguas modernas. Foi instruída em religião pelo Arcebispo de Cantuária e sempre teve grande crença na Igreja de Inglaterra.
Como neta do monarca na linha de sucessão, ela foi chamada desde o seu nascimento de Sua Alteza Real Princesa Isabel de York. Ela era a terceira na linha de sucessão ao trono Britânico, atrás do seu tio, Eduardo, Príncipe de Gales e do seu pai. Não era esperado que ela se tornasse Rainha, pois o Príncipe de Gales era jovem, assumiria o trono e teria filhos mas em 1936, quando o seu avo paterno, o Rei, morreu e o seu tio Eduardo o sucedeu, ela tornou-se a segunda na linha de sucessão ao trono, atrás do seu pai. Após um ano, Eduardo abdicou, porque a família real decidiu não aceitar o seu casamento com Wallis Simpson, uma americana divorciada. O pai de Isabel tornou-se rei e ela tornou-se a herdeira.
Em 1943, com 16 anos de idade, Isabel fez a sua primeira aparição pública, sozinha e em 1945 ingressou no Serviço Territorial Auxiliar das Mulheres, como uma honorária Segunda Subalterna, com o número de serviço de 230873. Ela foi treinada como motorista e mecânica, conduzindo um camião militar, e foi promovida a Comandande Junior cinco meses depois. Segundo se diz no fim da guerra, no Dia da Vitória na Europa, Isabel e a sua irmã misturaram-se anonimante com a multidão que saia ás ruas para celebrar. 

Isabel conheceu o seu futuro marido Filipe, Duque de Edimburgo, com apenas 13 anos de idade apaixonou-se por ele e começaram a trocar cartas. Casaram dia 20 de novembro de 1947 na Abadia de Westminster. Antes do casamento, Filipe renunciou ao seus títulos Gregos e Dinamarqueses, convertendo-se da Igreja Ortodoxa Grega ao Anglicanismo e adotou o nome de Filipe Mountbatten, sendo o sobrenome britânico de sua mãe. Mas antes do casamento, foi-lhe dado o título de Duque de Edimburgo.

O casamento não aconteceu sem controvérsias: Filipe não tinha nenhum suporte financeiro, era um estrangeiro e a sua irmã tinha casado com um nobre alemão, com ligações aos Nazistas. 

Após o casamento, Isabel e Filipe mudaram-se para Clarence House, Londres. Em 1948 nasceu o primeiro filho, Príncipe Carlos de Edimburgo. Além de Carlos, tiveram mais três filhos: Ana, Princesa Real, André, Duque de York e Eduardo, Conde de Wessex. Apesar da casa real ser oficialmente chamada Windsor, foi decretado em 1960 que os descendentes da rainha Isabel II e do Príncipe Filipe teriam o sobrenome Mountbatten-Windsor.

A saúde de Jorge VI do Reino Unido começou a declinar em 1951 e Isabel foi representar o seu pai em eventos públicos com frequência. Em 1952 o rei morreu, Isabel foi proclamada rainha ela e o Duque de Edimburgo mudaram-se então para o Palácio de Buckingham. Com a ascensão de Isabel a casa real deveria ter o nome do seu marido Mountbatten, mas foi decidido que a casa fosse Casa de Windsor. O Duque reclamou: "Eu sou o único homem no país que não pode dar o seu nome aos filhos".

Estandarte pessoal da rainha Isabel II

Em 1951 a rainha visitou Portugal. Em 1981 foram disparados tiros contra a Rainha, enquanto cavalgava, o atirador, Marcus Sarjeant, um jovem de 17 anos foi preso e condenado a cinco anos de prisão. Em 1982 a Rainha encontrou-se novamente numa situação delicada, quando acordou e encontrou no seu quarto, no Palácio de Buckingham um intruso, Michael Fagan, foi chamada a guarda e enquanto esta não chegou, Isabel conversou com Fagan até ser preso. Tirando algumas dezenas de controvérsias sobre os problemas da família real, particularmente os casamentos fracassados dos seus filhos nas décadas de 1980 e 1990, a rainha permaneceu sempre como uma figura marcante e respeitada pela população. No entanto em 1997, ela e outros membros da família real foram recebidos de forma fria quando não presenciaram algumas cerimônias da morte de Diana, Princesa de Gales. A rainha Isabel tinha sentimentos negativos em relação a Diana e acreditava que ela tinha causado um grande dano à monarquia.

Em 2002, comemorou-se o Jubileu de Ouro, marcando os cinquenta anos da sua ascensão ao trono. Em 2003, a rainha sofreu três intervenções cirúrgicas. 
 Descendência
Príncipe Charles, Príncipe de Gales (Charles Philip Arthur George, nasceu a 14 de novembro de 1948) - casou em 1981 e divorciou-se em 1996 de Lady Diana Frances Spencer; casou pela segunda vez em 2005 com Camilla Rosemary Shand. 
Príncipe William, Duque de Cambridge nasceu em 1982, casou em 2011 com Catherine Elizabeth Middleton.
Príncipe Henry, "Harry" de Gales nasceu em 1984
Princesa Anne, Princesa Real (Anne Elizabeth Alice Louise, nasceu a 15 de agosto de 1950) casou em 1973 e divorciou-se em 1992 de Mark Anthony Peter Philips; casou pela segunda vez em 1992 com Timothy James Hamilton Laurence.

Peter Philips nasceu a 15 de novembro de 1977, casado com Autumn Patricia Kelly é o neto mais velho da Rainha Elizabeth II e do Duque de Edimburgo. 
Savannah Phillips nasceu a 28 de dezembro de 2010, bisneta da rainha, a menina é 12 º na linha de sucessão ao trono.
Zara Philips nasceu a 15 de maio de 1981, casada com Michael James Tindall é uma hipista de elite. Ela é a única filha de Anne, Princesa Real. Como é a neta da Rainha Elizabeth II, Zara Phillips é a décima terceira na linha de sucessão ao trono britânico.
Príncipe Andrew, Duque de York (Andrew Albert Christian Edward, nasceu a 19 de fevereiro de 1960) casou em 1986 e divorciou-se em 1996 de Sarah Margaret Ferguson.
Princesa Beatrice de York nasceu a 8 de agosto de 1988. Ela é neta da Rainha Elizabeth II e do Príncipe Philip. Beatriz é a quinta na linha de sucessão ao trono britânico. 
Princesa Eugenie de York nasceu a 23 de março de 1990. A Princesa é a sexta na linha de sucessão ao trono britânico.
Príncipe Edward, Conde de Wessex (Edward Anthony Richard Louis, nasceu a 10 de março de 1964) casou em 1999 com Sophie Helen Rhys-Jones.
Lady Louise Windsor nasceu a 8 de novembro de 2003.
 James Windsor, Visconde Severn nasceu a 17 de dezembro de 2007
Rainha Elizabeth II uma vida, uma história

JOÃO PAULO II

Papa João Paulo II, nascido Karol Józef Wojtyła a 18 de Maio de 1920, faleceu a 2 de Abril de 2005, foi papa e líder mundial da Igreja Católica Apostólica Romana e Soberano da Cidade do Vaticano de 16 de Outubro de 1978 até a sua morte. Teve o terceiro maior pontificado documentado da história; apenas os papas São Pedro reinou trinta e quatro anos, e Papa Pio IX reinou por trinta e um anos. Foi o único Papa eslavo e polaco até á sua morte, e o primeiro Papa não-italiano desde o holandês Papa Adriano VI em 1522.
João Paulo II foi aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX. Teve um papel fundamental para o fim do comunismo na Polónia e talvez em toda a Europa, bem como uma significante melhoria das relações da Igreja Católica com o judaísmo, islamismo, Ortodoxos, e a Comunhão Anglicana. Apesar de ter sido criticado pela sua oposição à contracepção e a ordenação de mulheres, também foi elogiado. Foi um dos líderes que mais viajou na história, tendo visitado 129 países durante o seu pontificado. 
 Sabia falar os seguintes idiomas: italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polaco, a sua língua nativa. João Paulo II beatificou 1 340 pessoas e canonizou 483 santos. A 2 de abril de 2005, faleceu devido á sua saúde débil e o agravamento da doença de Parkinson. Em 19 de Dezembro de 2009 João Paulo II foi proclamado "Venerável" pelo seu sucessor papal, o Papa Bento XVI. Foi proclamado Beato a 1 de Maio de 2011 pelo Papa Bento XVI na Praça de São Pedro no Vaticano.

Karol Józef Wojtyła nasceu em Wadowice, uma pequena localidade no sul da Polónia, a 50 quilómetros de Cracóvia; filho de um tenente do exército dos Habsburgos, de quem herdou o nome, também chamado Karol Wojtyła. O seu irmão José, formou-se em engenharia civil, transformando-se na esperança de sustento da família, uma vez que o soldo do tenente Wojtyła era insuficiente. Em 1931, morreria o irmão, de escarlatina. Karol perderia o pai poucos dias antes de completar 22 anos. Nesta altura a Polónia enfrentava, juntamente com grande parte da Europa, as consequências da invasão alemã e depois soviética na Segunda Guerra Mundial. Assistiu, portanto, ao assassinato de vários dos seus amigos e colegas.

Manifestando interesse pelo teatro, música popular e literatura, a sua juventude foi marcada por intensos contactos com a então ameaçada comunidade judaica de Cracóvia, e pela experiência da ocupação alemã, durante a qual trabalhou numa fábrica de produtos químicos para evitar a sua deportação à Alemanha Nazista. Atleta (chegou a actuar como jogador de futebol numa equipa amadora de Wadowice) e, muito religioso, (foi fundador de uma Congregação Mariana no seu colégio), Karol Wojtyła foi ordenado sacerdote católico em 1946 pelo então cardeal-arcebispo de Cracóvia, Adam Stefan Sapieha.

Em 1958 foi nomeado bispo auxiliar de Cracóvia e quatro anos depois chega ao cargo máximo na sua diocese. Em 1963 é apontado por Paulo VI como arcebispo de Cracóvia. Na qualidade de bispo e arcebispo, Wojtyła participa no Concílio Vaticano II, contribuindo para a redacção de documentos que se tornariam na Declaração sobre a Liberdade Religiosa e a Constituição Pastoral da Igreja no Mundo Moderno. Foi elevado a cardeal pelo Papa Paulo VI em 1967.
Quando em 1978 morreu o Papa Paulo VI, Karol Wojtyla esteve presente no conclave que escolheria Albino Luciani para um dos pontificados mais curtos da História. Trinta e três dias depois de votar no conclave, o então cardeal de Cracóvia, Karol Wojtyła, ficou a saber da triste morte de João Paulo I. De volta a Roma, ele foi escolhido Papa em 16 de Outubro de 1978. Adoptou o nome de João Paulo II em homenagem ao seu antecessor e rapidamente se colocou do lado da paz e da concórdia internacional, com intervenções frequentes em defesa dos direitos humanos e das nações.
Foi o Papa mais novo desde o Papa Pio IX eleito com 58 anos. No entanto, tornou-se o Papa cuja acção foi mais decisiva no século XX: as suas viagens ultrapassaram em número e extensão as de todos os antecessores juntos, reunindo sempre multidões; participou em eventos ecuménicos (foi o primeiro a pregar numa igreja luterana e numa mesquita, o primeiro a visitar o Muro das Lamentações, em Jerusalém); procedeu a numerosas beatificações e canonizações; e escreveu 14 encíclicas.
Este é o escudo eclesiástico. 
A sua interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. O campo de blau representa o firmamento celeste e ainda o manto de Nossa Senhora, sendo que este esmalte significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza. A cruz é o instrumento da salvação de todos os homens e representa Jesus Cristo e, sendo de jalde (ouro), simboliza: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. A letra "M" representa a Virgem Maria, que segundo a doutrina católica seria a principal intercessora do gênero humano, e esteve sempre junto à cruz de seu Filho ("Iuxta crucem lacrimosa"). Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa. As duas chaves "decussadas", uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos de suposto poder espiritual e poder temporal. E são uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro, relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu". Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do poder supostamente dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. A tiara papal usada como timbre, representa, pela sua simbologia, os três poderes papais: de Ordem, Jurisdição e Magistério, e a sua unidade na mesma pessoa. No listel o lema "TOTVS TVVS", é uma expressão da imensa confiança do papa na Virgem Maria: "Sou todo teu, Maria".
João Paulo II foi o Papa mais popular da História. A primeira metade do seu pontificado ficou marcada pela luta contra o comunismo na Polónia e restantes países da Europa de Leste e do mundo. Em 1998 visitou Cuba, uma visita que marcou o fim de 39 anos de relações tensas entre a Igreja Católica e o regime de Fidel Castro, condenou o embargo económico dos E.U.A. ao país. Em 2003, enviou uma carta ao presidente Fidel Castro criticando "as duras penas impostas a numerosos cidadãos cubanos e, também as condenações à pena capital". Promotor de uma aproximação às outras grandes religiões do mundo, a reconciliação com os judeus marcou a sua viagem à Terra Santa em 2000 e uma "viragem" nas relações entre as duas religiões.

Motivou o diálogo inter-religioso e a cultura da paz, sendo o primeiro Sumo Pontífice a visitar o Muro das Lamentações, em Jerusalém, onde pediu perdão pelos erros e crimes cometidos pelos filhos da Igreja no passado. Foi o primeiro a pregar numa sinagoga, a entrar numa mesquita (em Damasco, Síria), e a promover jornadas ecuménicas de reflexão pela paz em Assis (Oração Mundial pela Paz). Fez a primeira visita de um Sumo Pontífice católico à Grécia desde a separação das Igrejas Católica e Ortodoxa no cisma de 1054.
Perante cerca de 20 mil pessoas na Basílica de São Pedro, em 1983, disse (no contexto orativo católico) :

"O diálogo com os mortos não deve ser interrompido, pois, na realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo".

A mediação pontifícia de João Paulo II permitiu que o Chile e a Argentina chegassem a um acordo no conflito sobre os seus limites territoriais que ameaçava levar os dois países à guerra.
 Visitas a Portugal
João Paulo II visitou Portugal 4 vezes: em 1982, em 1983 fez escala em Lisboa onde discursou, 1991 e 2000.

A primeira visita, de 12 a 15 de Maio de 1982, ocorreu um ano após o atentado de que foi vítima a 13 de Maio de 1981. Nessa visita o Papa João Paulo II depositou a bala do atentado sofrido no ano anterior em plena Praça de São Pedro no altar de Nossa Senhora de Fátima. Ainda hoje a mesma bala se encontra na coroa de Nossa Senhora de Fátima no Santuário. A 14 de Maio visitou o Santuário de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal, em Vila Viçosa. Na manhã de 15 de Maio visitou o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, em Braga, e à tarde viajou de helicóptero até ao Porto, onde presidiu a uma missa celebrada junto à câmara municipal, na avenida dos Aliados. Em 1983 fez uma escala em Lisboa na viagem à América Central. De 5 a 13 de Maio de 1991 esteve nos Açores, na Madeira, Lisboa, e novamente em Fátima.

Na sua última visita, beatificou os videntes de Fátima, Jacinta e Francisco, teve lugar a 12 e 13 de Maio de 2000, em Fátima.
Funeral de João Paulo II na Basílica de São Pedro.

Três anos depois de ter sido eleito Papa, é vítima de um grave atentado na Praça de São Pedro, no dia 13 de Maio de 1981, por parte do turco Ali Agca, o atentado contra o papa terá sido decidido pelo ditador comunista Leonid Brejnev e organizado pelos serviços militares soviéticos, os serviços búlgaros teriam servido de "cobertura", enquanto que a Stasi, da RDA, teria sido encarregada da "desinformação". Agca passou 19 anos em prisões italianas, sendo depois extraditado para a Turquia, onde foi condenado a prisão perpétua pelo assalto a um banco nos anos 1970 e pelo assassínio de um jornalista em 1979, pena depois comutada para dez anos de prisão.
Internado de urgência na Policlínica Agostini Gemelli, o papa foi submetido a delicada cirugia de cinco horas e vinte minutos, com extirpação de 55 centímetros de intestino. A 20 de Junho, 17 dias depois de ter alta, é internado de novo na mesma clínica de Roma para ser tratado de uma infecção resultante da operação anterior. Coincidentemente, os tiros disparados contra o Papa foram feitos no dia 13 de maio. Nesta data, em 1917, Nossa Senhora de Fátima teria feito a sua primeira aparição aos três pastorinhos. O Pontífice sempre afirmou que a Virgem Maria teria "desviado as balas" e salvo a sua vida nesse dia. Um ano depois, a 13 de Maio de 1982 e já recuperado, João Paulo II visita pela primeira vez o Santuário de Nossa Senhora de Fátima para agradecer à Virgem tê-lo salvo. O Santo Padre ofereceu uma das balas que o atingiu ao Santuário. Essa bala foi posteriormente colocada na coroa da Virgem, onde permanece até hoje.
A saúde de João Paulo II foi motivo de preocupação para os muitos milhões de católicos em todo o Mundo. O historial clínico daquele que foi apelidado de "Atleta de Deus", devido á sua extraordinária compleição física, tem ínicio nos anos 1940, quando é atropelado em Cracóvia por um camião militar alemão, sofrendo um fractura de crânio. Em 1982, sofre uma intervenção cirurgica de quatro horas, para remoção de um tumor benigno do cólon e da vesícula biliar. Em 1993 sofre uma queda durante uma audiência no Vaticano, com fractura de uma omoplata, vindo a ser operado. Em 1994 sofre nova queda, quando saía do banho nos seus aposentos privados, com fratura no fémur direito. É-lhe implantada uma prótese de titânio em substituição da cabeça do fémur. Ainda nos anos 1990, começa a manifestar sintomas de Parkinson, que se acentuam cada vez mais: tremor da mão esquerda, coluna curvada, olhar ausente. Em 1996 ingressa uma vez mais na clinica, para remoção do apêndice. Em 2002 é diagnosticada uma artrose no joelho direito, o que o obriga a deslocar-se numa cadeira de rodas especial. 
Em 2005, na sequência de um processo gripal, volta à clinica e mais tarde é submetido a uma traqueostomia, com o fim de lhe facilitar a respiração. Já com a doença de Parkinson muito avançada, surgiu à janela do seu escritório para tranquilizar os católicos, já era evidente o seu estado extremamente debilitado. No último Domingo de Páscoa, o Papa ainda abençoou os fiéis, mas pela primeira vez no seu pontificado não conseguiu pronunciar a tradicional 'Urbi et Orbi'. 
Às 21h37, hora de Roma, do dia 2 de Abril de 2005, o Mundo parou perante a notícia da morte do Santo Padre mais viajado de sempre. As exéquias fúnebres decorreram na Praça de São Pedro, pela manhã do dia 7 de Abril de 2005. A cerimónia fúnebre durou três horas, sob alta segurança, presidida pelo então, decano dos cardeais, o Cardeal Joseph Ratzinger. Assistiram 2500 convidados, entre Chefes de Estado, primeiros-ministros, e outras personalidades. O corpo de João Paulo II está sepultado nas Catacumbas Vaticanas.
No dia 13 de Maio de 2005 o seu sucessor Bento XVI fez uma exceção à regra do Código de Direito Canônico em relação à beatificação de João Paulo II, tal como este havia feito em relação à Madre Teresa de Calcutá. Abrindo mão dos cinco anos que são dados para o início do processo (que se dá a partir da morte daquele que vem a falecer em fama de santidade).
Em 2009 o Papa Bento XVI proclamou-o "Venerável", ao promulgar o decreto que reconhece as virtudes heróicas do Servo de Deus João Paulo II, um importante passo dentro do processo de beatificação que fica a aguardar a existência de um milagre realizado pela intercessão do papa polaco. No dia 14 de Janeiro de 2011 o Papa Bento XVI aprovou o decreto sobre um milagre atribuido ao Papa Wojtyla, permitindo a sua beatificação que aconteceu em Roma no dia 1 de Maio de 2011. A beatificação de João Paulo II, presidida pelo seu sucessor, é um fato sem precedentes: nenhum papa elevou às honras dos altares o seu imediato predecessor.

Seis anos após seu falecimento, no dia 1° de maio de 2011 às 10h37 (horário de Roma), sua beatificação foi proclamada pelo Papa Bento XVI. O seu processo de beatificação foi o mais rápido dos últimos 700 anos, sendo o processo de canonização mais rápido até hoje o de Santo Antonio de Lisboa que foi canonizado apenas 11 meses após sua morte. A celebração de seu dia será o 22 de outubro, aniversário da sua eleição ao pontificado. Bento XVI recebeu uma relíquia contendo o sangue de João Paulo, que lhe foi entregue por Marie Simon Pierre Normand. O milagre com que foi tocada a religiosa foi um dos fatores decisivos para a beatificação de João Paulo II. Bento XVI também declarou que o processo de beatificação foi acelerado devido à grande veneração popular. 
O papa foi alvo várias vezes de críticas de vários setores da sociedade. Entre os principais pontos da sua atuação pública que foram questionados estão:
A reafirmação de doutrinas tradicionais contra a ordenação de mulheres, a contracepção, a Teologia da Libertação, o homossexualismo e casamento homossexual, e o aborto em todos os casos;

A sua defesa de visões conservadoras sobre questões ligadas aos gêneros sexuais, sexualidade, eutanásia e o papel da mulher na sociedade.
A condenação do uso de preservativos mesmo para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, como a SIDA, e para a evitar filhos em famílias pobres e já numerosas;

Foi acusado de acobertar o envolvimento do Vaticano em escândalos financeiros que ligavam o Banco do Vaticano a grupos de crime organizado como a Máfia e a Cosa Nostra, e de proteger o principal articulador dessas ligações, o arcebispo Paul Marcinkus, que saiu livre de acusações. 

MÁRIO VIEGAS

António Mário Lopes Pereira Viegas, actor e encenador faleceu em Lisboa no dia 1 de Abril de 1996. Nasceu em Santarém, a 10 de Novembro de 1948.
Mário Viegas foi considerado um dos melhores actores da sua geração, foi aluno da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se iniciou no teatro universitário. Frequentou o Conservatório Nacional de Teatro, em Lisboa. Estreou-se como actor profissional no Teatro Experimental de Cascais, trabalhando com Carlos Avilez. Passou pelo Teatro Universitário do Porto em 1969. Fundador de três companhias teatrais (a última das quais foi a Companhia Teatral do Chiado). Actor também de cinema, participou em mais de quinze películas, entre elas “O Rei das Berlengas” de Artur Semedo (1978), “Repórter X” de José Nascimento (1987), “A Divina Comédia” de Manoel de Oliveira (1991), “Rosa Negra” de Margarida Gil (1992), “Sostiene Pereira” de Roberto Faenza (1996), onde contracenou com Marcello Mastroianni, e os filmes de José Fonseca e Costa “Kilas, o Mau da Fita” (1981), “Sem Sombra de Pecado” (1983), “A Mulher do Próximo” (1988) e “Os Cornos de Cronos” (1991).
Mário Viegas fez igualmente televisão, popularizando-se particularmente com duas séries de programas sobre poesia - “Palavras Ditas” (1984) e “Palavras Vivas” (1991). Trabalhou ainda na rádio, principalmente como divulgador de poesia e de teatro e foi colaborador regular do jornal “Diário Económico”, para onde escreveu artigos sobre teatro e humor. Tornou-se muito popular pelos seus recitais de poesia, gravando vários discos com poemas de Fernando Pessoa, Luís de Camões, Cesário Verde, Camilo Pessanha, Jorge de Sena, Ruy Belo, Eugénio de Andrade e ainda de autores estrangeiros (Brecht, Pablo Neruda, etc.). Em 1994 recebeu a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique. Preocupado com a política, candidatou-se em 1995 à Presidência da República Portuguesa apoiado pela “União Democrática Popular”. Escreveu “Auto-Photo Biografia” em 1995.

REI DAVID

David foi o segundo monarca do reino unificado de Israel, de acordo com a Bíblia hebraica. Foi retratado como um rei bondoso, músico e poeta. A sua data de nascimento terá sido por volta de 1040 a.C., e a sua morte em 970 a.C., tendo reinado sobre Judá e sobre o reino unificado de Israel. Os livros bíblicos de Samuel, são a única fonte de informação disponível sobre a sua vida e o seu reinado, embora se saiba da existência, em meados do século IX a.C., de uma dinastia real judaica chamada de "Casa de David".

A vida de David é particularmente importante para a cultura judaica, cristã e islâmica. No judaísmo David, é o Rei de Israel e do povo judaico; um descendente directo seu será o Messias judaico. No cristianismo David é mencionado como um ancestral do pai adoptivo de Jesus, José, e no islamismo é conhecido como um profeta e rei de uma nação. Filho de Jessé, da tribo de Judá, teria nascido na cidade de Belém e se destacado na luta dos israelitas contra os filisteus. Tornou-se rei, sucedendo a Saul e conquistou Jerusalém, que transformou em capital do Reino Unido de Israel.
Como acontece com vários outros personagens do antigo Israel, é relativamente difícil questionar a existência histórica de David. Embora não existam inscrições contemporâneas que façam referência ao rei, textos achados na Palestina parecem mencionar o seu nome. Um desses artefatos é a chamada "estela de Tel Dan", descoberta ao norte da Galiléia. A "estela de Tel Dan", traz um texto com a menção ao nome de David. Também foram descobertas minas de cobre na Jordânia que podem ser uma indicação da existência do personagem bíblico Rei Salomão, filho e sucessor do Rei David.
David foi o oitavo e o mais novo filho de Jessé, um habitante de Belém. O seu pai parece ter sido um homem de situação modesta. O nome da sua mãe não se encontra registrado, mas alguns pensam que ela era Nahash. Quanto à sua aparência pessoal, sabe-se apenas que ele tinha cabelos ruivos. Na narrativa bíblica ele aparece inicialmente como tocador de harpa na corte de Saul e ganha notoriedade ao matar em combate o gigante guerreiro filisteu Golias, ganhando o direito de casar com a filha do rei Saul e a isenção de impostos. 
Depois da morte de Saul, David governou a tribo de Judá, enquanto o filho de Saul, Isboset, governou o resto de Israel. Com a morte de Isboset, David foi escolhido como rei de toda a Israel e o seu reinado marca uma mudança na realidade dos judeus: de uma confederação de tribos, transformou-se numa nação estabelecida. Ele transferiu a capital de Hebron para Jerusalém, após conquistá-la e tornou-a o centro religioso dos israelitas, trazendo consigo a Arca Sagrada. 
David expandiu os territórios sobre os quais governou e trouxe prosperidade a Israel. Os seus últimos anos foram abalados por rebeliões lideradas pelos seus filhos e rivalidades familiares na corte. O Judaísmo Ortodoxo acredita que o Messias será um descendente do Rei David. O Novo Testamento qualifica Jesus como descendente de David. Porém é certo que José esposo de Maria era descendente de David, porém como a historia diz Maria ficou gravida do Espirito Santo, logo Jesus não descende de David. Segundo a tradição Judaica, o genro tornava-se filho do sogro, sendo assim Jesus descende de David. Maria também é descendente de David, portanto Jesus descende de David.
Samuel, instruído por Deus vai secretamente até a casa de Jessé para ungir um novo rei para Israel. Apesar de David ser o mais novo dos seus sete irmãos foi ele o escolhido por Deus para ser ungido. Mais tarde quando o exército filisteu se reuniu para enfrentar os israelitas, um gigante chamado Golias desafiou o exército israelita a enviar um homem para enfrentá-lo, no entanto, os israelitas tiveram medo do gigante. David, indignando-se da vergonha que Golias trazia a Deus e a todo exército de Israel com as suas palavras, decidiu enfrentá-lo. 
David enfrentou Golias munido apenas de uma funda e algumas pedras. Após a vitória David foi colocado como líder de um grupo de soldados sendo David bem sucedido em todas as suas missões e ganhando fama entre o povo, o rei Saul passou a invejá-lo e temeu perder o poder para David. A partir daí Saul tentou por inúmeras vezes matar David, que teve de fugir.

David fugiu para o deserto, a Bíblia fala que ladrões e assassinos começaram a procurá-lo, formando um pequeno contigente bélico, que o ajudava a defender-se das investidas do rei Saul. Quando rei Saul morreu David governou a tribo de Judá. E Isboset, filho de Saul, governou o restante de Israel. Quando Isboset morreu David foi escolhido por Deus para governar toda a Israel. 
  Verdade ou lenda... Seja o que for, as antigas escrituras afirmam que, contra todas as probabilidades, o jovem David derrotou o gigante Golias com uma pedra lançada com a sua poderosa funda, mudando com a sua vitória todo o futuro do povo israelita. 

ANIBAL

Aníbal, filho de Amílcar Barca nasceu em Cartago, 248 a.C. e morreu em Bitínia, 183a.C., foi um general e estadista cartaginês considerado por muitos como um dos maiores tácticos militares da história. O seu pai foi o principal comandante cartaginês durante a Primeira Guerra Púnica, travada contra Roma; os seus irmãos mais novos foram Magão e Asdrúbal, e o seu cunhado foi Asdrúbal, o Belo.
Ele foi um dos generais mais activos da Segunda Guerra Púnica, quando levou a cabo uma das façanhas militares mais audazes da Antiguidade: Aníbal e o seu exército, onde se incluíam elefantes de guerra, partiram da Hispânia e atravessaram os Pirineus e os Alpes com o objectivo de conquistar o norte de Itália. Ali derrotou os romanos em grandes batalhas campais como a do "lago Trasimeno" ou a de "Canas", no entanto não chegou a capturar Roma, mas conseguiu manter um exército em Itália durante mais de uma década. 
Por causa da invasão de África foi chamado de volta a Cartago, onde foi derrotado na Batalha de Zama.
Em meados do século III a.C., a cidade de Cartago, onde nasceu Aníbal, estava fortemente influenciada pela cultura helenística derivada dos vestígios do império de Alexandre Magno. A outra potência da época era Roma, com a qual Cartago entrou em guerra durante vinte anos num conflito conhecido como a Primeira Guerra Púnica. Sobre a educação de Aníbal sabemos muito pouco apenas que aprendeu de um preceptor espartano as letras gregas, a história de Alexandre Magno e a arte da guerra.
A "batalha do Ticinus", travada em 218 a.C., foi uma batalha da Segunda Guerra Púnica, na qual Aníbal derrotou os Romanos numa luta de cavalaria, a "batalha do Trébia" deu-se junto das margens do rio Trébia, a "batalha do Lago Trasimeno", foi uma batalha na qual Aníbal destruiu o exército romano de Caio Flamínio numa emboscada, matando-o e que deixou Roma à mercê de Aníbal. Esperava-se que o cartaginês, investisse contra a cidade para tomá-la e terminar, vitoriosamente, a guerra. Diante dessa séria ameaça, o senado romano decidiu nomear um ditador para dirigir a defesa, a escolha recaiu sobre Fábio Máximo.
Supondo que Aníbal marcharia contra Roma, Fábio concentrou os seus esforços em preparar a cidade para a resistência ao invasor. Mas o exército cartaginês não aparecia. E Fábio decidiu não procurar o inimigo, preferindo evitar uma batalha campal, optou por outra tactica, ordenou que todas as pessoas residentes na linha de marcha de Aníbal abandonassem as suas casas e fazendas, queimassem todas as propriedades e destruíssem as colheitas, para privar os invasores de quaisquer meios de manutenção. As tropas de Anibal estavam esgotadas por tão longa distância percorrida e de obstáculos que tiveram de enfrentar p´lo caminho, assim esperavam que não encontrando em especial mantimentos estes desistiriam, renderiam ou esperando o melhor momento de fraqueza os pudessem atacar e dizimar.
Aníbal começou a movimentar-se, os suprimentos estavam quase esgotados e não havia mais nada a ser tirado da terra conquistada. Aníbal era forçado a capturar algum rico depósito ou a deixar o país, marchou para sul e cruzando o rio desceu sobre a cidade de Canas. Apesar de ser um lugar sem importância, era um dos principais depósitos de grãos que os romanos usavam para abastecer o exército. Apoderando-se de Canas, Aníbal privara o exército romano de uma importante fonte de suprimentos, assegurando alimentação mais do que suficiente para o seu próprio exército. Roma tinha de agir, nenhum império pode sobreviver se não consegue lidar com os invasores da sua própria terra. Era essencial que o invasor fosse aniquilado, determinados, decidiram em avançar para uma decisiva batalha. Os romanos teriam o dobro dos homens, mas apesar da desproporção numérica é absolutamente improvável que Aníbal tenha ficado mais intranqüilo do que qualquer general que estivesse prestes a mandar seu exército para a batalha.
Anibal optou por dividir as suas tropas em duas partes, uma ficaria na planicie e a outra junto ao rio de forma a que quando as tropas romanas decidissem abastecer-se de água não o pudessem fazer. No dia em que os dois exércitos, pela primeira vez, ficaram à vista um do outro, era junho. O verão quente; a água era importantíssima, os romanos não tiveram alternativa senão posicionaram-se em formação de batalha, o trote de milhares de homens e cavalos, o alarido de armaduras e espadas, o relincho dos cavalos e os brados de comando de oficiais e centuriões, os dois exércitos defrontaram-se. Por toda aquela tarde quente, a planície  e o rio transformaram-se num matadouro. A vitória de Anibal. Naquele momento de triunfo, quando parecia que os seus inimigos estavam irreversivelmente derrotados, dificilmente haveria surpresa se alguns dentre os cartagineses sentissem ter chegado a hora de marchar sobre Roma. Mas Aníbal não tinha opção. O seu exército não era grande o bastante para investir sobre uma cidade do tamanho de Roma e cercá-la. Os cartagineses, com essa acção (em Canas), tornaram-se, de uma vez por todas, senhores de quase todo o resto da costa. Os romanos, por seu lado, devido a essa derrota, estavam apreensivos na expectativa de que Aníbal aparecesse a qualquer momento. 


As razões pelas quais ele não o fez são conhecidas, mas naquele momento parecia inconcebível para os romanos que ele não seguisse adiante com o seu triunfo. Mas as guerras e conflitos não ficava por aqui, superando com acréscimos os mais extraordinários relatos de ficção épica, Aníbal, de Cartago, que jurou com sangue a seu pai que apagaria da face da terra o império romano, executou a proeza impensável: conduzir uma tropa de 40 elefantes de guerra ao longo dos Alpes para confundir o inimigo com o elemento surpresa. Combinando seu lendário senso de intimidação e vontade de ferro, ele acabou com a vida de cada soldado inimigo que ousou atravessar seu caminho. 

ELIZABETH TAYLOR


Elizabeth Rosemond Taylor conhecida mundialmente por Liz Taylor nasceu em Londres a 27 de fevereiro de 1932  e faleceu a 23 de março de 2011.
 Filha de Francis Leen Taylor e Sara Viola Rosemond Warmbrodt. Começou a carreira cinematográfica ainda criança, quando foi descoberta aos dez anos. Contratada pela Universal Pictures, filmou There's One Born Every Minute, mas não teve o contrato renovado. Assim como Mickey Rooney, revelou talento participando de filmes infanto-juvenis, como na estreia em 1943 num pequeno papel da série Lassie. A partir de então, apaixonou-se pela profissão e permanecer no estúdio tornou-se o maior sonho.


Evoluindo como actriz talentosa e respeitada pela crítica, nos anos 50 filmaria dramas, como Um lugar ao Sol, com o actor Montgomery Clift; Assim Caminha a Humanidade, com Rock Hudson e A Última Vez Que Vi Paris, ao lado de Van Johnson e Donna Reed.
Liz, foi considerada como uma das mulheres mais bonitas de todos os tempos; a marca registrada são os traços delicados do seu rosto e seus olhos de cor azul-violeta, uma cor difícil de achar, emoldurados por sobrancelhas desenhadas e espessas, de cor negra.

Foi uma celebridade cercada por intenso glamour e diva eterna dos anos de ouro do cinema norte-americano, e uma compulsiva colecionadora de jóias. Ficou famosa também pelos inúmeros casamentos (oito ao todo). Seu primeiro casamento foi em 1950, mas durou apenas 1 ano.
 O mais famoso casamento foi com o ator britânico Richard Burton, com quem casou duas vezes e fez duplas em vários filmes nos anos 60, como o antológico Cleópatra, e o dramático Quem tem medo de Virgínia Woolf?, 
Vencedora duas vezes do Óscar da Academia para Melhor Atriz, o primeiro em 1960 pelo papel de call-girl em  O Número do Amor. Liz teve 4 filhos, sendo um adotivo. Teve dois filhos com Michael Wilding, com Michael Todd teve uma filha em 1957, já em 1975 adotou uma menina alemã juntamente com seu marido, Richard Burton.
Foi amiga do Rei da Pop Michael Jackson, e dedicou-lhe vários dos seus trabalhos, inclusive a canção "Liberian Girl".
Em 1997, a atriz passou por uma delicada cirurgia para remover um tumor no cérebro.
Foi pioneira no desenvolvimento de acções filantrópicas, conseguindo fundos para as campanhas contra a SIDA a partir dos anos 80, logo após a morte de Rock Hudson. Liz nasceu em Inglaterra mas recebeu das mãos de Bill Clinton a segunda mais importante medalha de reconhecimento a um cidadão norte-americano: a Presidential Citizens Medal.
Taylor tratou vários problemas de saúde ao longo dos anos, incluindo as questões relativas à insuficiência cardíaca crônica. Em 2009, foi submetida a uma cirurgia para substituir uma válvula defeituosa no coração. Em fevereiro de 2011, apareceram novos sintomas relacionados à sua insuficiência cardíaca, o que a levou a ser internada no Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles para tratamento, onde morreu na manhã do dia 23 de março após uma cirurgia, aos 79 anos de idade. Encontra-se sepultada no Forest Lawn Memorial Park em Glendale, Los Angeles, nos Estados Unidos.
 Elizabeth Taylor atuou em diversos filmes e programas televisivos de 1942 a 2003. Vamos destacar alguns, já que a lista é bastante extensa.
Lassie Regressa a casa e a Coragem de Lassie.
 O pai da noiva, Um lugar ao sol, e Quo Vadis onde faz o  papel de uma prisioneira cristã.
 Cleópatra, Quem tem medo de Virginia Woolf?, Rainha da Luz,  o Gigante, Gata em telhado de Zinco quente, e muitos outros como curiosidade de referir que a voz de Maggie Simpson na série The Simpsons era dela assim como nos The Flintstones onde fazia a voz de Pearl Slaghoople.
 Os casamentos :  Nicky Hilton (06 de maio de 1950 - 29 de janeiro de 1951): Taylor acreditava que estava apaixonada, mas também queria sair de casa, o casamento durou nove meses. Michael Wilding(21 de fevereiro de 1952 - 26 jan 1957), Wilding era 20 anos mais velho que Taylor, Michael Todd(02 de fevereiro de 1957 - 22 de março de 1958) Todd faleceu, Eddie Fisher(12 de maio de 1959 - 6 de março de 1964) Fisher, o melhor amigo de Todd, Richard Burton(15 de março de 1964 - 26 de junho de 1974), dez anos de casamento, acabaram por se separar e voltaram a casar a 10 de outubro, 1975 e durou até  29 de julho de 1976), John Warner(04 de dezembro de 1976 - 07 novembro de 1982), Larry Fortensky(06 de outubro de 1991 - 31 de outubro de 1996). Taylor teve muitos romances fora do seu casamento. 


ZSA ZSA GABOR

Zsa Zsa Gabor, de seu verdadeiro nome Sári Gábor, famosa actriz norte-americana de origem austro-húngara, nasceu em Budapeste no dia 6 de Fevereiro de 1917.
Em 1936, depois de ter ganho o título de Miss Hungria, tentou a sorte no cinema, em Hollywood. Protagonizou muitos filmes, entre os quais “Moulin Rouge” (1952), com John Huston, e “Lili” (1953). Fez igualmente teatro e, também, séries televisivas: “Batman” (1968) e “The Fresh Prince of Bel-Air” (1991), entre outras.
Na sua vida pessoal destaque para alguns escândalos financeiros, o gosto pelas jóias e pelo luxo, deram-lhe mais espaço na imprensa do que a sua carreira profissional. Teve nove maridos, sete divórcios e uma anulação. Foi casada com Conrad Hilton, fundador da cadeia de hotéis Hilton (1942/1947); com Jack Ryan, que participou na concepção da boneca Barbie (1975/1976); com Felipe de Alba, apenas durante 24 horas (1983) e com Frédéric Prinz von Anhalt, aristocrata alemão (1986).
Entre os factos escandalosos da sua vida conta-se uma condenação a três dias de prisão por agredir um polícia em Beverly Hills e outra a 120 horas de trabalho comunitário num abrigo para mulheres. Os anos 2000 não têm sido nada felizes para ela. Em 2002 sofreu um grave acidente de automóvel em Los Angeles, ficando parcialmente paralisada. Em 2005 fez uma cirurgia para desobstrução de uma artéria, depois de ter sido vítima de um AVC. Passou a utilizar uma cadeira de rodas para as suas deslocações. Em 2010 fracturou a anca, ao cair da cama, e foi sujeita a uma cirurgia reconstrutiva da qual teve alta hospitalar um mês depois, voltou mais tarde a ser hospitalizada com hemorragias e dores fortes, sintomas de que alegadamente teriam surgido complicações da primeira cirurgia. Chegou a pedir a presença de um padre e a extrema-unção. Posteriormente recusou ser operada ao fígado.
Em 2011 os médicos que analisaram a sua lesão acharam melhor amputar-lhe a perna direita antes que a gangrena aumentasse. No ano anterior, já lhe tinham anunciado que a perna tinha de ser amputada, mas Zsa Zsa Gabor preferiu esperar o fim das festas de fim de ano..., foi internada novamente, em estado grave, devido a uma infecção pulmonar.

AL CAPONE

Alphonsus Gabriel Capone, gangster italo-americano que liderou um grupo criminoso dedicado ao contrabando e venda de bebidas (entre outras actividades ilegais), durante a “Lei Seca”, nasceu em Brooklyn, Nova Iorque, a 17 de Janeiro de 1899. Morreu em Miami Beach no dia 25 de Janeiro de 1947. É considerado por muitos como o maior gangster de todos os tempos. Tinha a alcunha de “Scarface” devido a uma cicatriz que tinha no rosto.
Foi “padrinho” da máfia de Chicago de 1925 a 1932
O pai de Al Capone era barbeiro na cidade de Castellammare di Stabia, a alguns quilómetros de Nápoles. A mãe era costureira. A família emigrou para os Estados Unidos em 1894. Al Capone cresceu junto de uma vizinhança pobre e pertenceu pelo menos a duas quadrilhas de delinquentes juvenis. Aos catorze anos foi expulso da escola por agredir um professor. Integrou o grupo “Five Points Gang” em Manhattan e trabalhou para o gangster Frank Yale.
Em 1919 Capone foi enviado por Frank Yale para Chicago, transferindo-se para lá com a família e tornando-se o braço direito do mentor de Yale, John Torrio. Torrio, entretanto, foi alvejado com gravidade por rivais de outros gangs e decidiu “reformar-se” em Itália. Capone passou a liderar os negócios, demonstrando rapidamente as suas qualidades para comandar a organização, expandindo mesmo o “sindicato do crime” para outras cidades americanas entre 1925 e 1930.
Aos 26 anos Capone mostrava-se já um homem sem escrúpulos, frio e violento. Em 1929 foi nomeado como uma das personalidades mais importantes do ano, ao lado de homens com a importância do físico Einstein e do líder pacifista Gandhi.
Capone controlava informadores, pontos de apostas, casas de jogo, bordéis, bancas de apostas em corridas de cavalos, clubes nocturnos, destilarias e cervejarias. Chegou a facturar 100 milhões de dólares por ano, durante a “Lei Seca”.
Al Capone nunca era apanhado nas malhas da justiça por falta de provas ou de testemunhas. Foi no entanto arranjado um estratagema a nível “legal”. Tornaram obrigatório o pagamento de impostos, por lucros obtidos em actividades ilícitas. Parecia um contra-senso, mas Al Capone foi apanhado na rede. Não pagando impostos e não querendo provar a origem dos “sinais exteriores de riqueza”, foi preso em 1931 e condenado a onze anos de prisão. Foi enviado para um presídio em Atlanta, de onde continuou a gerir os seus negócios, antes de ser transferido para a célebre prisão de Alcatraz. A pena seria revista em 1939, em virtude do seu estado de saúde, e foi libertado. Além de sífilis apresentava igualmente sintomas de distúrbios mentais, vindo a morrer de apoplexia seguida de uma pneumonia fatal.

TARZAN

Johnny Peter Weissmuller, nadador e actor norte-americano, famoso por interpretar Tarzan, o personagem de ficção criado pelo escritor Edgar Rice Burroughs, morreu em Acapulco, no México a 20 de Janeiro de 1984, vítima de edema pulmonar.
Johnny Weissmuller nasceu em Freidorf, na Roménia, que fazia então parte do Império Austro-húngaro, a 2 de Junho de 1904.
Weissmuller pertencia a uma família alemã, que emigrou para os Estados Unidos quando ele tinha apenas sete meses de idade.
Antes de entrar para o cinema, Weissmuller teve uma carreira excepcional como desportista, tendo conquistado cinco medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1924 e 1928.
Wiessmuller foi detentor de 28 recordes mundiais de natação e ganhou 52 campeonatos nacionais, sendo considerado um dos melhores nadadores de todos os tempos. Foi o primeiro a baixar do “minuto” nos 100 metros livres (58,6 segundos em 1922). O seu recorde mundial de 1927 nas 100 jardas livres durou dezassete anos. Nunca perdeu uma prova até deixar a competição. Ganhou ainda uma medalha de bronze em water-polo nos Jogos Olímpicos de 1924.
A partir de 1934 imortalizou no cinema o famoso Tarzan, fazendo doze filmes e tornando célebre o famoso grito do personagem. Depois de Tarzan, interpretou com sucesso “Jim das Selvas”, para a Columbia entre 1948 e 1955. Em 1955 a série transferiu-se para a TV, tendo sido feitos vinte e seis episódios de meia hora cada. Já envelhecido e obeso, Weissmuller despediu-se das câmaras, tendo voltado apenas em pequenos papéis na década de 1970. Viveu os últimos sete anos de vida com a sua sexta esposa, tentando recuperar de uma trombose.

HUMPHREY BOGART

Humphrey DeForest Bogart, actor de cinema e de teatro norte-americano, morreu em Los Angeles no dia 14 de Janeiro de 1957, vítima de doença oncológica. Nasceu em Nova Iorque a 25 de Dezembro de 1899. Entre os seus melhores filmes estão “Relíquia Macabra”, “O Tesouro de Sierra Madre” e “Casablanca”.
Bogart alistou-se na Marinha na altura da Primeira Guerra Mundial, em 1918, o seu barco foi atacado por submarinos e um fragmento de madeira rasgou-lhe a boca, deixando-lhe uma cicatriz e afectando o seu modo de falar para o resto da vida.
Começou a sua carreira de actor nos palcos de Brooklyn em 1921, sem nunca ter tido aulas de teatro. Só entre 1922 e 1925, participou em mais de vinte produções na Broadway.
Humphrey Bogart começou a actuar no cinema na década de 1930, sobretudo em filmes de gangsters, de polícias e de ladrões. O seu primeiro filme romântico foi “Casablanca”.
"Casablanca" foi lançado em 1942, foi considerado o melhor filme do ano e é um dos maiores clássicos do cinema mundial. Neste filme Bogart contracenou com Ingrid Bergman, ao longo da sua carreira contracenpu ao lado de grandes nomes do cinema como Katharine Hepburn, Audrey Hepburn e Ava Gardner, tem uma estrela no célebre "Passeio da Fama" em Hollywood. 
Bogart teve quatro casamentos, o último e o mais feliz com Lauren Bacall, 25 anos mais nova do que ele. Em 1951 ganhou o Oscar de “Melhor Actor”. “Casablanca” é correntemente indicado como um dos cinco melhores filmes da história do cinema. Bogart bebia e fumava muito, tendo contraído a terrível doença no esófago, nos anos 1950. Em 1956 ainda foi operado, mas era já tarde demais.

GALILEU GALILEI

Galileu Galilei nasceu em Pisa, Itália a 15 de fevereiro de 1564 e faleceu em Florença a 8 de janeiro de 1642, foi um físico, matemático, astrónomo e filósofo italiano.
Galileu foi uma personalidade fundamental na revolução científica. Foi o mais velho dos sete filhos de Vincenzo Galilei e de Giulia Ammannati. Viveu a maior parte da sua vida em Pisa e em Florença, na época integrantes do Grão-Ducado da Toscana.
Galileu melhorou o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. 
O físico desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termómetro de Galileu e o precursor do relógio de pêndulo. Galileu é considerado o "pai da ciência moderna". Galileu estudou na Universidade de Pisa (medicina), no entanto desistiu de estudar medicina dois anos depois e decidiu estudar matemática, abandonou a universidade em 1585, sem obter o título e foi para Florença, onde deu aulas particulares e continuou os estudos de matemática, mecânica e hidrostática. Em 1588 foi nomeado para a cátedra de matemática na Universidade de Pisa. Em 1592 conseguiu a cátedra de matemática na Universidade de Pádua, onde passou os 18 anos seguintes, ensinou geometria, mecânica e astronomia. 
Galileu não inventou o telescópio, embora o termo "telescópio" tenha sido inventado em Itália em 1611. Galileu foi o primeiro a fazer uso científico do telescópio, ao fazer observações astronómicas com ele. Descobriu assim que a Via Láctea é composta de miríades de estrelas, descobriu ainda os satélites de Júpiter, as montanhas e crateras da Lua. Todas essas descobertas foram feitas em 1610. Entretanto abandonou Pádua e foi viver para Florença. 
A casa fiorentina de Galileu
Em 1611, Galileu foi convocado a Roma para apresentar as suas descobertas ao Colégio Romano dos jesuítas, onde se encontrava o futuro Papa Urbano VIII e o cardeal Roberto Bellarmino, que reconhece as suas descobertas. Os matemáticos do Colégio Romano eram considerados as maiores autoridades daquele tempo. Em 1616, a Inquisição (Tribunal do Santo Ofício) pronunciou-se sobre a Teoria Heliocêntrica declarando que a afirmação de que o Sol é o centro imóvel do Universo era herética e que a de que a terra se move estava "teologicamente" errada. Galileu foi nesta altura convocado a Roma para defender as suas ideias perante o Tribunal do Santo Ofício, tendo este decidido não haver provas suficientes para concluir que a Terra se movia e que por isso admoestou Galileu a abandonar a defesa da teoria heliocêntrica, tendo Galileu persistido em ir mais longe nas suas ideias, foi então proibido de divulgá-las ou ensiná-las.
Apesar das admoestações, encorajado pela entrada em funções em 1623 do novo Papa Urbano VIII, publicou "O Analisador", onde colocava em causa muitas ideias de Aristóteles sobre movimento, entre elas a de que os corpos pesados caem mais rápido que os leves e voltava a defender a teoria de que a Terra e outros astros giravam em torno do sol e que este estava fixo no centro do Universo. O papa Urbano VIII tinha sido testemunha de defesa no processo de 1616, recebeu Galileu no Vaticano em seis audiências em que lhe ofereceu honrarias, dinheiro (pensões de promoção académica e apoio científico) e recomendações. No entanto, o Papa não aceitou o pedido de Galileu de revogar o decreto de 1616 contra o heliocentrismo.
Roma convocou Galileu para ser julgado, apesar de este se encontrar bastante doente, após um julgamento longo e atribulado foi condenado a abjurar publicamente as suas ideias e à prisão por tempo indefinido. Os livros de Galileu foram censurados e proibidos, Galileu conseguiu no entanto comutar a pena de prisão a confinamento, primeiro no palácio do embaixador do Grão-duque da Toscana em Roma, depois na casa do arcebispo Piccolomini em Siena e mais tarde na sua própria casa de campo em Arcetri.
Túmulo de Galileu na Basílica de Santa Cruz em Florença
Em 1638 estava completamente cego. Há muitos equívocos quanto à morte de Galileu, pois não foi ele o cientista queimado vivo por sua concepção astronómica, mas Giordano Bruno (1548-1600) que havia sido condenado à morte por heresia nos tribunais da Inquisição ao defender ideias semelhantes. Galileo Galilei morre em Arcetri rodeado pela sua filha Maria Celeste e os seus discípulos. Foi enterrado na Basílica de Santa Cruz em Florença, onde também estão Machiavel e Michelangelo.
Mais de três séculos passados da sua condenação, é iniciada a revisão do seu processo que decide pela sua absolvição em 1983. 
O sistema cosmológico, na ciência, ensinava que a Terra estava parada no centro do universo e os outros corpos orbitavam em círculos ao seu redor. A Igreja Católica aceitava esse modelo. Nicolau Copérnico avançava com a teoria de que a Terra e os outros corpos celestes giravam ao redor do Sol, tese que ficou conhecida como heliocentrismo. A obra de Copérnico foi publicada com uma nota introdutória que explicava que o modelo apresentado devia ser interpretado apenas como uma ferramenta matemática que simplificava o cálculo das órbitas dos corpos celestes e nunca como uma descrição da realidade.
Galileu nunca casou, mas teve um relacionamento com Marina Gamba, uma mulher que conheceu em Veneza. Marina morou na casa de Galileu em Pádua, onde deu à luz três crianças, duas filhas, Virgínia e Lívia, foram colocadas em conventos onde se tornaram, respectivamente, irmã Maria Celeste e irmã Arcângela. Em 1610, Galileu mudou-se de Pádua para Florença onde assumiu uma posição na corte dos Médici. Galileu deixou o seu filho, Vincenzo, com Marina Gamba em Pádua. Em 1613, Marina casou-se com Giovanni Bartoluzzi, e Vincenzo foi viver junto com o pai para Florença.

DOM DINIS

D. Dinis, sexto rei de Portugal, morreu em Santarém no dia 7 de Janeiro de 1325. Nascera em Lisboa, a 9 de Outubro de 1261.
O seu reinado durou de 1279 até 1325. Teve o cognome de “O Lavrador”, pelo impulso que deu à agricultura, e também o de “O Trovador”, pelas “Cantigas” que compôs e pelo desenvolvimento da poesia trovadoresca ocorrida no seu reinado.
Como herdeiro da coroa, D. Dinis foi envolvido desde bastante jovem nos aspectos da governação. Quando subiu ao trono, o País encontrava-se em conflito com a Igreja Católica e D. Dinis procurou normalizar a situação, assinando um tratado com o papa Nicolau III. D. Dinis foi um rei sobretudo administrador e pacífico, firmando a Paz com Castela e definindo as fronteiras entre os dois países ibéricos. Foi acentuada a predilecção por Lisboa como local de permanência da corte real. Não existia ainda uma capital, mas a localização de Lisboa, o seu desenvolvimento urbano, económico e mercantil, iam fazendo da cidade o local mais viável para vir a afirmar-se como centro administrativo por excelência. Preocupado com as infra-estruturas do país, D. Dinis ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro. Fomentou as trocas com outros reinos, assinando o primeiro tratado comercial com o rei de Inglaterra em 1308 e criando as bases para uma verdadeira marinha mercante portuguesa.
D. Dinis redistribuiu terras, promoveu a agricultura e fundou várias comunidades rurais, assim como mercados e feiras. Um dos seus maiores legados foi a ordem de plantar o Pinhal de Leiria, que se destinava a proteger as terras agrícolas do avanço das areias costeiras. A cultura foi também um dos seus interesses: D. Dinis não só apreciava literatura, como foi ele próprio poeta e trovador. A Universidade de Coimbra, a primeira universidade portuguesa, foi por si fundada. A ele se deve igualmente a publicação do núcleo principal do Código Civil e Criminal, que dava prioridade à protecção das classes menos favorecidas contra os abusos do poder. Com a ajuda da esposa, a rainha Isabel de Aragão, tentou melhorar igualmente a vida dos pobres, fundando diversas instituições de caridade.

NUEREYEV

D. Dinis, sexto rei de Portugal, morreu em Santarém no dia 7 de Janeiro de 1325. Nascera em Lisboa, a 9 de Outubro de 1261.
O seu reinado durou de 1279 até 1325. Teve o cognome de “O Lavrador”, pelo impulso que deu à agricultura, e também o de “O Trovador”, pelas “Cantigas” que compôs e pelo desenvolvimento da poesia trovadoresca ocorrida no seu reinado.
Como herdeiro da coroa, D. Dinis foi envolvido desde bastante jovem nos aspectos da governação. Quando subiu ao trono, o País encontrava-se em conflito com a Igreja Católica e D. Dinis procurou normalizar a situação, assinando um tratado com o papa Nicolau III. D. Dinis foi um rei sobretudo administrador e pacífico, firmando a Paz com Castela e definindo as fronteiras entre os dois países ibéricos. Foi acentuada a predilecção por Lisboa como local de permanência da corte real. Não existia ainda uma capital, mas a localização de Lisboa, o seu desenvolvimento urbano, económico e mercantil, iam fazendo da cidade o local mais viável para vir a afirmar-se como centro administrativo por excelência. Preocupado com as infra-estruturas do país, D. Dinis ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro. Fomentou as trocas com outros reinos, assinando o primeiro tratado comercial com o rei de Inglaterra em 1308 e criando as bases para uma verdadeira marinha mercante portuguesa.
D. Dinis redistribuiu terras, promoveu a agricultura e fundou várias comunidades rurais, assim como mercados e feiras. Um dos seus maiores legados foi a ordem de plantar o Pinhal de Leiria, que se destinava a proteger as terras agrícolas do avanço das areias costeiras. A cultura foi também um dos seus interesses: D. Dinis não só apreciava literatura, como foi ele próprio poeta e trovador. A Universidade de Coimbra, a primeira universidade portuguesa, foi por si fundada. A ele se deve igualmente a publicação do núcleo principal do Código Civil e Criminal, que dava prioridade à protecção das classes menos favorecidas contra os abusos do poder. Com a ajuda da esposa, a rainha Isabel de Aragão, tentou melhorar igualmente a vida dos pobres, fundando diversas instituições de caridade.

MALANGATANA

Malangatana Valente Ngwenya, artista plástico e poeta moçambicano, nasceu em Matalana no dia 6 de Junho de 1936. Morreu no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos no dia 5 de Janeiro de 2011. Produziu trabalhos em vários suportes e meios, desde desenho e pintura, até escultura, cerâmica, poesia e música.
Malangatana passou a infância a ajudar a mãe na fazenda familiar, enquanto frequentava a Escola da Missão Suíça Protestante, onde aprendeu a ler e a escrever. Após o seu encerramento, passou para a Escola da Missão Católica, concluindo a terceira classe. Aos 12 anos, mudou-se para Lourenço Marques (Maputo) à procura de trabalho, tendo tido vários ofícios humildes e acabando por ser, em 1953, apanhador de bolas num clube de ténis, retomou os estudos frequentando aulas nocturnas que lhe despertaram o interesse pelas artes. Um dos membros do clube de ténis, ofereceu-lhe material de pintura e ajudou-o a vender os seus primeiros trabalhos.
Em 1958 ingressou no Núcleo de Arte, uma organização artística local. No ano seguinte, integrou uma exposição colectiva de pintura. Passou a artista profissional graças ao apoio do arquitecto português Pancho Guedes, que lhe cedeu um espaço para instalar o seu atelier, ao mesmo tempo que lhe adquiria dois quadros mensalmente. Em 1961, aos 25 anos, fez a sua primeira exposição individual no Banco Nacional Ultramarino. Em 1963 publicou alguns poemas no jornal “Orfeu Negro” e foi incluído na “Antologia da Poesia Moderna Africana”.
Por essa época, foi indiciado como membro da FRELIMO, ficando preso na cadeia da Machava até ser absolvido em 1966. Em 1971 foi novamente detido, a fim de esclarecer o simbolismo do quadro “25 de Setembro”, o que pôs em risco a sua partida para Portugal, onde obtivera uma bolsa da Fundação Gulbenkian para estudar gravura e cerâmica.
Depois da independência de Moçambique, Malangatana foi eleito deputado pela FRELIMO em 1990. Em 1998 foi eleito para a Assembleia Municipal de Maputo e reeleito em 2003. Participou em acções de alfabetização e na organização das aldeias comunais na Província de Nampula. Foi um dos fundadores do “Movimento Moçambicano para a Paz” e fez parte dos “Artistas do Mundo contra o Apartheid”.
Fez exposições em Moçambique, Portugal, Macau, Alemanha, Áustria, Bulgária, Chile, Cuba, Estados Unidos, Espanha, Índia e Turquia. Além da pintura, ficou também conhecido pelas suas obras de desenho, aguarela, gravura, cerâmica, tapeçaria e escultura, encontrando-se representado em vários museus e galerias públicas, bem como em colecções privadas, por todo o mundo. Foi galardoado com a Medalha Nachingwea, pelo seu contributo para a cultura moçambicana, e condecorado em Portugal com o Grande Oficialato da Ordem do Infante D. Henrique. Em 1997, a UNESCO nomeou-o “Artista pela Paz”, sendo-lhe atribuído o Prémio Príncipe Claus.
Em 2010 recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Évora e a condecoração, atribuída pelo governo francês, de “Comendador das Artes e Letras”.

CHARLIE CHAPLIN

Charles Spencer Chaplin, mais conhecido como Charlie Chaplin nasceu em Londres a 16 de abril de 1889 e morreu a 25 de dezembro de 1977. Chaplin foi um dos atores mais famosos da era do cinema mudo.

A sua carreira durou mais de 75 anos, desde as suas primeiras actuações quando ainda era criança nos teatros do Reino Unido durante a Era Vitoriana quase até á sua morte aos 88 anos de idade. O seu principal e mais famoso personagem foi "Charlot". 

Os seus pais eram artistas de music-hall; o pai, Charles Spencer Chaplin Sr., era vocalista e actor, a mãe, Hannah Chaplin, era cantora e atriz. Chaplin aprendeu a cantar com os pais, os quais se separaram antes dele completar três anos de idade. Após a separação, Chaplin foi deixado aos cuidados da mãe.Um problema de laringe acabou com a carreira de cantora da mãe de Chaplin. O pai de Chaplin, era alcoólatra e tinha pouco contato com o filho, apesar de Chaplin e o meio-irmão terem morado durante um curto período de tempo com o seu pai. O seu pai morreu de cirrose no fígado quando Chaplin tinha doze anos, em 1901. A mãe de Chaplin morreu em 1928, em Hollywood, sete anos após ter sido levada para os Estados Unidos pelos filhos.
Foi nos Estados Unidos que Chaplin conseguiu o sucesso, no entanto não foi fácil, Chaplin foi emergindo e tornando-se o exponente máximo do cinema mudo. Apesar dos filmes "falados" se tornarem o modelo dominante logo após serem introduzidos em 1927, Chaplin resistiu durante toda a década de 1930. O primeiro filme falado de Chaplin, foi "O Grande Ditador" (1940), Em 1952, Chaplin deixou os EUA para o que orginalmente pretendia ser uma breve viagem ao Reino Unido para a estréia do filme Luzes da Ribalta em Londres. 
O posicionamento político de Chaplin sempre foi esquerdista. Chaplin chegou mesmo a ser acusado de "atividades anti-americanas" como um suposto comunista, e J. Edgar Hoover, instruíra o FBI a manter vigilãncia apertada sobre ele. Devido ao seu posicionamento político, Chaplin foi incluído na Lista Negra de Hollywood. Hoover soube da viagem de Chaplin ao Reino Unido e negociou com o Serviço de Imigração para revogar o visto de Chaplin, exilando-o do país. Chaplin decidiu não voltar a entrar nos Estados Unidos, escrevendo:
"(...) Desde o fim da última guerra mundial, eu tenho sido alvo de mentiras e propagandas por poderosos grupos reacionários que, pela sua influência e com a ajuda da imprensa, criaram um ambiente doentio no qual indivíduos de mente liberal possam ser apontados e perseguidos. Nestas condições, acho que é praticamente impossível continuar o meu trabalho no ramo do cinema e, portanto, desfiz-me da residência nos Estados Unidos".

Chaplin decidiu então permanecer na Europa, escolhendo morar em Vevey, Suíça. Os últimos dois filmes de Chaplin foram produzidos em Londres. Chaplin escreveu a sua autobiografia entre 1959 e 1963, intitulada "Minha Vida", sendo publicada em 1964. 
 Relacionamentos amorosos e casamentos
Em 1918, Chaplin casou-se com 28 anos de idade com Mildred Harris, que tinha então 16 anos. Tiveram um filho que nasceu deformado, morreu três dias após o nascimento. Divorciaram-se em 1920. Mais tarde, Chaplin namorou com Peggy Hopkins Joyce. O relacionamento que teve com Joyce inspirou Chaplin a fazer o filme Uma mulher de Paris. Aos 35 e sozinho, apaixonou-se por Lita Grey, que tinha apenas 16 anos, durante as preparações de The Gold Rush. Mesmo ela sendo muito jovem, casaram em 1924, no México, quando ela ficou grávida. Tiveram dois filhos, Charles Chaplin Júnior e Sydney. Divorciaram-se em 1926. Passado alguns anos, Chaplin casou-se secretamente aos 47 anos com Paulette Goddard, de 25 anos, em 1936. Depois de alguns anos felizes, este casamento também terminou em divórcio, em 1942. Após a separação, Chaplin namorou Joan Barry, actriz de 22 anos. Esta relação durou anos e terminou, ela perseguia-o com ciúmes. Em 1943, ela informou a Chaplin que estava grávida e exigiu que ele assumisse a paternidade. Ele tinha certeza que não era o pai, e exames médicos comprovaram que Chaplin não era o pai da criança, porém na época, os exames não eram muito válidos e a lei exigia que, por ele ter sido o último parceiro com quem ela apareceu em público, a lei entendia que mesmo ele não sendo o pai biológico, ele teria que assumir a criança, mesmo sem ser no cartório, e ele foi obrigado a custear as despesas da criança, viu-se assim forçado a pagar uma mensalidade até que o jovem fizesse 21 anos. Tempos depois, conheceu Oona O'Neill, filha do dramaturgo Eugene O'Neill. Apaixonaram-se e casaram em 1943. Ele tinha 54 anos, ela somente 17, mas a enorme diferença de idade não diferenciou em nada. Este casamento foi longo e feliz. Oona, deu oito filhos a Charlie. O amor era tão grande que Charlie ficou com ela até á sua morte, e Oona cuidou dele no fim da sua vida.
A saúde de Chaplin começou a declinar lentamente no final da década de 1960, em 1977 já tinha dificuldade para falar e andar, e começou a usar uma cadeira de rodas. Chaplin morreu durante o sono aos 88 anos de idade em consequência de um derrame cerebral, no Dia de Natal de 1977. No dia 1 de março de 1978, o seu cadáver foi roubado da sepultura por um pequeno grupo de mecânicos suíços, na tentativa de extorquir dinheiro á sua família. O plano falhou, os ladrões foram capturados e condenados, o corpo foi recuperado onze semanas depois, perto do Lago Léman, e novamente enterrado, no mesmo cemitério, há uma estátua de Chaplin em sua homenagem. Em 1991, Oona O'Neill, sua quarta e última esposa, faleceu e foi sepultada ao lado de Chaplin.

CHARLIE CHAPLIN
Um marco na história do cinema mudo.
Pode assistir a alguns filmes de Chaplin aqui no blog. 

KENNEDY

John Fitzgerald Kennedy nasceu a 29 de maio de 1917 e morreu em Dallas a 22 de novembro de 1963, foi o 35° presidente do seu país (1961–1963) e uma das grandes personalidades do século XX. A sua morte violenta, no auge da carreira política, abalou o mundo inteiro.
A sua família era de ascendência irlandesa e tradicionalmente católica. Kennedy formou-se em Relações Internacionais na Universidade de Harvard em 1940, serviu na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, sendo ferido na Batalha de Guadalcanal em 1943. Condecorado por bravura, afastou-se do serviço militar por problemas na coluna vertebral. 

Em 1946, foi eleito pelo Partido Democrata como deputado federal pelo estado de Massachusetts. Reeleito em 1948 e 1950. Em 1952, ganhou a vaga no Senado Federal. Kennedy casou em 1953 com Jacqueline Bouvier com quem teve 4 filhos, Caroline, John F. Kennedy, Jr., uma filha nati-morta e outro que morreu com dois dias de vida. Nessa época, sofreu duas cirurgias para correção de problemas na coluna vertebral, vindo a quase falecer, recebendo duas vezes o ritual de extrema-unção.
No início de 1960, Kennedy declarou-se candidato democrata às eleições presidenciais. Vencedor de todas as primárias, Kennedy foi designado pelo Partido Democrata como candidato à Presidência, o seu oponente republicano era o então vice-presidente, Richard Nixon. Kennedy venceu, muitos atribuem a vitória de Kennedy á forma como aparecia na televisão, o carisma e a jovialidade eram passados com convicção. Kennedy foi o primeiro presidente dos Estados Unidos nascido no século XX.
Kennedy tomou posse, sucedendo a Dwight Eisenhower, em 1961. Tão logo assumiu a presidência, teve que enfrentar uma crise causada pela invasão de Cuba por exilados cubanos com o auxílio da CIA. Assumiu a responsabilidade pelo fracasso, mas manteve a popularidade logo depois teve o seu primeiro encontro com o soviético, Nikita Krushchev, em Viena. Dois meses depois o Muro de Berlim foi construído. 1962 foi um ano turbulento. A crise dos Mísseis em Cuba quase levou o mundo a um conflito nuclear, e o conflito no Vietname agravava-se.
Internamente, o governo Kennedy leva a economia a uma recuperação. No sul do país, a tensão racial agrava-se e o Presidente é obrigado a enviar tropas para garantir os direitos civis da população negra. Foi um presidente que defendeu abertamente as causas das minorias e do papel de cada cidadão no seu país. Foi um dos principais líderes mundiais do século XX e os seus discursos gravados ainda hoje causam emoção, sabia utilizar a mídia e tinha o dom da oratória.
Kennedy foi o presidente dos Estados Unidos que lançou o desafio de chegar a Lua e que resultou no "Projeto Apollo". No famoso discurso em 1961 Kennedy lançou o desafio de "enviar homens á Lua e trazê-los de volta a salvo". No verão de 1963, Kennedy preparava-se para iniciar a sua campanha para uma eventual reeleição nas eleições de 1964. As perspectivas eram boas, visto que o candidato republicano deveria ser o senador Barry Goldwater, um conservador bastante extremista e impopular. Porém, no estado do Texas, que era de fundamental importância, a administração estava a perder a popularidade para os republicanos. Foi então programada uma visita do presidente às principais cidades do estado.

Tendo visitado San Antonio, Houston e Fort Worth, Kennedy vai a Dallas, desfila em carro aberto, e encontra uma multidão entusiasmada. Ao meio-dia e meia do dia 22 de novembro, passando pela "Dealey Plaza", Kennedy é atingido por dois tiros, um no pescoço (que também atinge o Governador do Texas John Connally) e outro fatal na cabeça. Jackie Kennedy que estava ao seu lado, sobe em desespero para a traseira do carro em movimento.
Kennedy morreu em menos de trinta minutos depois do atentado. Um ex-fuzileiro naval, Lee Harvey Oswald, de 24 anos, que trabalhava num depósito de onde foram vistos os disparos, foi detido e acusado pelo homicídio de Kennedy. No dia 24, quando Oswald seria transferido para outra prisão, acabou por ser também assassinado por Jack Ruby, ligado à Máfia americana.
Kennedy está sepultado no Cemitério Nacional de Arlington, ao lado da esposa Jacqueline Kennedy Onassis.

O FILÓSOFO SÓCRATES

Sócrates (469–399 a.C.) foi um filósofo ateniense. As fontes mais importantes de informações sobre Sócrates são Platão, Xenofonte e Aristóteles. Os diálogos de Platão retratam Sócrates como mestre que se recusa a ter discípulos, e um homem piedoso que foi executado por impiedade. Sócrates não valorizava os prazeres dos sentidos, todavia escalava o belo entre as maiores virtudes, junto ao bom e ao justo. O julgamento e a execução de Sócrates são eventos centrais da obra de Platão. Sócrates admitiu que poderia ter evitado a sua condenação se tivesse desistido da vida justa. Mesmo depois de sua condenação, ele poderia ter evitado sua morte se tivesse escapado com a ajuda de amigos. 

Detalhes sobre a vida de Sócrates derivam de três fontes contemporâneas: os diálogos de Platão, as peças de Aristófanes e os diálogos de Xenofonte. Não há evidência de que Sócrates tenha ele mesmo publicado alguma obra. Sócrates casou-se com Xântipe, que era bem mais jovem que ele, e teve três filhos: Lamprocles, Sophroniscus e Menexenus. Não se sabe ao certo qual o trabalho de Sócrates, se é que ele teve outro além da Filosofia. De acordo com algumas fontes, Sócrates aprendeu a profissão de oleiro com o seu pai. Platão afirma que Sócrates serviu o exército em várias batalhas. Na Apologia, Sócrates compara o seu período no serviço militar aos seus problemas no tribunal, e diz que qualquer pessoa no júri que imagine que ele se deveria retirar da filosofia deveria também imaginar que os soldados devessem bater em retirada quando era provável que pudessem morrer numa batalha.

Algumas curiosidades: Sócrates costumava caminhar descalço e não tinha o hábito de tomar banho. Em certas ocasiões, parava e ficava imóvel durante horas a meditar. Se algo pode ser dito sobre as ideias de Sócrates, é que ele foi moralmente, intelectualmente e filosoficamente diferente dos seus contemporâneos atenienses. Sócrates acreditava que a excelência moral é uma questão de inspiração e não de parentesco, pois pais moralmente perfeitos não tinham filhos semelhantes a eles. Isso talvez tenha sido a causa de não ter se importado muito com o futuro dos seus próprios filhos. Dizia Sócrates que a sua sabedoria era limitada à sua própria ignorância ("Só sei que nada sei".) Ele acreditava que os erros são consequência da ignorância humana. Nunca proclamou ser sábio. A intenção de Sócrates era levar as pessoas a conhecerem os seus desconhecimentos, no fim da sua vida, aceitou a sua sentença de morte quando todos acreditavam que fugiria de Atenas.

Sócrates provocou uma ruptura sem precendentes na história da Filosofia grega, os sofistas, grupo de filósofos (título negado por Platão) originários de várias cidades, viajavam pelas pólis, onde discursavam em público e ensinavam as suas artes, como a retórica, em troca de pagamento. Sócrates era diferente no pensamento e não recebia pagamento pelas suas aulas, a sua pobreza era prova disso. Fica o documentário " Socrates - Vida examinada".

SANTA TERESA

Teresa de Cepeda e Ahumada, "Santa Teresa de Jesus" nasceu em Gotarrendura na província de Ávila, Espanha a 28 de março de 1515 e morreu em Alba de Tormes a 4 de outubro de 1582. Foi uma carmelita espanhola do século XVI, marcou a época pelos seus talentos pessoais, mas sobretudo pela sua vida de oração. Teresa nasceu no seio de uma família da baixa nobreza. Os seus pais chamavam-se Alonso Sánchez de Cepeda e Beatriz Dávila e Ahumada. Alonso teve três filhos do primeiro casamento. Beatriz deu-lhe outros nove.
Aos sete anos, gostava de ler as histórias dos santos. O seu irmão Rodrigo tinha quase a sua idade, por isso, costumavam brincar juntos. As duas crianças viviam a pensar na eternidade, admiravam a coragem dos santos na conquista da glória eterna. Achavam que os mártires tinham alcançado a glória muito facilmente e decidiram partir para o país dos mouros com a esperança de morrer pela fé. Assim sendo, fugiram de casa, pedindo a Deus que lhes permitisse dar a vida por Cristo.

Em Adaja, encontraram um dos tios que os devolveu aos braços da aflita mãe. Quando esta os repreendeu, Rodrigo colocou a culpa na irmã. Com o fracasso dos seus planos, Teresa e Rodrigo decidiram viver como eremitas na própria casa e construíram uma cela no jardim, sem nunca conseguirem terminá-la. Desde então, Teresa amava a solidão.
A mãe de Teresa faleceu quando ela tinha quatorze anos e quando completou quinze anos, o pai levou-a para estudar no "Convento das Agostinianas de Ávila", para onde iam as jovens de sua classe social. Um ano e meio mais tarde, Teresa adoeceu e o pai levou-a para casa. A jovem começou a pensar seriamente na vida religiosa que a atraia por um lado e a repugnava por outro. O que a ajudou na decisão foi a leitura das "Cartas" de São Jerónimo, cujo fervoroso realismo encontrou eco na alma de Teresa. A jovem comunica ao pai que desejava tornar-se religiosa, mas este pediu-lhe para esperar que ele morresse para ingressar no convento. No entanto, numa madrugada, com 20 anos, a santa fugiu para o "Convento Carmelita de Encarnação", em Ávila, com a intenção de não voltar para casa.
Teresa ficou no "Convento da Encarnação". O seu pai, ao vê-la tão decidida, deixou de se opor à sua vocação. Um ano depois, fez a profissão dos votos. Pouco depois, piorou de uma enfermidade que começara a molestá-la antes de professar. O pai retirou-a do convento. A irmã Joana Suárez acompanhou Teresa para ajudá-la. Os médicos, apesar de todos os tratamentos, deram-se por vencidos e a enfermidade agravou-se. Teresa conseguiu suportar aquele sofrimento, graças a um livro que lhe fora dado de presente pelo seu tio Pedro: "O terceiro alfabeto espiritual", do Padre Francisco de Osuna.
Teresa seguiu as instruções da pequena obra e começou a praticar a oração mental. Finalmente, após três anos, recuperou a saúde e retornou ao Carmelo. A sua prudência, amabilidade e caridade conquistavam a todos. Segundo o costume dos conventos espanhóis da época, as religiosas podiam receber todos os visitantes que desejassem, a qualquer hora. Teresa passava grande parte do tempo a conversar no locutório.
Pouco depois da morte do seu pai, Teresa voltou à prática da oração. Convencida da sua indignidade, Teresa invocava com frequência os grandes santos penitentes, "Santo Agostinho" e "Santa Maria Madalena", ao qual estão associados dois factos que foram decisivos na vida da santa. O primeiro foi a leitura das "Confissões" de Santo Agostinho. O segundo foi um chamamento à penitência que ela experimentou diante de um quadro da Paixão do Senhor. Sentia-se muito atraída pelas imagens de Cristo ensanguentado na agonia. 
Em 1582, o convento estava em obras, Santa Teresa foi chamada a Alba de Tormes visitar a duquesa Maria Henríquez. A viagem não correu muito bem a Santa estava fraca, desmaiou no caminho e chegando a Alba, Teresa teve que se deitar. Três dias depois o Padre António de Heredia ministrou-lhe os últimos sacramentos. Morreu às 9 horas da noite de 4 de Outubro de 1582. Exactamente, no dia seguinte, efectuou-se a mudança para o calendário gregoriano, que suprimiu dez dias, de modo que a festa da Santa foi fixada, mais tarde, para o dia 15 de Outubro. Foi sepultada em Alba de Tormes. Foi canonizada em 1622. 
Pode assistir ao filme aqui no Blog.

PASTEUR

Louis Pasteur nasceu em Dole, França a 27 de dezembro de 1822 e morreu a 28 de setembro de 1895. As suas descobertas tiveram enorme importância na história da química e da medicina.

Um dos seus feitos mais notáveis foi criação da primeira vacina contra a raiva. Ficou ainda conhecido por inventar um método para impedir que o leite e o vinho cause doenças, um processo que veio a ser chamado pasteurização. O seu corpo está enterrado sob o Instituto Pasteur em Paris.
O pai de Louis Pasteur foi sargento da Armada Napoleônica, ele nunca foi um aluno especialmente aplicado ou brilhante na escola e nem mesmo na universidade. Quando era jovem, tinha um gosto especial pela pintura e fez diversos retratos da sua família. Aos dezenove anos abandonou a pintura para se dedicar à carreira científica, que perdurou por toda a sua vida. 
Pasteur casou-se com Marienne Laurente. A pedido de vários vinicultores e cervejeiros começou a investigar a razão pela qual azedavam os vinhos e a cerveja. Conseguiu identificar o problema e resolver, o processo originou a atual técnica de pasteurização dos alimentos. Processo mais tarde também usado na medicina para eliminar os micro-organismos vivos em feridas e incisões cirúrgicas, passou então a ferver-se o material cirurgico hospitalar a fim de evitar contaminações. 
Nas suas investigações Pasteur descobriu várias vacinas, em especial a anti-rábica. Fundou em 1888 o Instituto Pasteur, um dos mais famosos centros de pesquisa da atualidade.

Morreu em Villeneuve-L'Etang no dia 28 de Setembro de 1895. 

FREUD

Sigismund Schlomo Freud nasceu a 6 de maio de 1856 e morreu a 23 de setembro de 1939, mais conhecido como Sigmund Freud, foi um médico neurologista, fundador da psicanálise. Freud nasceu em Freiberg, na época pertencente ao Império Austríaco; atualmente a localidade é denominada Příbor, na República Tcheca.
Freud iniciou os seus estudos pela utilização da hipnose como método de tratamento para pacientes com histeria, ao observar a melhoria dos pacientes elaborou a hipótese de que a causa da doença era psicológica e não orgânica. Essa hipótese serviu de base para os seus outros conceitos, como o do inconsciente. Freud acreditava que o desejo sexual era a energia motivacional primária da vida humana, assim abandonou o uso de hipnose em pacientes com histeria, em favor da interpretação de sonhos, como fonte dos desejos do inconsciente.
Aos quatro anos de idade a familia de Freud transferiu-se para Viena por problemas financeiros. Morou em Viena até 1938, quando, com a chegada do nazismo (Freud era judeu), refugia-se em Inglaterra. Os primeiros anos de Freud são pouco conhecidos. Em 1886, em Hamburgo, Freud casou-se com Martha Bernays, tiveram seis filhos. No tempo do nazismo, Freud perdeu quatro irmãs, morreram nos campos de concentração de Auschwitz e de Theresienstadt.
Freud inicia os estudos na universidade aos 17 anos, a sua  graduação ocorreu em 1881. Depois de conhecer Martha, Freud decide sair do laboratório onde estudava e trabalhava, o seu desejo era de casar ela mas o baixo salário e as poucas perspectivas de carreira na pesquisa científica fazem-no começar a trabalhar no Hospital Geral, o principal hospital de Viena, passando por vários departamentos. No hospital, depois de algumas desilusões com o estudo dos efeitos terapêuticos da cocaína, Freud recebe uma licença e viaja para a França, onde trabalha com Charcot, um respeitável psiquiatra do hospital psiquiátrico Saltpêtrière que estudava a histeria.
De volta ao Hospital Geral e entusiasmado pelos estudos de Charcot, Freud passa a atender, na maior parte, jovens senhoras judias que sofriam de um conjunto de sintomas aparentemente neurológicos que compreendiam paralisia, cegueira parcial, alucinações, perda de controle motor e que não podiam ser diagnosticados com exames. O tratamento mais eficaz para tal doença incluía, na época, massagem, terapia de repouso e hipnose. Inicialmente, a classe médica em geral marginalizava as ideias de Freud; depois da morte do seu pai em 1896, Freud decide anotar e analisar os seus próprios sonhos, remetendo-os à sua própria infância e, no processo, determinando as raízes das suas próprias neuroses. Tais anotações tornam-se a fonte para a obra "A Interpretação dos Sonhos". Durante o curso desta auto-análise, Freud chega à conclusão de que os seus problemas eram devidos a uma atração pela sua mãe e uma hostilidade ao pai. É o famoso "complexo de Édipo", que se torna o coração da teoria de Freud sobre a origem da neurose em todos os seus pacientes.
Freud morre de cancro da mandíbula aos 83 anos de idade (passou por trinta e três cirurgias). Supõe-se que tenha morrido de uma overdose de morfina. Freud sentia muitas dores, e segundo a história contada, ele teria dito ao médico para que lhe aplicasse uma dose excessiva de morfina afim de terminar com o seu sofrimento, o que seria eutanásia. Encontra-se sepultado no Golders Green Crematório, em Londres, Inglaterra.

O seu divã, no Museu Freud em Londres

MAO TSÉ-TUNG

Mao Tsé-Tung nasceu em Shaoshan a 26 de dezembro de 1893 em Pequim e morreu no dia 9 de setembro de 1976 foi político e líder comunista revolucionário chinês. Ele liderou a República Popular da China desde a sua criação em 1949 até á sua morte em 1976. Mao continua ainda hoje a ser uma figura controversa.
Na China é visto como um revolucionário, estratega, mentor político, militar e salvador da nação. Inversamente, no Ocidente, Mao é acusado de causar danos á cultura, sociedade e economia da China e deixar o povo passar fome. Segundo alguns dados as políticas de Mao e os expurgos políticos de 1949-1975, provocaram a morte de 50 a 70 milhões de pessoas. Depois que Deng Xiaoping assumiu o poder em 1978, muitas políticas maoístas foram abandonadas em favor de reformas económicas.

Mao é visto como uma das figuras mais influentes na história do mundo moderno, e foi nomeado pela revista Time como uma das cem personalidades mais influentes do século XX.

Mao Tsé-Tung nasceu na aldeia de Shaoshan, província de Hunan, China, filho de camponeses, frequentou a escola até aos 13 anos de idade, quando foi trabalhar como lavrador. Por conflitos com o pai, saiu de casa para estudar em Changsha, capital da província. Conheceu as idéias políticas ocidentais e especialmente as do líder nacionalista Sun Yat Sen.
Em 1911 começou a revolução contra a dinastia Manchu que dominava o país, as lutas estenderam-se até Hunan e Mao Tsé-Tung alistou-se como soldado no exército revolucionário até o início da república chinesa, em 1912.
De 1913 a 1918 estudou na Escola Normal de Hunan, aprendeu filosofia; história e literatura chinesa, tornou-se líder estudantil e mudou-se para Pequim em 1919, onde iniciou os estudos universitários e mais tarde participa na fundação do Partido Comunista Chinês. Em 1937, os japoneses invadem a China o que demarca o início da II Guerra Mundial na Ásia. Após a invasão japonesa, e no término da guerra o exército revolucionário tinha em torno de um milhão de soldados; os comunistas controlavam politicamente noventa milhões de chineses estourou entretanto uma guerra civil entre comunistas e nacionalistas que durou até 1949. Mao proclama o inicio de uma nova era com a criação da República Popular da China e é proclamado presidente da república.
A primeira experiência sexual de Mao ocorreu ainda na adolescência, no vilarejo de Shaoshan, na província de Huan. Teve um romance juvenil com uma jovem de doze anos. Nos seus últimos anos, Mao gostava de relembrar essa iniciação e até tentou encontrar de novo a mulher com quem havia perdido a virgindade. Ela envelhecera os seus cabelos haviam branqueado.
Mao casou-se pela primeira vez em 1908 com 15 anos de idade, com uma mulher seis anos mais velha. Ela morreu em 1910, e Mao casa pela segunda vez em 1921 com Yang Kai-hui, que lhe deu dois filhos. Nenhum deles teve um final feliz: em 1930, Yang foi executada por partidários de Chaiand Kai-shek e os dois meninos escaparam para Xangai, onde tiveram que cuidar da sua própria sobrevivência nas ruas. O mais novo, Anqing, desenvolveu uma doença mental e o mais velho, Anying, foi morto num ataque aéreo norte-americano durante a Guerra da Coreia. Mao casou-se com Ho Tzu-chen logo após a morte de Yang, que lhe deu ao todo seis filhos. Apenas uma menina, Lin Min, sobreviveu. Mao divorciou-se de Ho em 1939, para casar-se com Chiang Ch'ing.
Em 1953, quando Mao completou 60 anos, ficou estéril. À medida que envelhecia, preferia mulheres cada vez mais jovens. Frequentemente dormia com três, quatro ou cinco jovens e incentivava as amantes a apresentá-lo a outras mulheres. Como resultado dessa intensa promiscuidade, em 1967 contraiu herpes genital. A intensa actividade sexual de Mao fez-lhe contrair também tricomoníase, doença assintomática no homem mas desconfortável para a mulher. Muitas das suas concubinas orgulhavam-se de ter a doença como prova da intimidade com o líder da revolução, contudo, com certeza, sofriam com a situação. Calculam-se em centenas as infectadas com a tricomoníase entre as cerca de 3 mil mulheres com as quais ele se relacionou.

Mao Tsé-Tung está sepultado num Mausoléu em Pequim, na China. 

MADRE TERESA DE CALCUTÁ

Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu em Skopje a 26 de Agosto de 1910 em Calcutá e morreu a 5 de Setembro de 1997, conhecida mundialmente como "Madre Teresa de Calcutá", foi uma missionária católica albanesa, nascida na República da Macedônia e naturalizada indiana, beatificada pela Igreja Católica em 2003. Considerada, por alguns, a missionária do século XX, fundou a congregação "Missionárias da Caridade", tornando-se conhecida ainda em vida pelo cognome de "Santa das sarjetas".
Madre Teresa ou Agnes Gonxha Bojaxhiu, era filha de pais albaneses, numa família de três filhos, sendo duas raparigas e um rapaz. O reconhecimento do mundo pelo seu trabalho concretizou-se com o Prêmio Templeton, em 1973, e com o Nobel da Paz em 1979. Morreu em 1997 com 87 anos, de ataque cardíaco, quando preparava um serviço religioso em memória da Princesa Diana de Gales, sua amiga e falecida 6 dias antes, num acidente de automóvel em Paris. Em 2003, o Papa João Paulo II beatificou Madre Teresa.

Um dos seus pensamentos era este
“Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso” 

 "Madre Teresa" é o tema do filme-documentário de 1969 e do livro "Algo bonito por Deus" de Malcolm Muggeridge
 Madre Teresa "Em Nome dos Pobres de Deus" é um filme de 1997 dirigido por Kevin Connor com Geraldine Chaplin.  
Pode também assistir ao filme completo aqui no blog. 

MARY SHELLEY

Mary Wollstonecraft Shelley nasceu em Londres a 30 de agosto de 1797 e morreu a 1 de fevereiro de 1851, mais conhecida por Mary Shelley a escritora britânica, era filha de um filósofo William Godwin e da pedagoga e escritora Mary Wollstonecraft. Casou-se com o poeta Percy Bysshe Shelley em 1816, depois do suicídio da sua primeira esposa.
Mary Shelley foi autora de contos, dramaturga, ensaísta, biógrafa e escritora de literatura de viagens, mais conhecida pela sua novela Frankenstein.


A mãe de Mary Godwin morreu quando ela tinha 10 dias de vida; ela e a sua meia-irmã, Fanny Imlay, foram criadas pelo seu pai. Quando Mary tinha quatro anos, Godwin casou-se com uma vizinha, Mary Jane Clairmont. Em 1814, Mary Godwin iniciou um relacionamento amoroso com Percy Bysshe Shelley, Mary fica grávida. Durante os primeiros anos, ela e Percy enfrentam o ostracismo, dívidas e a morte da filha prematura, casaram em 1816 após o suicídio da primeira mulher de Percy Shelley. Em 1816, o casal passa o verão com Lord Byron, na Suíça foi aqui que Mary concebeu a idéia de Frankenstein. 
Os Shelleys deixam a Grã-Bretanha em 1818 e vão para a Itália, onde o segundo e o terceiro filhos morrem antes do nascimento do seu último e único sobrevivente Percy Florence. Em 1822, o seu marido afogou-se quando o seu barco se afundou durante uma tempestade na Baía de La Spezia. Um ano depois, Mary Shelley retornou a Inglaterra, devotando-se, desde então à educação do filho e à carreira como autora profissional. 

No início do verão de 1817, Mary Shelley finalizou Frankenstein, que foi publicado anonimamente em janeiro de 1818. Os últimos anos de Mary Shelley foram afetados pela doença, ela sofria de dores de cabeça e ataques de paralisia em partes do seu corpo, que por vezes a impedia de ler e escrever. Em fevereiro de 1851, em Chester Square, ela morreu com cinquenta e três anos, com a suspeita de um tumor cerebral.

GARCIA LORCA

Frederico García Lorca nasceu em Fuente Vaqueros (Espanha) a 5 de junho de 1898 e morreu em Granada a 19 de agosto de 1936, foi um poeta e dramaturgo espanhol, e uma das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola devido ao seus alinhamentos políticos com a República Espanhola e por ser abertamente homossexual.
Casa de Lorca em Fuente Vaqueros
Nascido numa pequena localidade da Andaluzia, García Lorca entrou para a faculdade de Direito de Granada em 1914, e cinco anos depois transferiu-se para Madrid, onde ficou amigo de artistas como Luis Buñuel e Salvador Dali. Grande parte dos seus primeiros trabalhos baseiam-se em temas relativos à Andaluzia (Impressões e Paisagens, 1918), à música e ao folclore regionais (Poemas do Canto Fundo, 1921-1922) e aos ciganos (Romancero Gitano, 1928).
Concluído o curso, Lorca foi para os Estados Unidos da América e para Cuba. Voltando a Espanha, criou um grupo de teatro chamado "La Barraca". Lorca não ocultava as suas idéias socialistas e tendências homossexuais. Devido ás suas convicções foi fortemente perseguido, retornou para Granada, na Andaluzia, na esperança de encontrar refúgio mas ali teve a sua prisão determinada por um deputado católico, sob o argumento (que se tornou célebre) de que ele seria "mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver".
Assim, num dia de agosto de 1936, sem julgamento, o grande poeta foi executado com um tiro na nuca pelos nacionalistas, e o seu corpo foi atirado para um qualquer lugar da Serra Nevada. Segundo algumas versões, ele teria sido fuzilado de costas, em alusão a sua homossexualidade. A caneta calava-se, mas a Poesia nascia para a eternidade. O crime teve repercussão em todo o mundo. 
Estátua homenagenado Federico García Lorca 
na Plaza de Santa Ana, em Madrid
Com o fim do regime ditatorial de Franco, e a volta do país à democracia, finalmente a sua terra natal veio a render-lhe homenagem, sendo hoje considerado o maior autor espanhol desde Miguel de Cervantes. Lorca tornou-se o mais notável numa constelação de poetas surgidos durante a guerra, conhecida como "geração de 27", alinhando-se entre os maiores poetas do século XX. Foi ainda um excelente pintor, compositor e pianista.  

FIDEL CASTRO

Fidel Alejandro Castro Ruz nasceu em Birán, Cuba a 13 de agosto de 1926, é um revolucionário comunista, primeiro presidente do Conselho de Estado da República de Cuba (1976-2008). 
Castro nunca foi eleito através de eleições diretas, não permitiu a criação de partidos de oposição, nem liberdade de imprensa durante o período em que esteve como líder do regime ditatorial cubano. Líder e secretário-geral do partido desde a sua fundação em 1965, Fidel entregou o cargo de presidente em 2006 e foi substituído como secretário-geral do Partido Comunista Cubano pelo seu irmão, Raúl Castro, retirando-se oficialmente da vida política do país. 
Fidel Castro nasceu da união entre Ángel Castro Argiz, imigrante da Galiza, e Lina Ruiz González, foi educado em colégios jesuítas, em 1945 entrou na Universidade de Havana, onde se formou em Direito. Depois dedicou-se à defesa dos opositores ao governo, trabalhadores e sindicatos, denunciou as corrupções e atos ilegais do governo. Entretanto junta-se a um grupo de jovens que sob o seu comando atacaria o Quartel Moncada em Santiago de Cuba e de Céspedes, (Bayamo) em 1953 e fundaria depois um Movimento Revolucionário (M-26-7).
No julgamento que se seguiu pelas suas ações, assumiu a sua própria defesa e defendeu o direito dos povos de lutarem contra a tirania. Condenado a quinze anos de prisão, começou a cumprir a pena na prisão de Boniato (Santiago de Cuba) e depois foi transferido para o Presidio Modelo (Isla de Pinos), onde reelaborou sua auto-defesa a que deu o nome de "A História me Absolverá", foi amnistiado em 1955 graças a um amplo movimento popular, parte então para o exílio no México e mais tarde viajou para os Estados Unidos em busca de apoio dos emigrados cubanos nesse país. Pronunciou discursos em Nova York e Miami e em 1956, partiu do porto mexicano de Tuxpan, a bordo do Iate "Granma", com varias dezenas de combatentes e desembarcaram na praia "Las Coloradas" e abrigaram-se em "Sierra Maestra" onde permaneceu por mais de dois anos à frente do Exército Rebelde Cubano, do qual era comandante.
Comandou diversos combates que culminaram em vitórias, orientou a criação de novas frentes guerrilheiras. Depois do desmonte do regime ditatorial em 1959, convocou generais para consolidar a vitória da Revolução e marchou até Havana, onde o governo revolucionário instaurado o designou primeiramente Comandante de todas as forças armadas, terrestres, aéreas e marítimas e depois Primeiro Ministro. A URSS deu apoio econômico e militar ao novo governo de Castro e a partir de então, Cuba passou a sofrer um embargo econômico por parte dos Estados Unidos. 
Com a sua primeira esposa, Mirta Díaz Balart, Fidel Castro tem um filho chamado Fidel Castro Díaz-Balart. Mirta e Fidel divorciaram-se em 1955. Fidel tem outros cinco filhos com a sua segunda esposa, Dalia Soto del Valle: Alexis, Alexander, Alejandro, Antonio e Ángel. Durante o seu casamento com Mirta, Fidel teve uma amante, Naty Revuelta, que lhe deu uma filha, Alina Fernández-Revuelta, que deixou Cuba em 1993 fazendo-se passar por uma turista espanhola e pediu asilo nos Estados Unidos, onde tem sido uma ferrenha crítica das ações políticas de seu pai.  Uma irmã de Fidel, Juanita Castro, vive nos Estados Unidos desde o início da década de 1960, tendo sido retratada num documentário de Andy Warhol em 1965.

Em 2006, Fidel Castro ia a bordo de um avião que fazia a viagem entre as cidades cubanas de Holguín e Havana quando teve uma hemorragia relacionada com a doença nos intestinos que o afastou da vida pública. Não havia nenhum médico a bordo do avião, por isso o aparelho aterrou de emergência para que Fidel Castro fosse hospitalizado. A doença do líder histórico cubano foi então considerada segredo de Estado. Fidel Castro delegou em caráter provisório as funções de comandante supremo das Forças Armadas, secretário-geral do Partido Comunista de Cuba e de presidente do Conselho de Estado (cargo máximo da República Cubana) ao seu irmão Raúl Castro, Ministro da Defesa. O poder passou em definitivo para as mãos do seu irmão Raúl Castro após Fidel Castro decidir retirar-se do poder em 2008.  

RAMSÉS

Ramsés foi um dos maiores faraós que o Egipto já teve. Governou por quase 67 anos, talvez nenhum faraó tenha governado tanto. Foi um grande construtor e um grande lutador. Ficou famoso por causa da grande batalha de Kadesh. 

O soberano egípcio queria tomar posse de terra que pertencia aos Hititas, chamada Kadesh, pela qual passavam as rotas mercantis para o Oriente. Para isso, liderou um exército enorme visando conquistá-la. 
Ramsés, ao completar 10 anos de idade, foi nomeado comandante-chefe dos exércitos do seu pai, Set I, e aos 14 anos o jovem príncipe recebeu permissão para participar ao lado do faraó Set de combates na Líbia. Os dois conseguiram tomar a cidade hitita de Kadesh por um breve período, mas os inimigos recuperaram-na logo que retornaram ao Egito. Antes da morte do seu pai, Ramsés, o novo faraó, jurou retomar Kadesh.

No quinto ano do seu reinado, Ramsés decidiu reconquistar a estratégica cidade hitita à frente de um exército de 20 mil homens, dividido em quatro partes, cada um com um nome de um deus, Amon, , Ptah e Seth. Durante a batalha, o soberano adiantou-se na frente do seu exército e levou a divisão de Amon. Ramsés II e os seus homens foram surpreendidos pelo exército Hitita comandado pelo rei Mouwattali com 40 mil guerreiros . Graças à pronta chegada dos reforços que acompanhavam as forças principais por outra rota, o faraó conseguiu salvar-se, reorganizando as divisões e fazendo os hititas recuarem.  

A batalha de Kadesh não teve vencido ou vencedor, e o norte da Síria continuou sob domínio hitita, com os quais o faraó se envolveu em novo choques posteriormente. O tratado definitivo entre egípcios e hititas só foi concluído no 21° ano do reinado de Ramsés, já no reinado do rei hitita Hattusil III, irmão de Mouwattali que se apoderou do trono expulsando o filho do antigo soberano. Pelo tratado, Ramsés teve que desposar a filha mais velha do astuto usurpador para selar a nova amizade.


Nessa época, o faraó já tinha como esposas a bela Nefertari e a sua segunda esposa Istnofret, fora as mulheres do harém. Após a batalha foi elaborado um relato dramático sobre a batalha de Kadesh este relato foi amplamente divulgado em templos (aparece 3 vezes no templo de Luxor), e em várias cópias de papiro (uma das versões foi compilada por um escriba que deu nome á composição: “poema de Pentaur”. Para perpetuar essa "propaganda" maciça, Ramsés ordenou que fossem também feitas descrições da batalha nos templos em Abu Simbel ( A Montanha Pura).

Ramsés mandou construir dois templos em Abu Simbel , o Grande Templo, em homenagem a Ramsés, e o Pequeno Templo para a esposa Nefertari. Desenhistas ficaram pendurados por andaimes para desenhar na rocha. Depois vieram os escavadores e esculpiram quatro estátuas colossais de Ramsés II. O santuário interno, escavado em rocha sólida, prolonga-se por 55 metros de profundidade, era o lugar mais sagrado do Grande Templo.

Nele, quatro estátuas, a do faraó e três deuses. Duas vezes por ano, graças aos cálculos dos arquitetos, nos solstícios de verão, época da colheita, à medida que o Sol se levanta, os seus raios brilham pelas paredes decoradas com as façanhas sangrentas da batalha de Kadesh e iluminam as estátuas divinas. A construção levou 20 anos. 

O faraó construiu também outros templos afastados de qualquer cidade egípcia, mas que cruzavam o caminho dos estrangeiros. A sua intenção era mostrar a grandiosidade do Egito. Os templos ficam perto da margem do Nilo, ou seja quem subir o Nilo irá ver as estátuas do rei do Egito no seu trono. Cada templo possuía o seu sacerdote designado pelo faraó que representava o rei nas cerimônias religiosas. Para alcançar essa posição, tornava-se necessário uma longa educação nas artes e nas ciências, tal como o faraó possuía. Leitura, escrita, engenharia, aritmética, geometria, astronomia, medição de espaços, cálculo do tempo pela ascensão e ocaso das estrelas, faziam parte de tal aprendizado. Os sacerdotes de Heliópolis, por exemplo, tornaram-se guardiãs dos conhecimentos sagrados e ganharam reputação de sábios.

Com o templo de Abu Simbel concluído, o faraó, levou a sua amada esposa para admirá-los. Ele e Nefertari (sua esposa principal) eram mais que marido e mulher, ela era a sua companheira inseparável que o ajudava a governar. Mas para desespero do soberano ela morreu pouco depois. Para a sua Nefertari construiu um dos mais lindos túmulos do Egito no Vale das Rainhas. Com a esposa morta e com o passar dos pesados anos Ramsés mudou complemente a sua maneira de governar. Deixou de acompanhar o exército em batalhas e passou o comando aos príncipes Ramsés e Khaemwaset, mas ambos morreram antes do pai tal como pelo menos dez outros filhos. Nessa ocasião, Merneptah, o filho mais novo de Istnofret, herdou o trono.  

Ramsés morreu com aproximadamente 90 anos e gerou pelo menos 90 filhos. 
A poligamia era prática habitual entre os soberanos do Egipto. Ramsés II teve um grande número de esposas e concubinas, que lhe deram mais de cem filhos, assegurando a continuidade da sua dinastia. Entre elas figuravam várias princesas estrangeiras, com as quais o faraó se casou para consolidar acordos de paz. Mas o título de Grande Esposa Real esteve reservado a poucas, em especial a Nefertari, a sua favorita. Sabe-se que Ramsés II teve pelo menos oito esposas principais. Junto a estas esposas oficiais, o faraó estava rodeado por um grande número de servidoras, escravas e concubinas, que tinham a missão de entreter o soberano com os seus cantos e danças. Todas elas formavam o que comumente conhecemos como o harém do faraó. Durante o reinado de Ramsés II o harém real era conhecido por "Per Jenret", no entanto, nem todas as mulheres que residiam no harém tinham contacto com o soberano e provavelmente muitas passaram ali dias sem nunca vê-lo. 
Assim marca a história de Ramsés uma grande enorme batalha. Uma pequena disputa de fronteira termina numa batalha entre os egípcios e os hititas, ambos superpotências do mundo antigo. O faraó egípcio, Ramsés, acredita que pode vencer se chegar primeiro a Kadesh, mas cai numa armadilha, pois o exército hitita aguardava-o e ataca quando as tropas egípcias já estão cansadas e debilitadas. Ramsés e o que restou do seu exército parecem estar encurralados e sem saída, cercados pelo inimigo. Mas a habilidade guerreira dos egípcios é tão grande que conseguem escapar. Curiosidade: Diante do novo perigo constituído pela Assíria, é assinado o primeiro tratado de paz da história, concretizando a reconciliação do império Egípcio e Hitita. 

EDITH STEIN

Edith Theresa Hedwing Stein nasceu em Breslau na Alemanha a 12 de Outubro de 1891 e morreu em Auschwitz a 9 de Agosto de 1942. De origem judia, converteu-se posteriormente ao catolicismo, tornando-se carmelita descalça. Faleceu aos 51 anos, no campo de concentração de Auschwitz. A 11 de outubro de 1998, foi canonizada pelo papa João Paulo II, como Santa Teresa Benedita da Cruz.
Edith era a ultima de onze irmãos de uma família judia, os seus pais foram Siegfried e Augusta Courant Stein. Até á adolescência, não obstante os pedidos da sua mãe em professar a fé judaica, declarava-se ateia, contudo acompanhava a mãe à sinagoga mais por delicadeza do que por convicção religiosa.
Pelos seus 30 anos, passando as suas férias grandes em casa de uns amigos na Baviera, no Outono de 1921, veio-lhe parar às mãos a autobiografia de Santa Teresa de Ávila, intitulada «Livro da Vida». Ficou tão encantada que acabou por ler o livro completo, durante toda a noite. Depois disse: “Aqui está a verdade!”. Comprou um catecismo católico e um missal e entrou, pela primeira vez, num templo católico, participando na Missa. Após algum tempo de preparação, recebeu o Baptismo, aos 31 anos em 1922. A família, profundamente desgostada, cortou, durante algum tempo, relações com ela.
Aos 42 anos, em 1933, Edith diz á mãe que iria entrar na vida religiosa da "Ordem Carmelita Descalça", ingressando no Carmelo e recebendo o nome de "Teresa Benedita da Cruz". Por licença especial das suas superioras, escrevia todas as semanas à mãe, sem obter qualquer resposta, até que, por fim, recebeu um bilhete. Para escapar às perseguições Nazis fugiu em 1940 da Alemanha para os Países Baixos. Mas quando esta nação foi ocupada pelos nazis, Edith foi presa com a sua irmã. Saiu do convento como o hábito de carmelita que continuou a usar no campo de concentração, oferecendo a sua vida, como ela disse, pela conversão ao Catolicismo do povo hebreu. O seu número de prisioneira era o 44070.
Pelo seu heroísmo cristão, no dia 1 de Maio de 1987, foi beatificada por João Paulo II em Colónia e, a 11 de Outubro de 1998, foi canonizada pelo mesmo Papa, sob o nome de "Santa Teresa Benedita da Cruz". Em 1999, o Papa João Paulo II, numa carta apostólica proclamou "Santa Teresa Benedita da Cruz", juntamente com "Santa Brígida da Suécia" e "Santa Catarina de Sena", co-padroeira da Europa pelo particular contributo cristão que outorgou não só à Igreja Católica, mas especialmente à mesma sociedade europeia através do seu pensamento filosófico. A sua celebração litúrgica, na forma de festa, na Igreja Católica, é no dia 9 de Agosto.
Pode ver o Filme aqui no Blog

NELSON MANDELA

Nelson Rolihlahla Mandela nasceu em Mvezo a 18 de julho de 1918, advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento antiapartheid, como ativista e transformador da história africana. Considerado pela maioria das pessoas um guerreiro da luta pela liberdade, era considerado pelo governo sul-africano um terrorista. A sua vida retratada nos filmes “Invictus” (2009) e "Goodbye Bafana" (2007), Mandela recebeu o "Prémio Nobel da Paz" em 1993. 
 "INVICTUS"
Invictus conta como, em 1995, a África do Sul, à beira de uma guerra civil, se uniu em torno da sua equipa de rugbi. Isabela Boscov comenta a destreza e simplicidade de Clint Eastwood, que aos quase 80 anos dirigiu o filme. Com Morgan Freeman, como Nelson Mandela, e Matt Damon, como François Piennar, o capitão dos Springboks. Um filme que pode ver aqui no blog.
"Goodbye Bafana" - Trailer
África do Sul - (1968), Vinte e cinco milhões de negros são governados por uma minoria de quatro milhões de brancos sob o regime brutal do Apartheid do Governo do Partido Nacionalista. Os negros tem direito de voto, sem direito a terra, sem direito à liberdade de movimentos, sem direito à habitação ou educação. Determinados a manter o poder, os brancos baniram todas as organizações de oposição negras, forçando os seus líderes ao exílio ou aprisioná-los para a vida em Robben Island.
Nelson Mandela passou a infância na região de Thembu, antes de seguir carreira em Direito. Em 1990 foi-lhe atribuído o "Prêmio Lênin da Paz", que foi recebido em 2002. Na África do Sul também é conhecido como 'Madiba', um título honorário adotado por membros do clã de Mandela.

Mandela envolveu-se na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano (conhecido em Portugal pela sigla inglesa, ANC) em 1947, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo (entre outros) uma organização mais dinâmica, a Liga Jovem do NCA/ANC

Depois da eleição de 1948 dar a vitória ao Partido Nacional africânder- que seria o promotor da política de segregação racial -, Mandela aderiu ao Congresso do Povo (1975) (percursor do ANC) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa antiapartheid. Comprometido de início apenas com actos não violentos, na esteira de Gandhi, Mandela e os seus colegas decidiram recorrer à luta armada após o massacre de Sharpeville (21 de Março de 1960), quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, desarmados, matando 69 pessoas e ferindo 180 - e a subsequente ilegalidade do ANC e outros grupos antiapartheid que aderiram a esse levantamento bélico.

Em 1961 tornou-se comandante do braço armado do ANC, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação"), fundado por ele e outros. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo, fazendo também planos para uma possível guerrilha, viajou tentando arranjar fundos para o movimento e criou condições para o treino e atuação paramilitar do grupo. Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso e sentenciado a 5 anos de prisão. Em 1967 foi sentenciado novamente, desta vez a prisão perpétua por planear ações armadas, sabotagem e conspiração para ajudar outros países a invadir a África do Sul. No decorrer dos vinte e seis anos seguintes, Mandela tornou-se de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se fez sentir em todo o mundo e tornou-se bandeira de todas as campanhas e grupos antiapartheid ao redor do mundo.

Enquanto estava na prisão, Mandela enviou uma declaração para o NCA (que viria a público em 1980) em que dizia: "Unam-se! Mobilizem-se! Lutem! Entre a bigorna que é a ação da massa unida e o martelo que é a luta armada devemos esmagar o apartheid!" Recusando trocar a liberdade condicional pela recusa em cessar o incentivo á luta armada (1985), Mandela continuou na prisão até 1990, quando a campanha do ANC e a pressão internacional conseguiram que fosse libertado a 11 de fevereiro, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk. O ANC também foi tirado da ilegalidade.

Nelson Mandela recebeu em 1989 o "Prêmio Internacional Al-Gaddafi de Direitos Humanos", e em 1993, com de Klerk, recebeu o "Nobel da Paz", pelos esforços desenvolvidos no sentido de acabar com a segregação racial. Em 1994, tornou-se ele próprio o presidente da África do Sul, naquelas que foram as primeiras eleições multirraciais do país. Cercou-se, para governar, de personalidades do ANC, mas também de representantes de linhas políticas.
Estátua de Nelson Mandela em Londres 
Como presidente do CNA (de 1995 a 1999) e primeiro presidente negro da África do Sul (de 1991 a 2000), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional. Mandela no entanto também foi criticado pela sua amizade próxima com líderes como Fidel Castro (Cuba) e Muammar al-Gaddafi (Líbia), a quem chamou de "irmãos das armas". A sua decisão em invadir o Lesoto, para evitar um golpe de estado naquele país, também é motivo de controvérsia.
Mandela casou-se três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois casou-se com Winnie Madikizela, com quem ficou 38 anos, divorciando-se em 1997. No seu 80º aniversário, Mandela casou com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano e aliado do CNA.
Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a "Ordem de St. John", da rainha Isabel II, e a "Medalha presidencial da Liberdade" de George W. Bush. Ele é uma das duas únicas pessoas de origem não-indiana a receber o "Bharat Ratna" - distinção mais alta da Índia - em 1970. (A outra pessoa não-indiana é a Madre Teresa de Calcutá.) Em 2001 tornou-se cidadão honorário do Canadá e também um dos poucos líderes estrangeiros a receber a "Ordem do Canadá". Em 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública, a sua saúde estava instável e queria aproveitar o tempo que lhe restava com a família. Em 2006, foi premiado pela "Amnistia Internacional" com o prêmio "Embaixador de Consciência 2006" em reconhecimento à liderança na luta pela proteção e promoção dos direitos humanos. Em 2008 foi realizado um grande show em Londres em homenagem aos seus 90 anos, onde participaram vários cantores mundialmente conhecidos.

Na madrugada de 11 de Junho de 2010, um dia antes da abertura do Mundial da África do Sul e no dia do Concerto, a sua bisneta, Zenani Mandela de 13 anos morre num acidente de carro, que capotou. O autor deste acidente estava embriagado. Devido a este terrível acontecimento, Nelson não esteve presente no jogo de abertura do Mundial 2010.

TESLA

Nikola Tesla nasceu a 9 de julho de 1856, na Croácia e faleceu a 7 de Janeiro de 1943. Desde o início da sua infância, ficou claro que Tesla tinha uma mente extraordinária. Tesla possuía um irmão mais velho, Dane, quanto Nikola tinha cinco anos, sentia inveja do cavalo branco do seu irmão, sendo proibido pelo seu pai de o montar, devido à sua idade. Certo dia, Nikola usou uma zarabatana para atirar uma semente ao cavalo enquanto o seu irmão montava. Dane foi atirado para trás e morreu. O sentimento de culpa perseguiu Tesla por toda a sua vida. Ele foi um dos mais fascinantes cientistas do século 20. Inventou, desenvolveu ou imaginou a tecnologia que nos trouxe a eletricidade, o controle remoto, o neon e a iluminação fluorescente, a transmissão do radio e muito mais... todas as invenções básicas que agora conectam o mundo com energia e informação. Vale a pena assistir a este video, o primeiro a contar a história completa da vida e do trabalho de Tesla.
Como muitos gênios, Tesla não era um homem convencional. Ele deu a vida para realizar as suas visões, enquanto outros ganharam milhões com as suas invenções. Tragicamente, ele morreu pobre e quase esquecido.

JOHN WAYNE

John Wayne, nome artístico de Marion Robert Morrison, nasceu em Winterset a 26 de maio de 1907 e faleceu em Los Angeles a 11 de junho de 1979.

Filho de um farmacêutico, John detestava o seu nome e ao entrar para o cinema mudou para John Wayne, que tinha mais a ver com um rapaz de 1,92 m de altura e campeão de futebol, pela University of Southern California. Surgiu com destaque no cinema em 1930 em "A grande jornada", um filme de faroeste. Em 1939 entra num filme que o consagraria no papel de Ringo Kid no clássico de John Ford chamado "Stagecoach" ou "No tempo das Diligências". 
A parceria entre Wayne e Ford continuou e realizaram juntos ainda uma série de grandes sucessos e filmes inesquecíveis (foram 22 no total).
"Depois do Vendaval" (1952), "Rastros de Ódio" (1956), "O Homem Que Matou o Liberty Valance" (1962), "Sangue de Herói", "Legião Invencível", "O céu mandou alguém", "Asas de Águia", "Marcha de Heróis", entre outros.

Outro diretor com quem trabalhou foi Howard Hawks, um dos maiores realizadores do período clássico com o qual fez vários dos maiores sucessos. Como bons exemplos temos: "Rio Vermelho" (1948), "El Dorado" (1967) e "Onde Começa o Inferno" (1959). Mas outros grandes diretores da época dirigiram Wayne. É o caso de Henry Hathaway, com o qual fez, entre outros, o filme "Bravura Indômita" (1969); Otto Preminger, que o dirigiu no ótimo drama de guerra "A Primeira Vitória" (1965); Don Siegel, com o qual fez o seu último trabalho, "O Último Pistoleiro" (1976); Michael Curtiz, em "Os Comancheiros" (1961); e John Huston, com o qual trabalhou em "O Bárbaro e a Gueixa" (1958). Além dos diretores já mencionados podemos citar: William Wellman, Mark Rydell e John Farrow. 

John Wayne casou três vezes. A primeira em 1932 com Josephine Saenz que lhe deu quatro filhos. Em 1946 o segundo casamento foi com a atriz mexicana Esperanza Baur, de quem se divorciou sete anos depois para se casar com Pilar Palette com quem teve mais dois filhos.

John dirigiu os filme "The Alamo" e "Os boina verdes"

John Wayne era um fumador inveterado desde a juventude, foi-lhe diagnosticado em 1964 cancro de pulmão, passando por uma cirurgia para remoção de todo o pulmão esquerdo e quatro costelas. Apesar dos esforços dos seus agentes em evitar que ele tornasse a doença pública, o ator anunciou à imprensa que tinha cancro e fez um apelo para que a população fizesse mais exames preventivos. Cinco anos depois determinou-se que ele estava livre da doença, e apesar da diminuição da capacidade pulmonar, pouco depois Wayne voltou a mascar tabaco e a fumar.
No final da década de 1970, Wayne envolveu-se como voluntário nos estudos de uma vacina para a cura do cancro, vindo a morrer a 11 de junho de 1979 devido a cancro de estômago.
 Filmografia parcial
1928"Hangman's House"(Justiça de Amor)
 1930"The Big Trail"(A Grande Jornada)
1932"Texas Cyclone"(Texas Cyclone)
1933"Baby Face"(Serpentes de Luxo) 
  "The Three Musketeers"(Os Três Mosqueteiros)
1935"Guns Along the Trail"(Paraíso dos Falsários)
1939"Stagecoach"(No Tempo das Diligências)

1944"The Fighting Seabees"(Romance dos Sete Mares)
1945"Back to Bataan"(Espírito Indomável)
"Dakota"
 
1948"Fort Apache"(Sangue de herói)
"Red river"(Rio Vermelho)

1950"Rio Grande"(Rio Bravo)

1960"The Alamo"(O Álamo)
1967"El Dorado"
1968"The green berets"(Os boinas verdes)
E muitos outros
JOHN WAYNE A MINHA HOMENAGEM 1907-1979

CHARLES DICKENS

Charles John Huffam Dickens, nasceu a 7 de Fevereiro de 1812 e faleceu a 9 de Junho de 1870, Charles adoptou o pseudónimo Boz no início da sua actividade literária, foi o mais popular dos romancistas ingleses da era vitoriana. A fama dos seus romances e contos, tanto durante a sua vida como depois, mantêm-se até aos dias de hoje. Entre os seus maiores clássicos podemos destacar:  "Copperfield" e  "Oliver Twist".
Dickens nasceu na cidade de Moure ( condado de Hampshire, Inglaterra), filho de John Dickens e de Elizabeth Barrow. A sua família era remediada em termos económicos, o que lhe permitiu frequentar uma escola particular durante três anos. A situação piorou, contudo, quando o seu pai foi preso por dívidas, depois de gastar os recursos da família. Com dez anos de idade, a família mudou-se para o bairro popular de Camden Town em Londres, onde ocupavam quartos baratos e, para fazer face aos gastos, empenharam os talheres de prata e venderam a biblioteca familiar. Com doze anos, Dickens já tinha a idade para trabalhar e assim fez, na empresa Warren’s onde se produzia graxa para os sapatos, o seu trabalho consistia em colar rótulos nos frascos de graxa. Com o dinheiro, sustentava a família.

Alguns anos depois, a situação financeira da família melhorou graças a uma herança recebida pelo seu pai. A sua família deixou a prisão, mas a mãe não o retirou da fábrica, Dickens jamais perdoaria a mãe por essa injustiça. Mais tarde Dickens começou a trabalhar num escritório, emprego que lhe poderia valer, mais tarde, a posição de advogado. Não gostou, no entanto, do trabalho nos tribunais e, depois de aprender taquigrafia, foi, por um breve período, estenógrafo do tribunal. Por esta altura, apaixona-se pela filha de um banqueiro, Maria Beadnell. Os pais dela desaprovaram, Charles levou algum tempo a superar o desgosto. Tornou-se, depois, jornalista, começando como cronista judicial e, depois, fazendo relatos dos debates parlamentares e cobrindo as campanhas eleitorais. Ao longo da sua carreira, Dickens continuou, durante muito tempo, a escrever para jornais.
 
Com pouco mais de vinte anos, o seu The Pickwick Papers (Os Documentos Póstumos do Clube Pickwick) estabeleceu o seu nome como escritor. A ideia inicial desta obra era que Dickens escrevesse comentários a ilustrações desportivas. Em 1836 casou com Catherine Hogarth, de quem teve dez filhos. Em 1838 publica "Oliver Twist" o romance foim divulgado em folhetins semanais e em 1842 viaja com a esposa para os Estados Unidos da América. Em 1843, publica o seu mais famoso livro de Natal, "A Christmas Carol" ("Canção de Natal"), ao qual se seguiriam outros, com a mesma temática, como "The Chimes" (1844), que escreveu em Génova, em 1845, "The Cricket on the Hearth" ("O Grilo da lareira") torna-se também um dos seus maiores sucessos natalícios. Já em 1848 publicava "Dombey and Son", e em 1849 publicou aquele que viria a ser o mais popular dos seus romances, David Copperfield, onde se inspirava, em grande parte, na sua própria vida. 
Os livros de Dickens tornaram-se extremamente populares na época e eram lidos com grande expectativa por um público muito fiel à sua escrita. O seu sucesso permitiu-lhe comprar Gad’s Hill Place, perto de Chatham, em 1856. Esta casa fazia parte do imaginário de Dickens, desde que por ela tinha passado, em criança – sonhando que um dia poderia lá viver. 

Dickens separou-se da sua mulher em 1858, continuou, contudo, a pagar-lhe casa e sustento durante os restantes anos em que ela viveu. Em 1865, numa visita a França, Dickens viu-se envolvido no acidente ferroviário de Staplehurst, em que as seis primeiras carruagens do comboio caíram de uma ponte em reparação. A única carruagem de primeira classe que se manteve na linha foi, por coincidência, aquela onde seguia Dickens. O escritor mostrou-se ativo a cuidar dos feridos e moribundos antes de chegarem os esforços de salvamento. Quando se preparava para abandonar o lugar trágico lembrou-se, ainda a tempo, de que tinha deixado dentro do comboio o manuscrito inacabado do seu romance Our Mutual Friend (O nosso amigo comum) e voltou à carruagem para o ir buscar. Dickens e Ellen Ternan envolveram-se amorosamente, Ellen era actriz, a opinião pública rapidamente a apontaria como a causa da separação de Catherine. Ellen foi, para todos os efeitos, a mulher que acompanhou Dickens até ao final dos seus dias, apesar de a união nunca ter sido reconhecida oficialmente.

A partir de 1858, os seus últimos anos de vida serão ocupados principalmente com leituras públicas. Esse género de espectáculos, que consistia apenas em ouvir Dickens a ler as suas suas obras mais conhecidas, tornaram-se incrivelmente populares. Note-se que na altura era comum ler em voz alta em família ou em grupos – a leitura expressiva era muito valorizada. E Dickens, com a sua interpretação apaixonada e a forma como se entregava à narração, não só arrebatava gargalhadas mas também lágrimas das audiências. Charles Dickens morreu de morte cerebral em junho de 1870. Foi sepultado no Poets' Corner ("Esquina dos Poetas"), na Abadia de Westminster. Na sua sepultura está gravado: "Apoiante dos pobres, dos que sofrem e dos oprimidos; e com a sua morte, um dos maiores escritores de Inglaterra desaparecia para o mundo."

Na década de 1980, a histórica Eastgate House (casa Eastgate), em Rochester, em Kent, foi convertida num museu dedicado a Charles Dickens. A casa onde nasceu, em Portsmouth é, também, um museu. Dickens teve dez filhos de Catherine Thompson Hogarth, os nomes remetem quase sempre para referências literárias: Charles Culliford Boz, Mary Angela, Kate Macready,Walter Landor, Francis Jeffrey, Alfred D'Orsay Tennyson, Sydney Smith Haldimand,Henry Carl Potchovesk Dickens Molovei,Dora Annie e Edward Bulwer Lytton

A sua popularidade pouco decresceu desde a sua morte. Continua a ser um dos autores ingleses mais lidos e apreciados. Pelo menos cerca de 180 filmes e adaptações para televisão das suas obras documentam ainda o seu sucesso entre o público actual. Já durante a sua vida se tinham adaptado algumas das suas obras para o palco. Em 1913 já os produtores cinematográficos se lançavam na produção de um filme mudo denominado The Pickwick Papers. As suas personagens eram de tal forma sugestivas que pareciam ganhar vida própria. As adaptações são inúmeras, para quase todos os gêneros de comunicação: cinema, banda desenhada, televisão, teatro, outras adaptações literárias, etc. Dickens terá tido, talvez, a esperança de ver nos seus 10 filhos o início de uma dinastia literária, pelo facto de todos terem nomes que remetem para a história da literatura inglesa, mas apenas a sua bisneta, Monica Dickens, seguiria as suas pegadas, e dedicar-se-ia à escrita de romances.
No cinema português podemos contar com a adaptação do seu "Hard Times" por João Botelho (no filme "Tempos Difíceis").
Romances principais: Oliver Twist, Nicholas Nickleby, Loja de Antiguidades, Um conto de Natal, David Copperfield, A Casa Abandonada, Tempos Difíceis, Um conto de duas cidades e Grandes Esperanças, apenas citando alguns.

LENA HORNE

Lena Mary Calhoun Horne nasceu em Nova Iorque a 30 de junho de 1917 e morreu a 9 de maio de 2010. 
 Alguns dos seus Filmes
The Duke is Tops (1938)
Lena Horne "I Know You Remember" do filme The Duke Is Tops

 Cabin in the Sky (1943)
 
  Thousands Cheer (1943)

   Outros filmes

Two Girls and a Sailor, Ziegfeld Follies, Meet Me in Las Vegas, 
Death of a Gunfighter e That's Entertainment! III.

SHIRLEY TEMPLE

Shirley Jane Temple nasceu em Santa Monica a 23 de abril de 1928. Ela não só foi a mais jovem estrela da década de 1930 como também é considerada a mais famosa de todos os tempos. 
Autógrafo e impressões das mãos e dos pés de Shirley Temple 
Shirley começou a ter aulas de dança com três anos de idade, e foi contratada para participar em séries e curtas metragens, "Baby Burlesks", "Little Miss Marker", "Change of Heart", "Now I'll Tell", "Now and Forever" e "Bright Eyes".
Shirley foi campeã de bilheteria de 1935 a 1938. Depois de adulta porém, não teve o mesmo sucesso como atriz, e aposentou-se do cinema em 1949. Nos anos de 1969 e 1970, foi delegada junto às Organizações Nações Unidas (ONU). Também foi embaixadora americana no Ghana (1974-1976), foi chefe de protocolo para o presidente Gerald R. Ford (1976-1977) e membro da delegação americana que tratava dos problemas dos refugiados africanos (1981). De 1989 até 1992, Shirley Temple serviu como embaixadora na Tchecoslováquia.

Ela produziu duas obras autobiográficas sobre a sua infância "My Young Life" (1945) e "Child Star" (1988).
Cartão de Dia de São Valentim da década de 30, com uma ilustração inspirada em Shirley Temple.
Em 1935, durante a Grande Depressão, o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt agradeceu a Shirley Temple por fazer a América atravessar aquele triste período com um sorriso. Shirley, com apenas 6 anos, ganhou uma mini-estatueta simbólica do Oscar em 1935 pela sua contribuição para o cinema. Em 1972, aos 44 anos, Shirley descobriu que tinha cancro de mama, e foi a primeira celebridade a admitir em público a sua doença. Devido á fama que alcançou d Durante a sua infância, Shirley tinha de ser escoltada por um agente federal que o governo mantinha para sua proteção.

Com 17 anos, Temple casou com o actor John Agar em 1945. Tiveram uma filha, Linda Susan Agar (mais tarde conhecida como Susan Black) nascida em 1948. Temple divorciou-se em 1950, devido a problemas alcoolicos do marido, mais tarde enquanto estava de férias no Hawai, Shirley conheceu e apaixonou-se por Charles Alden Black casaram e tiveram dois filhos, permaneceram casados até a morte dele com 86 anos em 2005.

HITLER

Adolf Hitler nasceu a 20 de abril de 1889 e morreu a 30 de abril de 1945, foi o líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, também conhecido por Partido Nazi.
Hitler tornou-se chanceler e, posteriormente, ditador alemão. Documentos apresentados durante o Julgamento de Nuremberg indicam que, no período em que Adolf Hitler esteve no poder, grupos minoritários considerados indesejados tais como: Testemunhas de Jeová, ciganos, homossexuais, deficientes físicos e mentais, e judeus, foram perseguidos no que se tornou conhecido como Holocausto. A maior parte dos perseguidos foram submetidos á Solução Final, enquanto outros foram usados em experiências médico-militares.

No período de 1939 a 1945 Hitler liderou a Alemanha enquanto envolvida no maior conflito do século XX, a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha, juntamente com a Itália e com o Japão, formavam o Eixo. O Eixo seria derrotado apenas pela intervenção externa do grupo de países que se denominavam os "Aliados". Tal grupo fez-se notável por ter sido constituído pela União Soviética e os Estados Unidos, união esta que se converteu em oposição no período pós-guerra, conhecido como a Guerra Fria. A Segunda Guerra Mundial acarretou a morte de um total estimado em 50 a 70 milhões de pessoas.

Hitler sobreviveu sem ferimentos graves a 42 atentados contra a  sua vida. Devido a isso, ao que tudo indica, Hitler teria chegado a acreditar que a "Providência" estava a intervir a seu favor. A última tentativa de assassiná-lo foi a 20 de julho de 1944, onde uma bomba, explodiu a apenas dois metros do Führer. O atentado foi liderado e executado por von Stauffenberg, coronel alemão condenado à morte por fuzilamento. Tal atentado não o impediu de, menos de uma hora depois, se encontrar em perfeitas condições físicas com o ditador fascista italiano Benito Mussolini.

Adolf Hitler cometeu suicídio no seu quartel-general, em Berlim, a 30 de abril de 1945, enquanto o exército soviético combatia as tropas que defendiam o Führerbunker. Segundo testemunhas, Adolf Hitler já teria admitido que havia perdido a guerra desde o dia 22 de abril. 


Pouco se sabe sobre a sua vida no período do nascimento até à entrada na política. Hitler envergonhava-se manifestamente das suas origens humildes. Parece não ter feito nada de relevante até o momento em que iniciou a sua vida militar. 
Adolf Hitler morava numa pequena localidade perto de Linz, na província da Alta-Áustria, próximo da fronteira alemã, e que à época era parte do Império Austro-Húngaro. O seu pai, Alois Hitler (1837-1903), que nascera como filho ilegítimo, era funcionário da alfândega. Até aos seus quarenta anos, o pai de Hitler, usou o sobrenome da sua mãe, Schicklgruber. Em 1876, passou a usar o nome do pai adotivo, Johann Georg Hiedler, cujo nome terá sido alterado para "Hitler" por erro de um escrivão.  
A mãe de Hitler, Klara Hitler (o nome de solteira era Klara Polzl), era prima em segundo grau do seu pai. Este trouxera-a para sua casa para tomar conta dos seus filhos, enquanto a sua outra mulher, doente e prestes a morrer, era cuidada por outra pessoa. Depois da morte desta, casou-se, pela terceira vez, com Klara, depois de ter esperado meses por uma permissão especial da Igreja Católica, concedida exatamente quando Klara já estava grávida. Klara teve seis filhos de Alois. No entanto, apenas Adolf, o quarto, e a sua irmã mais nova, Paula, sobreviveram à infância.

Adolf era um rapaz inteligente, porém, mal-humorado. Por ser desde cedo boêmio, foi reprovado por duas vezes no exame de admissão à escola secundária de Linz. Hitler era mais decidado à sua mãe e, presumivelmente, não gostava do pai, que apreciava a disciplina e o educava severamente, além de não compartilharem muitas ideias políticas. Em janeiro de 1903 morreu o seu pai Alois Hitler, vítima de apoplexia. Em Dezembro de 1907 morreu a mãe Klara, de cancro.
Com dezenove anos Hitler partiu para Viena, onde tinha uma esperança de se tornar artista. Tinha, então, direito a um subsídio para órfãos, que acabaria por perder aos 21 anos, em 1910. Em 1907 fez exames de admissão à academia das artes de Viena, sendo reprovado duas vezes seguidas. Nos anos seguintes permaneceu em Viena sem emprego fixo, vivendo inicialmente do apoio financeiro da sua tia Johanna Pölzl, de quem recebeu herança. Chegou mesmo a pernoitar num asilo para mendigos na zona de Meidling no outono de 1909. Teve depois a idéia de copiar postais e pintar paisagens de Viena, pintava cenas copiadas de postais e vendia-as para pagar o aluguer de um apartamento, na rua Meldemann. Durante o seu tempo livre frequentava a ópera de Viena, especialmente para assistir a óperas relacionadas com a mitologia nórdica, de Richard Wagner, e cujas produções viria, mais tarde, a financiar, como meio de exaltação do nacionalismo germânico. Muito do seu tempo era dedicado à leitura.

Em 1913, recebeu uma  herança do seu pai e mudou-se para Munique. Ao mudar-se, fugia também ao serviço militar no exército Austro-Húngaro, que o capturou pouco depois e o submeteu a um exame físico (pelo qual ficamos a saber que mediria 1,73 m). Foi considerado inapto para o serviço militar e permitiram-lhe que regressasse a Munique, onde prosseguiu a sua actividade de pintor, vendendo por vezes os seus quadros pela rua. Mas em agosto de 1914, quando a Alemanha entrou na Primeira Guerra Mundial, alistou-se imediatamente no exército bávaro. Serviu em França e Bélgica como mensageiro. A folha de serviço de Hitler foi exemplar mas nunca foi promovido além de cabo, no entanto foi condecorado duas vezes por coragem em acção. A primeira medalha que recebeu foi a Cruz de Ferro de Segunda Classe em 1914. Depois, em 1918, recebeu a Cruz de Ferro de Primeira Classe, uma distinção raramente atribuída a não oficiais, até porque Hitler não podia ascender a uma graduação superior, já que não era cidadão alemão. Em 1916, no norte de França, Hitler foi ferido numa perna, mas regressou à frente em 1917. Recebeu a condecoração por ferimentos de guerra.

Durante a guerra, Hitler desenvolveu um patriotismo alemão apaixonado, apesar de não ser cidadão alemão: um detalhe que não rectificaria antes de 1932. Ficou chocado pela capitulação da Alemanha em 1918. Recebendo um salário baixo, Hitler continuou ligado ao exército. Foi então designado pelo quartel-general para se infiltrar num pequeno partido nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães (DAP). Hitler aderiu ao partido recebendo o número de membro 555, em 1919. Em breve tornarse - ia líder do partido e mudou o seu nome para - NSDAP (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães),conhecido como partido Nazi, o adoptou a suástica (um símbolo do "Arianismo") e a saudação romana, também usada pelos fascistas italianos.

O Partido Nazista era nesta altura constituído por um pequeno número de extremistas de Munique. Mas Hitler, em breve, descobriu que tinha dois talentos: o da oratória pública e o de inspirar lealdade pessoal. A sua atacava os judeus, os socialistas e os liberais, os capitalistas e os comunistas, começou a atrair simpatizantes. Ele divide os humanos com base em atributos físicos e psicológicos. Hitler afirmava que os "arianos" estavam no topo da hierarquia, e confere o fundo da pirâmide aos judeus, polacos, russos, checos e ciganos. Nesta altura Hitler cria uma guarda para a sua defesa pessoal, a Schutzstaffel ("Unidade de Proteção" ou SS). Esta tropa de elite em uniforme preto seria comandada por Heinrich Himmler, que se tornaria o principal executor dos seus planos relativamente à "Questão Judia" durante a Segunda Guerra Mundial. Criou também numerosas organizações de filiação (Juventudes Hitleristas, associações de mulheres, etc.). O Partido nazi teve em 1929 uma progressão semelhante à do partido fascista de Benito Mussolini.

Em 1934, Hitler conseguiu o poder, com a sua oratória e com todos os meios de comunicação alemães sob o controle do seu chefe de propaganda, o Dr. Joseph Goebbels, conseguiu convencer a maioria dos alemães de que ele era o salvador, e para todos aqueles que não ficaram convencidos, as SA, a SS e Gestapo (Polícia secreta do Estado) tinham mãos livres, e milhares desapareceram em campos de concentração, como o Campo de Concentração de Dachau, perto de Munique, criado em 1933, o primeiro de todos e um modelo para os demais. Muitos milhares de pessoas fugiram, principalmente judeus, para Inglaterra, Israel (na época chamada de Palestina) e EUA.


A partir de 1941, os judeus foram obrigados a usar a estrela amarela em público, para serem facilmente reconhecidos e considerados "inferiores". As convocações para o exército começaram a acelerar, já que Hitler reintroduzu o serviço militar obrigatório na Alemanha. O seu objetivo seria construir uma enorme máquina militar, uma nova marinha e força aérea (Luftwaffe). Esta última seria colocada sob o comando de Göring, um comandante veterano da Primeira Guerra Mundial. 

Em 1936 ocorrem as Olimpíadas de Berlim, o afro-americano Jesse Owens, venceu em várias modalidades, no mesmo ano tem inicio a Guerra Civil Espanhola, com a rebelião dos militares, liderados pelo General Francisco Franco, Hitler enviou tropas em apoio de Franco. A Espanha tornou-se também um campo de teste para as novas tecnologias e métodos militares desenvolvidos na Alemanha. Em abril de 1937, os aviões alemães da Legião Condor bombardeiam e destroem pela primeira vez na história uma cidade a partir do ar. Foi a cidade de Guernica, na província espanhola do País Basco. Nesse ano em outubro, Hitler assina uma aliança com o ditador italiano fascista Benito Mussolini, denominada eixo Roma-Berlim. Esta aliança seria mais tarde expandida para incluir também o Japão, Hungria, Roménia e Bulgária, bloco que se tornou conhecido como Eixo.

Em 1938, Hitler pressionou a Áustria à unificação com a Alemanha. As suas tropas entraram na Áustria e Hitler fez um discurso triunfal em Viena na Heldenplatz (Praça dos Heróis) onde foi saudado efusivamente por uma multidão de austríacos simpatizantes, muitos deles fazendo a saudação romana adotada pelos nazistas. O próximo passo seria a Checoslováquia, e em 1939, Hitler ordenou a entrada do exército alemão em Praga. Nesta altura Hitler pretendia o regresso dos territórios cedidos à Polónia pelo Tratado de Versalhes. As potências ocidentais não aceitaram a sua exigência, e Hitler firma o Pacto de Aço entre Itália e Alemanha. Hitler concluiu uma aliança com Stalin e a Alemanha invade a Polónia, no que foi seguida pela União Soviética. A Inglaterra e a França reagem desta vez, declarando guerra à Alemanha. A Segunda Guerra Mundial estava a começar.
Nos três anos seguintes, Hitler conheceria uma série quase inabalada de sucessos militares. A Polónia foi rapidamente derrotada e dividida com os soviéticos. Em 1940, a Alemanha invadiu a Dinamarca e a Noruega, seguiu-se uma ofensiva relâmpago, que rapidamente ocupou a Holanda, Bélgica, Luxemburgo e França. 
Nesta altura, Aristides Sousa Mendes era o cônsul de Portugal em Bordeaux e salvou a vida de dezenas de milhares de refugiados, muitos dos quais judeus e que assim se salvaram do Holocausto. Contra as instruções expressas de Salazar, Aristides concedeu vistos de entrada para Portugal aos refugiados que o procuravam.

Em 1941, a Jugoslávia e a Grécia foram invadidas por exércitos alemães. Forças ítalo-alemãs avançavam também pelo norte de África em direção ao Egipto. Estas invasões foram acompanhadas do bombardeamento de cidades indefesas tais como Varsóvia, Roterdan e Belgrado. A única derrota de Hitler nesta fase foi o fracasso do seu plano de bombardear e posteriormente invadir a Inglaterra. A Força Aérea Real (RAF) acabaria por vencer no ar a Batalha da Inglaterra. A incapacidade de adquirir supremacia nos céus britânicos significou que a "Operação Leão Marinho", o plano de invadir a Grã-Bretanha, foi cancelada.

Em 1941 foi desencadeada a Operação Barbarossa. As forças de Hitler invadiram a União Soviética, rapidamente cercaram Leningrado e ameaçavam Moscovo. Hitler foi derrotados na Batalha de Stalinegrado, a primeira grande derrota alemã na Guerra e que se tornaria o marco decisivo do início da derrota do III Reich. No norte de África, os ingleses derrotaram os alemães na batalha de El Alamein, destroçando o plano de Hitler de se apoderar do Canal do Suez e do Oriente Médio.


A partir de 1943, a queda alemã tornou-se inexorável e o atentado de 1944 contra Hitler revelou a força da oposição interna. Nessa época a saúde de Hitler estava muito debilitada, possuía problemas cardíacos, era hipocondríaco, sofria de insônia, também de mal de Parkinson. Após uma última derrota (ofensiva das Ardenas, em 1944), Hitler refugiou-se num bunker (esconderijo) na cidade de Berlim, onde mais tarde cometeria suicídio a 30 de abril de 1945.

Alguns sustentam a tese do suicídio de Hitler, mas existiram rumores segundo os quais Hitler teria fugido para um país da América do Sul onde teria morrido com uma doença incurável, tendo sido um sósia a morrer no bunker em Berlim. O mesmo teria acontecido com Eva Braun, a sua noiva, com quem se teria casado pouco antes do suicídio. Segundo alguns historiadores, Braun teria casado com ele somente depois de jurar "fidelidade" e prometer que se mataria junto com ele. Os seus corpos não foram encontrados, ele teria mandado a sua guarda cremá-los, talvez para que não houvesse nenhum modo de o inimigo torturá-lo, nem após sua morte. 
Outros dizem ainda que o fim da vida de Adolf Hitler teria ocorrido com a destruição do seu bunker em Berlim. Após o ataque foram descobertos os corpos de Hitler e Eva Braun e do braço direito de Hitler, Heinrich Himmler, mas em melhores condições que o do próprio Hitler, já que o de Adolf estava carbonizado, sendo reconhecido apenas pela sua vestimenta e bigode. O reconhecimento do corpo de Hitler foi feito pelos seus próprios comandantes e soldados capturados. As autópsias feitas aos corpos encontrados no bunker em Berlim revelaram que num dos corpos havia uma bala de pistola Luger. Boatos dizem que era a arma com a qual Hitler se teria matado antes da bomba cair no bunker, ou ainda que um dos seus colaboradores teria disparado contra Hitler para que o mesmo não fosse capturado vivo pelos aliados.
Em 1945, em Nuremberg, foi divulgada a existência de vários documentos secretos numa casa de campo, situada em Tegernsee, a 48 quilómetros ao sul de Munique, eram quatro documentos que foram denominados de testamento de Adolf Hitler. Foram considerados na época como prova definitiva da morte de Hitler, uma vez que os seus corpos foram queimados no bunker de Hitler e o local foi tomado pelas tropas soviéticas que dificultaram as investigações e isso causou dúvidas sobre a certeza da sua morte. Os documentos estavam datados de 29 de abril de 1945, data de pouco antes do colapso da resistência alemã, no mesmo local foi encontrado o original do contrato de casamento de Hitler com Eva Braun, e ooutro documento descoberto, além do chamado testamento político Hitler, foi o seu testamento particular dispondo da sua fortuna pessoal.
Uma das figuras mais odiadas da história, o austríaco Adolf Hitler, não só matou mais de 6 milhões de judeus, mas também devastou toda a Europa. Lembro ainda que em 1923, por incitar o governo da Bavária contra a República de Weimar, foi condenado a 5 anos de cadeia, onde escreveu o seu famoso livro Minha Luta, que se tornou uma bíblia para os nazistas.
Ao sair da prisão, recuperou o tempo perdido, utilizando a sua retórica hipnotizante e um grande carisma para ganhar terreno político. Daí, para tentar conquistar o mundo foi um pulo. Expulsou os judeus, confiscou os seus bens, e tornou-se no homem mais temido do mundo. 

A fascinação de Hitler com a ascensão e queda da raça "ariana", a sua obsessão com a ordem e a disciplina, e os seus messiânicos planos de controle total do Mundo...
Desde as origens ocultas do Nazismo, até a morte do seu mentor Adolf Hitler, a ascensão da doutrina do "Socialismo Nacional" foi construída tendo como base um mundo de sinistros acontecimentos e crenças, construído através da propaganda política e manipuladora. 

Espero ter contribuido com algum esclarecimento sobre este movimento que matou milhares de pessoas, acreditando na superioridade da raça, um movimento que infelizmente ainda não terminou e que ainda é visivel nos nossos dias. 

ISAAC NEWTON

Um dos mais famosos episódios da história da ciência, o da maçã que caiu sobre a cabeça de Isaac Newton e que levou o cientista a formular a teoria da gravidade, será infelizmente apenas uma boa lenda. A Royal Society de Londres disponibilizou o manuscrito da biografia de Newton, publicada em 1752 e da autoria de William Stukeley, Lembranças da Vida de Isaac Newton, onde o autor menciona o episódio.
Segundo conta o biógrafo, os dois homens jantaram e conversaram enquanto tomavam chá sob um pomar de macieiras. E Newton contou ao seu amigo como lhe ocorrera a idéia, ao ver uma maçã a cair no chão. “Por que razão uma maçã desce sempre de forma perpendicular ao chão?”, questionou-se o cientista.
Afinal, a maçã nunca caiu na cabeça de Newton, mas no seu ângulo de visão. 


Sir Isaac Newton nasceu a  4 de janeiro de 1643 em Londres, e faleceu a  31 de março de 1727.  Cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.A sua obra,  é considerada uma das mais influentes na história da ciência.

CHARLTON HESTON

Charlton Heston, nome artístico de John Charles Carter, actor e realizador norte-americano, notabilizado pelos seus papéis heróicos em superproduções da época de ouro de Hollywood, tais como Moisés em “Os Dez Mandamentos” (1956), Judah Ben-Hur em “Ben-Hur” (1959) e o lendário cavaleiro espanhol El Cid no filme com o mesmo nome (1961), faleceu em Beverly Hills no dia 5 de Abril de 2008. Sofria desde 2002 da doença de Alzheimer. Nascera em Evanston, Illinois, em 4 de Outubro de 1923.
 
Nascido no estado de Illinois, viu os seus pais divorciarem-se quando tinha dez anos; com o segundo casamento da sua mãe com Chester Heston, a família mudou-se para um subúrbio de Chicago e ele adotou o nome do padrasto. Em 1944 abandonou os estudos e alistou-se na força aérea, onde serviu como operador de rádio dos bombardeiros B-25 durante a Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, voltou para Nova Iorque onde iniciou a carreira de actor. Fez a sua primeira interpretação cinematográfica em “Dark City” (1950).
Em 1952, o filme “O Maior Espectáculo do Mundo” de Cecil B. DeMille passada no mundo do circo, transformou Heston numa estrela de primeira grandeza do cinema. Recebeu o Óscar de Melhor Actor com o filme “Ben-Hur”, uma das películas mais premiadas de todos os tempos pela Academia. Em 2003 recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade, uma das mais altas distinções civis dos Estados Unidos.
 Morreu a 5 de Abril de 2008 na sua residência de Beverly Hills, em Los Angeles, aos 84 anos. Encontra-se sepultado no Saint Matthew's Episcopal Church Columbarium, Pacific Palisades, Condado de Los Angeles, Califórnia nos Estados Unidos.
Em 1952, o filme O Maior Espetáculo da Terra de Cecil B. DeMille ambientada no mundo do circo, transformou Heston numa estrela do cinema. A partir dali a sua altura e o perfil musculoso, dar-lhe-iam os papéis mais simbólicos nas superproduções dos anos 50 do cinema norte-americano.
Os Dez Mandamentos, de 1956, marcou a sua imagem como Moisés e a partir dele todos os grandes papéis heróicos e históricos encontraram Heston para representá-los. Nos anos 50 e 60, ele filmou sucessos como 55 Dias em Pequim, El Cid, Agonia e Êxtase, Ben Hur, entre outros. Em 1958, num trabalho diferente dos papéis históricos pelo qual ficaria marcado, fez um dos mais elogiados filmes de Orson Welles, A Marca da Maldade.
Outros filmes se seguiram O Planeta dos Macacos (1968), A Última Esperança da Terra (1971), No Mundo de 2020 (1972) e Terremoto (1974). Em 2001, fez a sua mais notada participação em muitos anos, na refilmagem de O Planeta dos Macacos, de Tim Burton, como um velho "macaco" pai do vilão do novo filme.

DORIS DAY

Doris Day, de seu verdadeiro nome Doris Mary Ann von Kappelhoff, dançarina, cantora, actriz e produtora norte-americana, nasceu em Cincinnati no dia 3 de Abril de 1922.

Doris brilhou em “Calamity Jane” (1953), e cantou “Secret Love”. Outro êxito foi “Ama-me ou Esquece-me” que fez com James Cagney em 1955 e em que cantou um extenso rol de canções românticas, ao interpretar a vida de uma cantora. Nos anos 1960 fez sucesso em várias comédias românticas, ao lado sobretudo de Rock Hudson e Gari Grant. Entrou em mais de quarenta filmes, tendo gravado também vários discos entre 1947 e 1967. Em 1968 parou de fazer cinema e continuou a sua carreira na televisão, como muitos actores da sua geração.

Em 1975 publicou a autobiografia “Doris Day, a sua própria história”. Foi casada quatro vezes e teve um filho Terry Melcher que faleceu em 2004. 

ARISTIDES DE SOUSA MENDES

Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches, diplomata português, faleceu em Lisboa no dia 3 de Abril de 1954. 
Nasceu em Cabanas de Viriato, a 19 de Julho de 1885. 
Cônsul de Portugal em Bordéus quando da invasão da França pela Alemanha nazi, desafiou ordens expressas do Ministro dos Negócios Estrangeiros, António de Oliveira Salazar e concedeu 30 mil vistos de entrada em Portugal a refugiados de todas as nacionalidades que desejavam fugir de França. 
Aristides de Sousa Mendes salvou assim do Holocausto milhares de pessoas. Aristides instalara-se em Lisboa em 1907, após se ter licenciado em Direito na Universidade de Coimbra, enveredando então pela carreira diplomática. Ocupou diversas delegações consulares portuguesas pelo mundo fora, entre elas: Zanzibar, Brasil e Estados Unidos da América. Em 1929 foi nomeado Cônsul-geral em Antuérpia, cargo que ocupou até 1938. O seu empenho na promoção da imagem de Portugal não passara despercebido. Foi condecorado por duas vezes por Leopoldo III, rei da Bélgica, que o fez oficial da Ordem de Leopoldo e comendador da Ordem da Coroa, a mais alta condecoração belga. Depois de quase dez anos de serviço na Bélgica, Salazar nomeou-o Cônsul em Bordéus, lugar que ainda ocupava quando deflagrou a Segunda Guerra Mundial e as tropas de Hitler avançaram rapidamente sobre a França.
Através de uma circular, Salazar ordenou aos cônsules portugueses espalhados pelo mundo que recusassem conceder vistos às seguintes categorias de pessoas: «estrangeiros de nacionalidade indefinida, contestada ou em litígio; apátridas; judeus…». Entretanto, o governo francês refugiou-se temporariamente em Bordéus, fugindo de Paris antes da chegada das tropas alemãs. Milhares de refugiados, que fugiam do avanço nazi, dirigiram-se igualmente para aquela cidade. Muitos deles afluíram ao consulado português, desejando obter um visto de entrada em Portugal ou para os Estados Unidos.
Em Junho de 1940, Aristides decidiu conceder vistos a todos os que o pedissem. Com a ajuda dos filhos, de sobrinhos e do rabino Kruger, carimbou passaportes e assinou vistos. Confrontado com os primeiros avisos de Lisboa, terá dito: «Se há que desobedecer, prefiro que seja a uma ordem dos homens do que a uma ordem de Deus».
 Aristides com a familia
 
Visto que Salazar tomara medidas contra ele, Aristides continuou a sua actividade em Baiona, no escritório de um vice-cônsul estupefacto e na presença de dois funcionários fiéis a Salazar. Em Junho de 1940, a França pediu um armistício à Alemanha nazi. Mesmo a caminho de Hendaye, Aristides continuou a emitir vistos para os refugiados que se cruzavam com ele a caminho da fronteira, apesar de Salazar o ter demitido das suas funções de cônsul. Aristides, de volta a Portugal, foi punido pelo governo de Salazar, que o privou das suas funções por um ano, diminuindo em metade o seu salário, antes de o reformar. Para além disso, Sousa Mendes perdeu o direito de exercer a profissão de advogado. A sua carta de condução, emitida no estrangeiro, também lhe foi retirada.
 A casa de Sousa Mendes
 O cônsul demitido e a sua família, bastante numerosa, sobreviveram graças à solidariedade da comunidade judaica de Lisboa, que facilitou a alguns dos seus filhos os estudos nos Estados Unidos. Dois deles, aliás, participaram no desembarque da Normandia. Ele frequentava, juntamente com familiares, a cantina da assistência judaica internacional. Em 1945 Salazar felicitou-o hipocritamente por Portugal ter ajudado os refugiados, recusando-se no entanto a reintegrar Sousa Mendes no corpo diplomático. A sua miséria viria a ser ainda maior: venda de bens, morte da esposa em 1948 e emigração dos filhos. Aristides de Sousa Mendes faleceu muito pobre, no Hospital dos Franciscanos em Lisboa. Não possuindo um fato próprio, foi enterrado com um hábito franciscano.
Em 1966, o Memorial do Holocausto, situado em Jerusalém, prestou-lhe homenagem atribuindo-lhe o título de “Justo entre as nações”. Já em 1961, haviam sido plantadas vinte árvores em sua memória nos terrenos do Museu Yad Vashem.
Em 1987, dezassete anos após a morte de Salazar, a República Portuguesa iniciou o processo de reabilitação de Aristides de Sousa Mendes, condecorando-o com a Ordem da Liberdade. A sua família recebeu desculpas públicas. Em 1994 o presidente português Mário Soares descerrou em Bordéus um busto em sua homenagem e uma placa comemorativa colocada no prédio em que funcionava o consulado em 1940. Em 1995 a Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses criou um prémio anual com o seu nome. Em 1998 a República Portuguesa, na prossecução do processo de reabilitação oficial da memória de Aristides de Sousa Mendes, condecorou-o com a Cruz de Mérito a título póstumo. 

Deixo a terminar o retrato deste homem, 
retirado de " Os Grandes Portugueses "
Vale a pena ver e conhecer Aristides de Sousa Mendes








MORSE

Samuel Finley Breese Morse, inventor e pintor norte-americano, nasceu em Charlestown, no Massachusetts a 27 de Abril de 1791. Morreu em Nova Iorque no dia 2 de Abril de 1872. Tornou-se mundialmente célebre pelas suas invenções: o “código morse” e um “telégrafo eléctrico”.
Aos quatro anos de idade Morse demonstrava grande interesse pelo desenho e, aos catorze, já ganhava o próprio dinheiro fazendo desenhos dos amigos e de pessoas da sua cidade.
Estudou na Universidade de Yale (Connecticut), tendo-se licenciado em 1811. Ainda em tempo de estudos, Morse escreveu uma carta aos pais dizendo que queria ser pintor. Os pais, preocupados com o futuro do filho, preferiram que ele fosse vendedor de livros numa editora de Boston. Assim, Morse passou a vender livros de dia e a pintar à noite. Ante a insistência do artista, os pais decidiram mandar o filho para Londres para que estudasse artes na Royal Academy. Em 1813 recebeu a Medalha de Oiro de Escultura da Sociedade das Artes Adelphi.
Ao voltar aos Estados Unidos, casou e teve três filhos. Morse lutava com dificuldades, uma vez que não havia muitos interessados em retratos. Em 1825, após o falecimento da esposa, voltou à Europa, levando os filhos e uma cunhada.
Em 1825, de novo em Nova Iorque, fundou uma sociedade artística que, em breve, se transformaria na Academia Nacional de Desenho da qual foi presidente durante 16 anos.
Em 1829 viajou pela Europa durante três anos, sobretudo por França e Itália, para estudar belas-artes. A partir de 1832 ensinou pintura e escultura na Universidade de Nova Iorque, atingindo a fama de excelente retratista. Foi no navio “Sully”, que o levou de novo aos Estados Unidos, que ele concebeu a ideia do telégrafo eléctrico. Três anos depois realizou, com meios parcos, a primeira maqueta do telégrafo. Com a ajuda de outros dois professores procurou depois concretizar a ideia.
Em 1838 desenvolveu o código que o tornou célebre. Em 1840 registou a patente e dois anos depois foi construída uma linha telegráfica submarina ligando as duas margens do porto de Nova Iorque. Devido à sua obstinação conseguiu obter do Congresso uma ajuda para estabelecer uma linha telegráfica entre Baltimore (Maryland) e Washington (DC). 
 O génio de Morse foi conceber uma máquina simples, prática, eficaz, barata, rudimentar e sobretudo convencer os seus contemporâneos a realizar uma experiência suficientemente espectacular. Em 1844 foi assim transmitida a primeira mensagem entre o “Capitólio” e o depósito de caminhos-de-ferro de Baltimore. Em 1846 o telégrafo de Morse começou a ser desenvolvido por sociedades privadas. Se a máquina veio a ser destronada pelos telégrafos automáticos, telex, etc., o código, composto de dois sinais (curtos e compridos), é ainda utilizado na actualidade pelos militares e pelos radio-amadores devido à sua resistência aos ruídos parasitas. O código morse está para as transmissões como a bicicleta para os automóveis: a viatura mais potente pode ficar bloqueada num engarrafamento, enquanto o ciclista passa sempre…

BEETHOVEN

Ludwig van Beethoven nasceu a 16 ou 17 de dezembro de 1770 em Viena e morreu a 26 de março de 1827.  A sua família era de origem flamenga, o seu avô de quem herdou o nome, nasceu em Antuérpia. O pai de Ludwig, era tenor e foi dele que Beethoven recebeu as primeiras lições de música, estudava música todos os dias, durante muitas horas, desde os cinco anos de idade. No entanto o seu pai era álcoolico e isso influênciou em parte a sua infãncia. 
A sua mãe, Maria Magdalena Kewerich, casou duas vezes, o primeiro marido foi Johann Leym, tiveram apenas um filho, Johann Peter Anton, que nasceu e morreu em 1764. Depois da morte do marido, Magdalena, viúva, casou com Johann van Beethoven, tiveram sete filhos: o primeiro, Ludwig Maria, que nasceu e morreu no ano de 1769; o segundo Ludwig van Beethoven (1770-1827), o compositor, que morreu com 57 anos; o terceiro, Kaspar Anton Carl van Beethoven (1774-1815) que também tinha dotes para a música e que morreu com 41 anos; o quarto, Nicolaus Johann van Beethoven (1776-1848), que se tornou muito rico, graças à indústria farmacêutica, e que morreu com 72 anos; a quinta, Anna Maria, que nasceu e morreu em 1779; o sexto, Franz Georg (1781-1783), que morreu com dois anos de idade e a sétima, Maria Magdalena (1786-1787), que morreu com um ano de idade. Portanto, Beethoven foi o terceiro filho da sua mãe e o segundo do seu pai, teve seis irmãos, quatro dos quais morreram na infância. 
Ludwig nunca teve estudos muito aprofundados, mas sempre revelou um talento excepcional para a música. Com oito anos de idade, foi confiado a Christian Gottlob Neefe o melhor mestre de cravo da cidade. Beethoven compôs as suas primeiras peças aos onze anos de idade, iniciando a carreira de compositor, os seus progressos foram de tal forma notáveis que, em 1784, já era organista-assistente da Capela Eleitoral, e pouco tempo depois, foi violoncelista na orquestra da corte e professor, assumindo já a chefia da família, devido à doença do pai(alcoolismo). Foi nesta altura que conheceu o jovem Conde de Waldstein, a quem mais tarde dedicou algumas das suas obras, pela sua amizade. Este, percebendo o seu grande talento, enviou-o, em 1787, para Viena, a fim de ir estudar com Joseph Haydn. O Arquiduque de Áustria, Maximiliano, subsidiou então os seus estudos. No entanto, teve que regressar pouco tempo depois, assistindo à morte da sua mãe. A partir daí, Ludwig, com apenas dezessete anos, lutou contra as dificuldades financeiras.
Em 1792, já com 21 anos de idade, muda-se para Viena onde permanecerá para o resto da vida. Procura então complementar mais os seus estudos, o que o leva a ter aulas com Antonio Salieri, com Foerster e Albrechtsberger. Tornou-se um pianista virtuoso, cultivando admiradores. Foi em Viena que lhe surgiram os primeiros sintomas da sua grande tragédia. Foi-lhe diagnosticado, por volta de 1796, tinha Ludwig os seus 26 anos de idade, a congestão dos centros auditivos internos, o que lhe transtornou bastante o espírito, levando-o a isolar-se e a grandes depressões. Consultou vários médicos, fez curativos, realizou balneoterapia, usou cornetas acústicas, mudou de ares; mas os seus ouvidos permaneciam arrolhados. Desesperado, entrou em profunda crise depressiva e pensou em suicidar-se. 
Embora tenha feito muitas tentativas para se tratar, durante os anos seguintes, a doença continuou a progredir e, aos 46 anos de idade (1816), estava praticamente surdo. Porém, ao contrário do que muitos pensam, Ludwig jamais perdeu a audição por completo, muito embora nos seus últimos anos de vida a tivesse perdido. De 1816 até 1827, ano da sua morte, compôs cerca de 44 obras musicais. A sua influência na história da música foi imensa. Ao morrer, a 26 de Março de 1827, estava a trabalhar numa nova sinfonia, assim como projectava escrever um "Requiem".
Ao contrário de Mozart, que foi enterrado anonimamente numa vala comum (o que era o costume na época), cerca de 20.000 cidadãos vienenses enfileiraram-se nas ruas para o funeral de Beethoven, a 29 de março de 1827. Franz Schubert, que morreu no ano seguinte e foi enterrado ao lado de Beethoven, foi um dos portadores da tocha. Beethoven foi enterrado no cemitério Währing em Viena, os seus restos mortais foram exumados para estudo, em 1862, sendo transferidos em 1888 para o Cemitério Central de Viena.

Há controvérsias sobre a causa da morte de Beethoven, muitos apontam para cirrose alcoólica outros para sífilis, hepatite e até mesmo envenenamento. Beethoven compôs uma das musicas clássicas da minha preferência pessoal a "Eroica".
Túmulo de Ludwig van Beethoven em Viena, Áustria

ALBERT EINSTEIN

Albert Einstein nasceu a 14 de Março de 1879 e morreu a 18 de Abril de 1955, foi um físico teórico alemão radicado nos Estados Unidos. Ficou conhecido por desenvolver a teoria da relatividade. Recebeu o Nobel de Física de 1921, no entanto, o prémio só foi anunciado em 1922. O seu trabalho teórico possibilitou o desenvolvimento da energia atômica.

Devido à formulação da teoria da relatividade, Einstein tornou-se mundialmente famoso. Nos seus últimos anos, a sua fama excedeu a de qualquer outro cientista na cultura popular: "Einstein" tornou-se um sinónimo de génio. 
Albert Einstein nasceu na região alemã de Württemberg, na cidade de Ulm, numa família judaica. Os pais de Einstein, Hermann Einstein e Pauline Koch, casaram-se a 8 de agosto de 1876. Em 1880, a família Einstein muda-se para Munique, e em 1881, nasce Maria Einstein (Maja). Einstein teria sempre uma relação muito íntima com a irmã, no entanto a sua juventude é solitária. Já em 1894 a familia muda-se para Itália, primeiro para Milão e, alguns meses mais tarde, para Pavia. O jovem Albert Einstein (tem quinze anos) permanece em Munique por mais uns meses ao cuidado de familiares, a fim de terminar o ano lectivo. Einstein porém fica deprimido por sentir-se só e parte para junto da família. Cursou o ensino superior na Suíça, onde mais tarde foi docente. Concluiu a graduação em Física em 1900. Pede então a naturalização suíça, que receberia a 21 de Fevereiro de 1901. Nunca deixaria de ser cidadão suíço. Nas inúmeras viagens que faria no futuro, Einstein usaria o seu passaporte suíço.

Em 1903 casou-se com Mileva Marić, tiveram três filhos: Lieserl Einstein, Hans Albert Einstein e Eduard Einstein. A primeira, presume-se que tenha morrido ainda bebé ou que tenha sido dada para adoção, o do meio tornou-se um importante professor de Hidráulica na Universidade da Califórnia e o mais jovem, formado em Música e Literatura, morreu num hospital psiquiátrico suíço. Em 1914, pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial, Einstein instalou-se em Berlim onde foi nomeado director do Instituto Kaiser Wilhelm de Física (1917 - 1933), sendo senador da Sociedade Kaiser Wilhelm (1923 - 1933), e professor da Universidade de Berlim, tornando-se, novamente, cidadão alemão no mesmo ano. O seu pacifismo e a sua origem judaica tornaram-no impopular entre os nacionalistas alemães. Em 1919, Albert Einstein divorcia-se de Mileva e casa-se com a sua prima divorciada Elsa.

Em 1933, Adolf Hitler chega ao poder na Alemanha. Einstein, judeu, encontra-se agora em perigo. É avisado por amigos de que há planos para o seu assassinato e é aconselhado a fugir. Em 1933, o físico entrou no Reino Unido vindo da Bélgica, numa fuga à Alemanha Nazi e daí parte do porto de Southampton num navio para os Estados Unidos, o seu novo lar. Nunca voltaria a viver na Europa. Morreu a 18 de Abril de 1955, aos 76 anos, em consequência de um aneurisma. O seu corpo foi cremado mas seu cérebro foi doado.

CHARLES DARWIN

Charles Robert Darwin nasceu a 12 de Fevereiro de 1809 e faleceu a 19 de Abril de 1882, foi um naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção natural e sexual. Em reconhecimento à importância do seu trabalho, Darwin foi enterrado na Abadia de Westminster. 
 Charles Darwin foi o quinto dos seis filhos do médico Robert Darwin e sua esposa Susannah Darwin, a sua mãe morreu quando ele tinha apenas oito anos. No ano seguinte, em 1818, Darwin foi enviado para a escola Shrewsbury, ali só se interessava em colecionar minerais, insetos e ovos de pássaros, caça, cães e ratos, mais tarde em 1825, foi estudar medicina na Universidade de Edimburgo contudo a sua aversão à brutalidade da cirurgia da época levou-o a negligenciar os estudos médicos, o pai, decepcionado com a falta de interesse de Darwin pela medicina, matriculou-o num curso de Artes na Universidade de Cambridge, estudou história natural, teologia, matemática e física e entra para Geologia.
 Neste curso viajou como assistente ao País de Gales  e é proposto para uma outra viagem desta vez a bordo do "Beagle", numa expedição de dois anos que deveria mapear a costa da América do Sul, no entanto esta expedição durou quase cinco anos, aqui Darwin estudou uma enorme variedade de características geológicas, fósseis e outros organismos vivos, viajou, estudou e anotou tudo, todas as observações deixaram-no muito intrigado e, na primeira edição de "A Viagem do Beagle", ele explicou a distribuição das espécies, em edições posteriores, ele já dava indicações de como viviam as suas transformações  e origens.


Quando o Beagle retornou em 2 de outubro de 1836, Darwin era uma celebridade no meio científico, muito de deve ás suas anotações e descrições das espécies. Em 1839, Darwin casou com a sua prima Emma Wedgwood, tiveram dez filhos, três dos quais morreram prematuramente. Darwin morreu a 19 de abril de 1882. 
  


GUTENBERG

Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg nasceu na Alemanha em 1398 e morreu a 3 de Fevereiro de 1468, foi um inventor e gráfico alemão que introduziu a forma moderna de impressão de livros(a prensa móvel) que possibilitou a divulgação e cópia muito mais rápida de livros e jornais. A sua invenção do tipo mecânico móvel para impressão começou a Revolução da Imprensa e é amplamente considerado o evento mais importante do período moderno. Teve um papel fundamental no desenvolvimento da Renascença, Reforma e Revolução Científica. Lançou as bases materiais para a moderna economia baseada no conhecimento e a disseminação da aprendizagem em massa.
Gutenberg foi o primeiro europeu a usar a impressão por tipos móveis, por volta de 1439, e o inventor global da prensa móvel. Entre as suas muitas contribuições para a impressão estão: a invenção de um processo de produção em massa de tipo móvel, a utilização de tinta a base de óleo e ainda a utilização de uma prensa de madeira similar à prensa de parafuso agrícola. 
A sua invenção verdadeiramente memorável foi a combinação desses elementos num sistema prático que permitiu a produção em massa de livros impressos e que era economicamente rentável para gráficas e leitores. 
A sua obra maior foi a "Bíblia de Gutenberg" (também conhecida como a Bíblia de 42 linhas), aclamada pela sua alta estética e qualidade técnica.
Gutenberg nasceu na cidade alemã de Mainz, era o filho mais novo de um comerciante, Friele Gensfleisch zur Laden e de Else Wyrich. O ano de nascimento de Gutenberg não é precisamente conhecido, mas tudo aponta para 1398. Desde jovem Gutenberg revelou uma forte inclinação pela leitura, lendo todos os livros que os pais possuíam em casa. Os livros, na época, eram escritos à mão, por monges, alunos e escribas e cada exemplar demorava meses a ser preparado, sendo o seu preço elevadíssimo e inacessível para a maioria das pessoas. Trabalhou como joalheiro, onde dominou a arte da construção de moldes e da fundição de ouro e prata; por essa experiência os seus tipos eram excelentes, inclusive artisticamente. Em 1434, Gutenberg mudou-se para Estrasburgo onde permaneceu vários anos. Depois de regressar à Mogúncia, associou-se a um comerciante que o financiou para realizar a impressão da Bíblia.
A imprensa de Gutenberg é uma adaptação daquelas usadas para espremer o suco das uvas na fabricação do vinho, com as quais Gutenberg estava familiarizado, pois Mogúncia, onde nasceu e viveu, está no vale do Reno, uma região vinícola desde a época dos romanos. Depois da invenção dos tipos e a adaptação da prensa vinícola, Gutenberg começou a fazer experiências com a imprensa até conseguir um aparelho funcional. Também pesquisou sobre o papel e tintas. Uns e outras tinham que se comportar de tal modo que as tintas se absorvessem pelo papel sem escorrer, assegurando a precisão dos traços; precisava que a secagem fosse rápida e a impressão permanente. Por isso, Gutenberg experimentou com pigmentos á base de azeite, que não só usou para imprimir as matrizes como também para as capitulares e ilustrações que se realizavam manualmente e com o papel de trapo de origem chinesa introduzido na Europa nessa época.
O primeiro livro impresso por Gutenberg foi a Bíblia, processo que se iniciou cerca de 1450 e que terá terminado cinco anos depois em Março de 1455.
Ao longo da história, a faculdade de ler e escrever pertenceu sempre a pequenas elites de nobres, sacerdotes e escribas. No século XV, surgiu na Europa uma classe média alfabetizada. A sua ânsia de conhecimento levou os inventores a procurar uma maneira de produzir em massa a palavra escrita.
Para bem apreciar o feito de Gutenberg é necessário entender o que ele não fez. Ele não inventou a impressão: essa arte já existia na China do séculoVIII, utilizando caracteres multiplos talhados num bloco único de madeira.
Não inventou os tipos móveis, as letras reagrupadas para cada nova página: o impressor chinês Pi Sheng já os tinha criado por volta de 1040. Gutenberg também não inventou o tipo móvel de metal: foram os coreanos que o fizeram, no século XIV. A impressão de textos com blocos de madeira só chegou á Europa no inicio do século XV e parece que ninguém no continente conhecia as técnicas mais avançadas do Oriente. Na verdade, os tipos móveis não eram comuns na China e na Coreia, onde a escrita incluía 10 000 caracteres. O que Gutenberg criou foi o primeiro sistema ocidental de tipos móveis que funcionou tão bem que continuou praticamente o mesmo por 350 anos.
Gutenberg projectou um tipo novo de prensa, descobriu uma liga de chumbo, estanho e antimónio e um molde de precisão calibrado para receber a mistura. Preparou uma tinta á prova de borrões com negro-fumo, óleo de linhaça e terebintina. Cada página da sua Biblia levou cerca de um dia para ser montada, mas, uma vez os tipos no lugar, o resto foi relativamente fácil.
O método de Gutenberg espalhou-se com rapidez incrivel. Estima-se que em 1500 já circulava meio milhão de livros: obras religiosas, clássicos gregos e romanos, textos científicos, o relatório de Colombo sobre o Novo Mundo.
Gutenberg, no entanto não colheu as glórias: o fruto da sua mente levou-o á falência e, em 1455, um credor ficou-lhe com o negócio. Pouco mais se sabe sobre o inventor, em parte porque ele nunca imprimiu o próprio nome.

CLARK GABLE

 William Clark Gable nasceu a 1 de fevereiro de 1901 e faleceu a  16 de novembro de 1960. Chamado no auge da sua carreira de "Rei de Hollywood". Gable era filho do fazendeiro e perfurador de petróleo William Henry Gable,e de Adeline Hepshelman, descendente de alemães e irlandeses. A mãe morreu e Clark  esteve até aos dois anos, tios maternos, o pai entretanto casa outra vez e leva-o para junto dele. Aos 16 anos deixou de estudar e foi trabalhar, por esta altura assistiu à peça "The Bird of Paradise", e decidiu que queria ser ator; conseguiu um pequeno trabalho, à noite, na companhia teatral, como "moço de recados". A sua madrasta morreu e Clark, acompanhado do pai, foi a contragosto para os campos petrolíferos de Tulsa. Chegou a trabalhar com petróleo, e como domador de cavalos, mas não deixou de lado sua ideia de se tornar ator. 
 Aos 21 anos, herdou do avô 300 dólares, e abandonou os negócios do pai, e partiu para Kansas City. O pai, frustrado, chegou a ficar 10 anos sem falar com Clark.

Em Kansas City, Clark juntou-se a uma companhia de teatro ambulante, uma das integrantes do grupo, a atriz Franz Dorfler, apaixonou-se por ele, e chegaram a ficar noivos, não chegando a casar. Gable trabalhou ainda para um jornal e para uma companhia de telefones, por esta altura faz parte de outro grupo de teatro, dirigido pela ex-atriz Josephine Dillon, que lhe  ensinou postura, entoação, representação, preparando-o para a carreira cinematográfica.
 Em 1924, Josephine Dillon foi para Hollywood, Gable foi com ela e casaram. Participa em alguns filmes como figurante, mas decide partir para Nova Iorque, e conseguiu trabalho na Broadway. Em 1930, divorciou-se de Josephine e, em viagem a Houston, conheceu uma mulher rica do Texas, 17 anos mais velha do que ele, Rhea Franklin Prentiss Lucas Langham, e viriam a casar, nesse ano após uma impressionante atuação na peça The Last Mile, leva-o a participar naquele que seria o seu primeiro filme sonoro como vilão no western de William Boyd denominado "O Deserto Pintado", em 1931. Gable despertou então o interesse da MGM, que resolveu dar-lhe um papel no filme "Tentação do Luxo", ao lado de Robert Montgomery e Anita Page. Após alguns papéis de vilão em diversos filmes, Gable alcançou fama com "Uma Alma Livre", ao lado de Norma Shearer.
 Em 1933, devido às suas insubordinações e tentativas de escolher papéis, Gable foi cedido, como "castigo", para a então modesta Columbia, para o papel do repórter Peter Wayne no premiado "It Happened One Night", de Frank Capra, o qual lhe valeu o Oscar de ator. Participa em vários filmes e novo oscar  pela sua participação no filme "Mutiny on the Bounty ("O Grande Motim"). Ao trabalhar em "The Call of the Wild" ("O Grito das Selvas"), de William Wellman, em 1935, Gable envolveu-se com Loretta Young, com quem teve um caso extraconjugal que resultou no nascimento de uma filha, Judy Lewis. Acabou por se divorciar de Rhea. Em 1939 casou-se com Carole Lombard, e apesar de alguma relutância em fazer o papel de Rhett Butler em "Gone With the Wind" ("… E o Vento Levou"), em 1939, aceita e este torna-se talvez num dos seus melhores filmes, valeu-lhe nova indicação ao Oscar.
 Em janeiro de 1942, o avião em que Carole e a sua mãe estavam caiu, a cinquenta quilômetros a sudoeste de Las Vegas, Nevada, matando as duas. Gable sentiu para sempre a perda de Lombard, e em 1976 foi feito um filme, "Gable and Lombard" ("Os Ídolos Também Amam"). Um mês após Lombard ter falecido, Gable ainda trabalhou em Somewhere I'll Find You, ao lado de Lana Turner. Gable ficou devastado com a morte de Lombard, e viveu o resto da vida, a despeito dos outros casamentos que teve, na casa em que morara com Lombard, no entanto voltou a casar e trabalhou em mais 27 filmes.
 Gable tem ainda um breve relacionamento com Joan Crawford, depois, houve ainda um breve romance com Paulette Goddard, e em 1949, casou com Silvia Ashley, viúva de Douglas Fairbanks e Baronesa de Alderly. O casamento teve curta duração e  divorciaram-se  em 1952. Em 1955, casou-se com um antigo amor, Kathleen Williams Spreckles, 15 anos mais nova, viveu com Kathleen até o fim de sua vida. Por esta altura foi contratado pela 20th Century-Fox, e mais tarde assina pela Warner Bros, e depois com a Paramount. O último filme de Gable foi The Misfits ("Os Desajustados"), em 1960, escrito por Arthur Miller, dirigido por John Huston, e com Marilyn Monroe, Eli Wallach, e Montgomery Clift. Este é, também, o último filme de Monroe.
Ao longo da sua carreira de 30 anos, Gable fez 67 filmes, isso excluídas as figurações em alguns filmes da época do cinema mudo.  Em 1960, sua esposa descobriu que estava á espera de um filho. Mas Gable não viveria para ver o nascimento da criança, John Clark Gable. Ao concluir as filmagens de The Misfits ("Os Desajustados"), Gable sofreu um infarte do miocárdio e morreu dez dias depois. Foi enterrado no mesmo santuário que havia construído para Carole Lombard e sua mãe, no The Great Mausoleum, em Forest Lawn Memorial Park, Glendale, Califórnia.

  

MOZART

 Wolfgang Amadeus Mozart, batizado Joannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart; nasceu em Salzburgo a 27 de janeiro de 1756 e morreu em Viena a 5 de dezembro de 1791.

Mozart mostrou uma habilidade musical prodigiosa desde a sua infância. Já competente nos instrumentos de teclado e no violino, começou a compor aos cinco anos de idade, e apresenta-se á  a realeza da Europa, maravilhando a todos com seu talento precoce. Chegando à adolescência foi contratado como músico da corte em Salzburgo, em 1781 muda-se para Viena onde, ao longo do resto de sua vida, conquistou fama, porém pouca estabilidade financeira. As circunstâncias de sua morte prematura deram origem a diversas lendas. Deixou uma esposa, Constanze, e dois filhos.

Mozart, foi o sétimo e último filho de Leopold Mozart e Anna Maria Pertl. De todas as crianças somente ele e uma irmã, Maria Anna, apelidada Nannerl, sobreviveram à infância. Parece certo que boa parte do profissionalismo que Wolfgang veio a exibir se deveu à rigorosa disciplina imposta pelo seu pai. Em 1761 Mozart fez sua primeira aparição como menino-prodígio, em seguida iniciou-se um período de cerca de vinte anos em que fez extensas viagens pela Europa, por várias vezes Mozart adoeceu, nas suas viagens e apresentações foi recebido pelas mais diversas cortes e além do dinheiro que ganhou, recebia também presentes, anéis de ouro, relógios e caixas de rapé.
Em 1767 uma epidemia de varíola deixou marcas no rosto de Mozart. Em Roma, foi agraciado com a Ordem da Espora de Ouro, no grau de cavaleiro, uma extraordinária deferência para um músico do seu tempo. Mozart estabeleceu uma relação afetuosa com sua prima Maria Anna Thekla, apaixonou-se pela cantora Aloysia Weber, mas nenhuma das relações foi muito séria, entretanto a  sua mãe adoeceu e veio a falecer a 3 de julho de 1778. 
 Em 1780 recebeu a encomenda para uma ópera, o que resultou no Idomeneo, a primeira das suas grandes óperas, retratando o drama e o heroísmo, sendo uma das mais notáveis em toda a sua carreira. Mozart começa um envolvimento afetivo com Constanze, e em 1782 casaram na Catedral de Santo Estêvão.
Constanze logo engravidou e o seu primeiro filho, Raimund Leopold, nasceu a 17 de julho de 1783, que faleceu pouco depois.
 A sua situação financeira não era boa, surgindo várias dívidas, em 1784 nasceu o seu segundo filho, Carl Thomas, e mais tarde o  terceiro Johann Thomas Leopold, que viveu poucos dias, depois nasce Theresia que acaba também por morrer e Anna que viveu apenas um dia. Em 1787 o seu pai faleceu, Mozart entretanto adoece mas continua a dar aulas, segundo consta a Beethoven, Hummel entre outros.  Embora evidentemente pobre, Mozart não estava na miséria. Ele ainda recebia o salário da corte, dava aulas, alguns concertos e ainda vendia peças.  No início do verão de 1790 nasceu seu último filho, Franz Xaver Wolfgang. Em 1791 adoece com alguma gravidade o médico pouco pôde fazer. A 5 de dezembro  de 1791 morreu.
 Mozart foi enterrado com discrição no cemitério da Igreja de São Marx, nos arredores de Viena, não foi erguida nenhuma lápide e o local exato da tumba é até hoje desconhecido.
Vários amores foram atribuídos a Mozart na sua juventude, entre eles estavam a sua prima Anna Thekla, com quem pode ter tido a sua primeira experiência sexual, Lisel Cannabich, Aloysia Weber e a Baronesa von Waldstätten. Mesmo depois de casado ele pode ter continuado a cortejar outras mulheres, entre elas as cantoras Nancy Storace, Barbara Gerl, Anna Gottlieb e Josepha Duschek, a sua aluna Theresia von Trattner e Maria Pokorny Hofdemel, mas não há provas de que foi concretamente infiel a Constanze. Correu um boato depois de sua morte de que ele engravidara Maria Hofdemel.

                                          Obra musical

A sua produção é enorme, multifacetada e aqui só pode ser abordada sumariamente. Deixo alguns destaques: 

As Bodas de Fígaro (1786), Don Giovanni (1787), A Flauta Mágica (1791).
 

BERNARDINO MACHADO

Bernardino Luís Machado Guimarães nasceu no Rio de Janeiro a 28 de março de 1851 e morreu em Famalicão a 28 de abril de 1944, foi o terceiro e o oitavo presidente eleito da República Portuguesa.

Estudou Filosofia e Matemática na Universidade de Coimbra. 

Foi presidente da República Portuguesa por duas vezes. Primeiro, de 6 de agosto de 1915 até 5 de dezembro de 1917, quando Sidónio Pais, à frente de uma junta militar, dissolve o Congresso e o destitui, obrigando-o a abandonar o país. Mais tarde, em 1925, volta à presidência da República para, um ano depois, voltar a ser destituído pela revolução militar de 28 de maio de 1926, que instiuirá a Ditadura Militar e abrirá caminho à instauração do Estado Novo.

Bernardino Machado era filho de António Luís Machado Guimarães, primeiro barão de Joane, e da sua segunda mulher, Praxedes de Sousa Guimarães. Recebeu no baptismo o nome próprio do avô materno, Bernardino de Sousa Guimarães, capitalista estabelecido em terras brasileiras. Passou a infância no Brasil até aos nove anos, quando a família se estabeleceu em Joane, concelho de Famalicão. Em 1866 inscreveu-se na Universidade de Coimbra, em Matemática, tendo optado depois por Filosofia. Foi um brilhante aluno, tendo-se doutorado em Coimbra, onde foi professor.

Em 1872 atingiu a maioridade e optou pela nacionalidade portuguesa. Casou no Porto em 1882 com Elisa Dantas Gonçalves Pereira, também nascida no Brasil, filha do conselheiro Miguel Dantas Gonçalves Pereira, de quem teve 18 filhos. De entre os seus descendentes, destacam-se o escritor e autarca Aquilino Ribeiro Machado, presidente da Câmara Municipal de Lisboa na década de 1980 e, o investigador, professor e médico portuense Júlio Machado Vaz.

Durante a monarquia, Bernardino Machado foi deputado pelo Partido Regenerador (1882), par do Reino (1890), e ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria (1893). Aderiu ao Partido Republicano em 1903. Com o advento da República foi ministro dos Negócios Estrangeiros e o primeiro embaixador de Portugal no Brasil (1913).
  
Alves dos Reis - um escândalo que abalou o regime da sua segunda presidência

ALMEIDA GARRETT

 João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett mais tarde visconde de Almeida Garrett, nasceu no Porto a 4 de Fevereiro de 1799 e faleceu em Lisboa a 9 de Dezembro de 1854,escritor e dramaturgo romântico, orador, Par do Reino, ministro e secretário de Estado honorário português.

Grande impulsionador do teatro em Portugal, uma das maiores figuras do romantismo português, foi ele quem propôs a edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática.
Almeida Garrett nasceu no Porto a 4 de Fevereiro de 1799. Passou a sua infância na Quinta do Sardão, em Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia), pertencente ao seu avô materno José Bento Leitão. Na sua adolescência viveu nos Açores, na Ilha Terceira. Foi aí que engravidou Luisa Midosi.

Em 1816 foi para Coimbra, onde acabou por se matricular no curso de Direito. Em 1821 publicou O Retrato de Vénus, trabalho que fez com que lhe pusessem um processo por ser considerado ateu e imoral. É também neste ano que ele e a sua família passam a usar o apelido de Almeida Garrett.
Almeida Garrett participou na revolução liberal de 1820, e é obrigado a partir para o exílio, Inglaterra em 1823, após a Vilafrancada. Antes casou-se com uma muito jovem senhora Luísa Midosi, que tinha apenas 14 anos. Foi em Inglaterra que tomou contacto com o movimento romântico, descobrindo Shakespeare, Walter Scott e outros autores e visitando castelos feudais e ruínas de igrejas e abadias góticas, vivências que se reflectiriam na sua obra.

Em 1824, escreveu Camões (1825) e Dona Branca (1826) nesta altura dedica-se ao jornalismo, fundando e dirigindo o jornal diário O Português (1826-1827) e o semanário O Cronista (1827)

Teria de deixar Portugal novamente em 1828, com o regresso do Rei absolutista D. Miguel. Ainda no ano de 1828 perdeu a sua filha recém-nascida. Novamente em Inglaterra, publica Adozinda (1828). Juntamente com Alexandre Herculano e Joaquim António de Aguiar, tomou parte no Desembarque do Mindelo e no Cerco do Porto em 1832 e 1833. Também fundou o Jornal "Regeneração". Em Portugal exerceu cargos políticos, distinguindo-se nos anos 30 e 40 como um dos maiores oradores nacionais. Foram de sua iniciativa a criação do Conservatório de Arte Dramática, da Inspecção-Geral dos Teatros, do Panteão Nacional e do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa. 
 Com o regresso de Costa Cabral ao governo, Almeida Garrett afasta-se da vida política até 1852. Contudo, em 1850 subscreveu, com mais de 50 personalidades, um protesto contra a proposta sobre a liberdade de imprensa, mais conhecida por “lei das rolhas”. A vida de Garrett foi tão apaixonante como  a sua obra. Revolucionário nos anos 20 e 30, foi um homem de muitos amores, separado da esposa, Luisa Midosi, com quem se casou, em 1822, passa a viver com D. Adelaide Pastor até a morte desta, em 1841.

A partir de 1846, a sua musa é a viscondessa da Luz, Rosa Montufar Infante, andaluza casada, desde 1837, com o oficial do exército português, inspiradora dos arroubos românticos das Folhas caídas. Por decreto do Rei D. Pedro V de Portugal, Garrett é feito Visconde de Almeida Garrett. Faleceu em 1854, vítima de cancro, em Lisboa, na sua casa situada na  Rua Saraiva de Carvalho, em Campo de Ourique.

Destacamos algumas obras: Viagens na minha terra; A sobrinha do Marquês; Flores sem Fruto, poesia.
Folhas Caídas, poesia. 

Peças teatrais

O Alfageme de Santarém 

Frei Luís de Sousa

Falar Verdade a Mentir


EUGÉNIO DE ANDRADE

Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas nasceu na Póvoa de Atalaia(Fundão) a 19 de Janeiro de 1923 e faleceu no Porto a  13 de Junho de 2005, foi um poeta português.
Eugénio fixou-se em Lisboa aos dez anos, com a mãe, que entretanto se separara do pai. Frequentou o Liceu Passos Manuel e a Escola Técnica Machado de Castro, tendo escrito os seus primeiros poemas em 1936, o primeiro dos quais, intitulado Narciso, publicou três anos mais tarde.
Em 1943 mudou-se para Coimbra, onde regressa depois de cumprido o serviço militar convivendo com Miguel Torga e Eduardo Lourenço. Tornou-se funcionário público em 1947, exercendo durante 35 anos as funções de Inspector Administrativo do Ministério da Saúde. Uma transferência de serviço levá-lo-ia a instalar-se no Porto em 1950, numa casa que só deixou mais de quatro décadas depois, quando se mudou para o edifício da Fundação Eugénio de Andrade, na Foz do Douro.
Durante os anos que se seguem, o poeta fez diversas viagens, foi convidado para participar em vários eventos e travou amizades com muitas personalidades da cultura portuguesa e estrangeira, como, Miguel Torga, Sophia de Mello Breyner Andresen, Teixeira de Pascoaes, Vitorino Nemésio, Jorge de Sena, Mário Cesariny, Marguerite Yourcenar, e muitos outros. 
Faleceu a 13 de Junho de 2005, no Porto, após uma doença neurológica prolongada.
Vida e obra literária

Obras de Eugénio de Andrade
Estreou-se em 1939 com a obra Narciso, torna-se mais conhecido em 1942 com o livro de versos Adolescente. A sua consagração acontece em 1948, com a publicação de As mãos e os frutos, que mereceu os aplausos de críticos como Jorge de Sena ou Vitorino Nemésio. A obra poética de Eugénio de Andrade é essencialmente lírica, considerada por José Saramago como uma poesia do corpo a que se chega mediante uma depuração contínua.
Entre as dezenas de obras que publicou encontram-se, na poesia, Os amantes sem dinheiro (1950), As palavras interditas (1951), Escrita da Terra (1974), Matéria Solar (1980), Rente ao dizer (1992), Ofício da paciência (1994), O sal da língua (1995) e Os lugares do lume (1998).
Em prosa, publicou Os afluentes do silêncio (1968), Rosto precário (1979) e À sombra da memória (1993), além das histórias infantis História da égua branca (1977) e Aquela nuvem e as outras (1986).
Foi também tradutor de algumas obras, como dos espanhóis Federico García Lorca e Antonio Buero Vallejo, da poetisa grega clássica Safo (Poemas e fragmentos, em 1974), do grego moderno Yannis Ritsos, do francês René Char e do argentino Jorge Luís Borges.
Em Setembro de 2003 a sua obra Os sulcos da sede foi distinguida com o prémio de poesia do Pen Clube Português.
  
© 2016 Acordar da memoria. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Webnode
Crie o seu site grátis! Este site foi criado com a Webnode. Crie o seu gratuitamente agora! Comece agora